1. Início
  2. / Petróleo e Gás
  3. / Chevron fecha compra dos blocos 9 e 10 no Suriname — 5.456 km² e 30% de operação reforçam avanço na bacia Guiana-Suriname
Tempo de leitura 3 min de leitura Comentários 0 comentários

Chevron fecha compra dos blocos 9 e 10 no Suriname — 5.456 km² e 30% de operação reforçam avanço na bacia Guiana-Suriname

Publicado em 10/11/2025 às 20:20
A Chevron anuncia a compra de participações nos blocos 9 e 10 no Suriname sob regime de partilha, reforçando sua estratégia global de exploração e investimento em blocos offshore promissores.
A Chevron anuncia a compra de participações nos blocos 9 e 10 no Suriname sob regime de partilha, reforçando sua estratégia global de exploração e investimento em blocos offshore promissores.
Seja o primeiro a reagir!
Reagir ao artigo

A Chevron anuncia a compra de participações nos blocos 9 e 10 no Suriname sob regime de partilha, reforçando sua estratégia global de exploração e investimento em blocos offshore promissores.

No dia 5 de novembro de 2025, a Chevron assinou contratos de partilha de produção para adquirir participações nos blocos 9 e 10 no Suriname, marcando uma nova etapa em sua estratégia de exploração em águas rasas da região. A compra envolve as licenças concedidas na rodada “Post SHO2” e amplia a atuação da Chevron em blocos de exploração sob regime de partilha.

A operação acontece em blocos offshore localizados no Suriname, em zonas reconhecidas por alto potencial de hidrocarbonetos.

A empresa justifica essa movimentação como parte de seu objetivo de “expandir nossa área de exploração em bacias promissoras ao redor do mundo”.

Compra dos blocos: participação e detalhes

A Chevron, por meio da subsidiária Chevron Suriname Exploration, detém agora 30% de participação no bloco 10, onde assume o papel de operadora.

No mesmo bloco, participam também Petronas Suriname (30%), Qatar Energy (30%) e Paradise Oil Company – afiliada à estatal Staatsolie – com 10%.

No bloco 9, a Chevron ocupa 20% de participação, enquanto a Petronas é operadora com 30%; a POC possui 30% e a Qatar Energy 20%.

A área combinada dos dois blocos soma aproximadamente 5.456 quilômetros² e está estrategicamente posicionada entre descobertas em águas profundas e campos produtores em terra.

Por que essa compra é estratégica?

Primeiramente, a compra dessa participação mostra que a Chevron está reforçando sua presença na Bacia da Guiana‑Suriname, uma região cada vez mais visada pelas grandes petroleiras.

Em nota, a empresa destacou que “essa nova posição reforça nosso foco na bacia Guiana-Suriname e nosso objetivo mais amplo de expandir nossa área de exploração em bacias promissoras ao redor do mundo.”

Além disso, a natureza do negócio — aquisição de blocos sob regime de partilha — é relevante porque esse tipo de contrato permite que a empresa parceire com o Estado local, compartilhando produção e riscos.

Em contextos de exploração offshore, isso pode favorecer acordos mais balanceados entre empresa, governo e comunidade.

Por outro lado, para o Suriname, essa operação coloca-o no radar internacional de grandes players e pode acelerar a exploração de hidrocarbonetos, com impacto econômico e geopolítico para a região.

Impactos para o Suriname e a região

Para o Suriname, a entrada ampliada da Chevron significa investimentos e esperadas atividades exploratórias em blocos antes menos desenvolvidos.

A presença da empresa como operadora no bloco 10 e participante em mais um bloco indica que podem vir à tona iniciativas de perfuração e estudo técnico na área em breve.

Para a região da bacia Guiana-Suriname, essas movimentações tendem a atrair mais atenção, mais capital e mais concorrentes no setor de óleo e gás — o que pode acelerar a descoberta e o desenvolvimento de novos recursos.

Ainda, países vizinhos e até o Brasil observam esse movimento com interesse, já que as descobertas no Suriname, assim como na vizinha Guiana, têm impulsionado a busca por petróleo na Margem Equatorial brasileira e levantado hipóteses de extensão de reservatórios.

Desafios e pontos de atenção

Mesmo com todas as oportunidades, há riscos relevantes. A exploração offshore, especialmente em águas rasas e profundas, exige altos investimentos e envolve incertezas geológicas e regulatórias.

A Chevron precisará conduzir estudos, perfurações exploratórias e cumprir obrigações contratuais que acompanham o regime de partilha.

Além disso, o Suriname – como país menor e em estágio de maior dependência de investimentos externos – pode enfrentar desafios de infraestrutura, regulação e de impacto ambiental à medida que promove a exploração.

Portanto, a compra dos blocos 9 e 10 não garante sucesso imediato; é apenas o primeiro passo para uma possível produção futura.

Contexto mais amplo da Chevron no Suriname

A compra desses dois blocos surge após a Chevron já possuir participações nos blocos 5, 7 e 42 no Suriname.

Os dados da própria empresa indicam que, em águas rasas e profundas do Suriname, ela está presente como investidora e operadora em diversos ativos.

Com informações do site Eixos.

Banner quadrado em fundo preto com gradiente, destacando a frase “Acesse o CPG Click Petróleo e Gás com menos anúncios” em letras brancas e vermelhas. Abaixo, texto informativo: “App leve, notícias personalizadas, comentários, currículos e muito mais”. No rodapé, ícones da Google Play e App Store indicam a disponibilidade do aplicativo.
Inscreva-se
Notificar de
guest
0 Comentários
Mais recente
Mais antigos Mais votado
Feedbacks
Visualizar todos comentários
Andriely Medeiros de Araújo

Ensino superior em andamento. Escreve sobre Petróleo, Gás, Energia e temas relacionados para o CPG — Click Petróleo e Gás.

Compartilhar em aplicativos
0
Adoraríamos sua opnião sobre esse assunto, comente!x