Chevrolet lança programa que restaura e moderniza clássicos como Opala e Monza, unindo originalidade de época e tecnologia atualizada. Carros icônicos serão vendidos em leilão com parte da renda revertida a projetos sociais.
A Chevrolet oficializou no Brasil o programa Vintage, iniciativa que restaura e também “reimagina” clássicos da marca em comemoração aos 100 anos da GM no país.
Os primeiros carros apresentados são Opala SS 1979 (restomod), Monza 500 EF 1990 e Omega CD Irmscher 1994 — além da S10 Rally 2004 adaptada para uso urbano.
Todos serão vendidos em leilão com parte da arrecadação destinada ao Instituto GM.
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Como funciona o Chevrolet Vintage
O projeto atua em duas frentes.
A modalidade Restauração busca a originalidade de fábrica, seguindo manuais, catálogos e registros de cada unidade para reconstituir acabamento, cores e componentes conforme o ano e a versão.
Já o Restomod preserva a identidade clássica, mas atualiza mecânica e tecnologia — solução que melhora dirigibilidade, conforto e confiabilidade para uso cotidiano, sem descaracterizar o estilo de época.
Segundo a GM, os veículos são concebidos, supervisionados e validados pela engenharia da marca.
Antes do leilão, passam por ensaios em laboratório e pista no Campo de Provas da Cruz Alta, em Indaiatuba (SP), com testes de dinâmica veicular, ruído e vibração, dirigibilidade, rolagem e frenagem para garantir parâmetros compatíveis com um carro antigo.
Opala e Monza: o retorno dos ícones brasileiros
No caso do Opala SS 1979, a Chevrolet aplica a filosofia restomod.
O clássico seis-cilindros 4.1 recebeu injeção eletrônica e trabalha com câmbio manual Tremec de cinco marchas.
O conjunto ganhou atualizações de freio e suspensão, enquanto o interior inclui ar-condicionado atual — intervenção que mantém a estética SS, mas entrega comportamento moderno.
O Monza 500 EF 1990, primeiro Chevrolet nacional com injeção eletrônica, foi restaurado para reproduzir o padrão de “zero quilômetro”.
A carroceria foi desmontada e repintada.
O motor foi refeito com peças genuínas.
Itens de acabamento seguem as especificações do período, incluindo detalhes de tratamento de parafusos e componentes internos.
Omega Irmscher e S10 Rally: técnica e história
Entre os restaurados, o Omega CD 1994 foi descrito pela GM como “em estado de zero quilômetro”.
Além da reconstrução de carroceria e acabamento com peças originais ou de fornecedor de época, o sedã recebeu o kit Irmscher, que eleva o 3.0 para 3.6 litros, adotado sem alterar o compromisso de originalidade visual do projeto.
A S10 Rally 2004 resgata uma configuração desenvolvida para competições off-road, como o Rally dos Sertões, agora adaptada para rodar nas ruas.
O projeto preserva a autenticidade da preparação e incorpora ajustes para uso cotidiano, com foco em segurança e robustez.
Critérios de autenticidade e validação
Além da curadoria histórica, a Chevrolet relata um processo minucioso de pesquisa de acervos — manuais, amostras de acabamento e bases técnicas — para definir o que limpar, restaurar, substituir ou reconstruir diante da indisponibilidade de peças no mercado.
Em alguns casos, o Departamento de Design da GM lidera intervenções visuais nos restomods, respeitando padrões da época ou o que poderia compor um carro-conceito histórico da marca.
A companhia afirma que cada projeto demanda pelo menos um ano e que a validação dinâmica ocorre no maior campo de provas do Hemisfério Sul, onde os carros passam por avaliações de dirigibilidade, frenagem e NVH (ruído e vibração).
“Resgatar e transformar esses modelos em peças únicas de coleção, com rigor da nossa engenharia, é uma forma de honrar o legado e oferecer algo especial aos entusiastas”, disse Santiago Chamorro, presidente da GM América do Sul.
Leilão: o que já se sabe
Todos os veículos do primeiro lote serão ofertados em leilões presenciais e virtuais.
A GM informa que o primeiro pregão ocorre ainda em 2025, com dois modelos abrindo as vendas, e que parte da arrecadação será destinada a projetos sociais do Instituto GM.
A empresa não aceita, neste programa, veículos de terceiros.
Os exemplares são selecionados e preparados pela própria marca.
Quais modelos compõem a coleção
A primeira série do Vintage reúne 10 veículos produzidos no Brasil entre as décadas de 1960 e 2000.
Além dos quatro já mostrados e do Kadett GSi 1992 (em finalização), a GM confirma que virá uma C10 equipada com conjunto motriz de Camaro V8 e cita a 3100 Brasil como pioneira entre as picapes nacionais.
Outros nomes ventilados pela imprensa especializada incluem Opala SS 1976, Chevette Rally 1974 e D20 Conquest 1996 — todos sob a mesma curadoria técnica e validação da engenharia.
Por que agora
A montadora associa a iniciativa ao centenário da GM no país e ao avanço do antigomobilismo entre novas gerações, com valorização de neoclássicos (na casa dos 30 anos) como Kadett, Omega e primeiras S10.
A promessa é de coleções temáticas, reveladas em fases, mantendo expectativa e exclusividade entre colecionadores.
Com a chancela técnica da fábrica, restauração fiel onde cabe e upgrades criteriosos quando necessários, a Chevrolet recoloca seus clássicos no centro das atenções — você arremataria um restomod como o Opala 4.1 com Tremec ou prefere a originalidade absoluta do Monza e do Omega?