Novo SUV elétrico da Chevrolet está prestes a estrear no Brasil, exibindo autonomia de destaque, design atualizado e aposta em alta tecnologia, com fase de testes finais evidenciada por aparições quase sem camuflagem em São Paulo.
O Chevrolet Captiva EV está próximo de estrear no mercado brasileiro, com sua chegada prevista para o final de 2025.
O utilitário esportivo foi apresentado discretamente em 8 de julho, durante um evento de renovação da linha de compactos da marca, mas sem especificações técnicas ou valores anunciados naquele momento.
Desde então, a presença do veículo circulando com camuflagem mínima nas ruas de São Paulo, especialmente na região da Avenida Europa — conhecida pelos encontros de entusiastas automotivos — evidencia que o modelo está em fase avançada de homologação e testes finais no Brasil.
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Chevrolet Captiva EV mantém design do modelo chinês com adaptações para o Brasil
As imagens capturadas recentemente por entusiastas automobilísticos mostram que o Captiva EV mantém, na essência, as linhas e características do Wuling Starlight S, SUV elétrico já comercializado na China.
A principal diferença visual está na dianteira, que passa a exibir uma grade inspirada no Chevrolet Equinox EV, reforçando a identidade visual da marca norte-americana.

Nas laterais e na parte traseira, os logotipos da Chevrolet aparecem camuflados, indicando que o lançamento oficial está cada vez mais próximo.
Interior do Captiva EV aposta em tecnologia e acabamento escuro
O interior do Captiva EV segue o padrão de design minimalista do modelo chinês, com poucos botões físicos e uma central multimídia flutuante posicionada acima do painel.
Esse sistema concentra funções de navegação, entretenimento e ajustes do veículo.
Para o Brasil, o acabamento adotará tonalidades escuras, atendendo à preferência local, diferente do padrão claro do Starlight S chinês.
Motorização elétrica com autonomia de até 510 km
No quesito motorização, o SUV elétrico conta com propulsor de 150 kW, equivalente a 204 cavalos de potência e torque instantâneo de 31,6 kgfm.
Essa configuração permite aceleração de 0 a 100 km/h em 8,9 segundos e velocidade máxima limitada a 175 km/h, oferecendo desempenho competitivo no segmento de utilitários elétricos.
A bateria de lítio-ferro-fosfato (LFP) possui capacidade de 60 kWh e promete até 510 km de autonomia segundo o ciclo chinês CLTC — referência que, no entanto, tende a ser mais otimista em relação ao padrão brasileiro do Inmetro.
A recarga completa em corrente alternada (6,6 kW) demanda cerca de 10 horas, enquanto o carregamento rápido em corrente contínua, de 30% a 80%, ocorre em aproximadamente 20 minutos.
Versão híbrida plug-in deve chegar após o lançamento do elétrico
A estratégia da Chevrolet para o Captiva EV inclui opções que vão além do modelo 100% elétrico.
A marca já confirmou a existência de uma futura versão híbrida plug-in (PHEV), destinada inicialmente a mercados com infraestrutura de recarga menos desenvolvida, como partes da América do Sul.
Fábio Ruas, vice-presidente de comunicação e políticas públicas da General Motors América do Sul, afirmou que a configuração PHEV será lançada primeiro no México e na Argentina, onde será vendida apenas nesta configuração.
A chegada ao Brasil dependerá da demanda local e das condições de infraestrutura, mas a possibilidade está em análise.
A versão híbrida plug-in deve seguir a configuração atualmente oferecida na China: motor a combustão 1.5 Atkinson aliado a um motor elétrico, com potência combinada de 201 cv e torque de 31 kgfm.
Nessa versão, a bateria de 20,5 kWh possibilita até 130 km de autonomia exclusivamente elétrica, com alcance total superior a 1.100 km ao combinar os dois sistemas de propulsão.
Chevrolet Captiva EV e o cenário dos SUVs elétricos no Brasil
O avanço do Captiva EV reforça o movimento de eletrificação da frota nacional, ao lado de outros SUVs elétricos em ascensão no Brasil.
O segmento cresce com a chegada de modelos de diferentes marcas, como BYD Song Plus EV, Volvo XC40 Recharge e Kia Niro EV, todos posicionados em faixas de preço e características variadas, mas com propostas semelhantes de desempenho e autonomia.
A expectativa é que, ao ser lançado oficialmente, o Captiva EV dispute espaço tanto com modelos estabelecidos quanto com novos competidores que devem chegar ao país em breve.
O interesse crescente do público brasileiro por SUVs elétricos se apoia em benefícios como a emissão zero de poluentes locais, menor custo de manutenção em relação a modelos a combustão e incentivos fiscais regionais em algumas cidades.
No entanto, a autonomia real do Captiva EV, quando aferida pelo padrão brasileiro, será um dos principais pontos de atenção dos consumidores, assim como o custo total de propriedade, disponibilidade de infraestrutura de recarga rápida e suporte de pós-venda especializado.
Apesar da marca ainda não ter divulgado informações oficiais sobre os preços do Chevrolet Captiva EV, o modelo já se destaca pela autonomia elevada para o segmento e por oferecer recursos tecnológicos alinhados com a tendência global de conectividade e digitalização dos veículos.
Outro ponto de diferenciação é o sistema de recarga rápida, que promete tornar o uso do SUV mais conveniente no dia a dia urbano e em viagens médias.
Eletrificação avança e Brasil supera 180 mil veículos eletrificados
No contexto do mercado brasileiro, a introdução do Captiva EV representa um passo importante para a consolidação dos veículos elétricos no país, acompanhando o avanço da eletrificação em mercados internacionais.
Segundo dados recentes da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), o Brasil superou a marca de 180 mil veículos eletrificados em circulação em julho de 2025, demonstrando um ritmo acelerado de crescimento.
A perspectiva é que, com mais opções disponíveis, a participação dos SUVs elétricos como o Captiva aumente de forma significativa nos próximos anos.
Diante desse cenário de inovação e transformação no setor automotivo, a pergunta que fica é: o novo Chevrolet Captiva EV, com seus 204 cv de potência e autonomia de até 510 km, será capaz de conquistar um espaço relevante no mercado brasileiro de SUVs elétricos, marcado por desafios logísticos, exigências crescentes dos consumidores e concorrência cada vez mais acirrada?