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CEO brasileiro à frente das negociações com os EUA: fundador da Stefanini lidera missão empresarial a Washington para eliminar tarifas que travam o comércio entre Brasil e Estados Unidos

Escrito por Débora Araújo
Publicado em 06/09/2025 às 09:31
CEO brasileiro à frente das negociações com os EUA: fundador da Stefanini lidera missão empresarial a Washington para eliminar tarifas que travam o comércio entre Brasil e Estados Unidos
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O CEO brasileiro Marco Stefanini participa de negociações com os EUA para eliminar tarifas que travam o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Entenda os bastidores.

O CEO brasileiro Marco Stefanini, fundador da multinacional de tecnologia Stefanini, está no centro de uma das negociações comerciais mais estratégicas da atualidade. Como co-chair do CEO Fórum Brasil-Estados Unidos, ele atua ao lado de líderes de grandes companhias brasileiras e americanas para eliminar tarifas que travam o comércio entre Brasil e Estados Unidos.

Nos últimos meses, Stefanini praticamente viveu em trânsito. Segundo informações do NeoFeed, o empresário passou apenas alguns dias no Brasil, dedicando a maior parte de sua agenda a encontros e reuniões em Washington, onde busca influenciar diretamente decisões que impactam o futuro das relações econômicas entre os dois países.

Por que as tarifas são um problema?

As tarifas impostas recentemente pelos Estados Unidos a diversos produtos brasileiros se tornaram um ponto de tensão. O governo americano, sob forte pressão política, adotou medidas protecionistas que encarecem a exportação de itens estratégicos do Brasil. Isso afeta setores como:

  • Agronegócio, com aumento no custo de exportação de carnes, soja e açúcar.
  • Mineração e siderurgia, que enfrentam sobretaxas em aço e alumínio.
  • Indústria de transformação, especialmente em produtos químicos e manufaturados.

Essas barreiras prejudicam diretamente o fluxo comercial entre Brasil e Estados Unidos, que somou mais de US$ 100 bilhões em 2024, e podem minar a competitividade de empresas brasileiras no maior mercado do mundo.

A missão em Washington

Para enfrentar esse desafio, Stefanini e outros líderes empresariais — de companhias como Embraer, Gerdau e Suzano — organizam missões frequentes aos Estados Unidos. Em Washington, os encontros envolvem:

  • Congressistas americanos, responsáveis por legislar sobre tarifas e comércio internacional.
  • Autoridades da Casa Branca, que podem revisar políticas protecionistas.
  • CEOs americanos, que também sofrem com os custos adicionais e defendem maior integração com o Brasil.

A meta declarada pelo grupo é dobrar o volume do comércio bilateral em cinco anos. Para isso, a estratégia inclui tanto a redução de tarifas quanto a atração de investimentos recíprocos em setores estratégicos.

Stefanini: da tecnologia à diplomacia empresarial

A Stefanini, empresa fundada por Marco Stefanini nos anos 1980, se consolidou como uma das maiores multinacionais brasileiras de tecnologia, com presença em mais de 40 países.

Agora, o CEO brasileiro utiliza sua experiência global para atuar como diplomata corporativo, fortalecendo os laços entre o setor privado e os governos de Brasil e Estados Unidos.

Além da agenda no Fórum, Stefanini anunciou que a companhia pretende investir R$ 2 bilhões em aquisições até 2027, aproveitando um cenário global em que muitas empresas enfrentam dificuldades financeiras. Essa postura reforça sua imagem de gestor visionário, que busca expandir a atuação da empresa enquanto participa de discussões geopolíticas de alto nível.

O que o Brasil pode ganhar?

Caso as negociações avancem, o Brasil poderá colher benefícios consideráveis:

  1. Aumento das exportações: setores como agronegócio, siderurgia e tecnologia terão acesso a mercados com menos barreiras.
  2. Mais investimentos: empresas americanas podem ampliar operações no Brasil diante de um ambiente mais favorável.
  3. Geração de empregos: a expansão das relações comerciais tem potencial para criar milhares de postos de trabalho.
  4. Fortalecimento diplomático: melhora da imagem do Brasil como parceiro estratégico dos EUA.

Obstáculos pelo caminho

Apesar dos avanços, o cenário ainda é desafiador. O governo americano mantém uma postura firme em relação a tarifas, justificando a medida como proteção à indústria local. Além disso, o ano eleitoral nos EUA tende a dificultar concessões políticas nesse campo.

Outro ponto é a necessidade de unidade política no Brasil para apoiar as negociações. Especialistas afirmam que divergências internas podem enfraquecer o poder de barganha brasileiro.

A importância do setor privado em grandes decisões globais

O protagonismo de Marco Stefanini reforça a importância do setor privado nas grandes decisões globais. Como CEO brasileiro à frente de uma gigante multinacional, ele transformou sua trajetória empresarial em uma plataforma de influência internacional, aproximando Brasil e Estados Unidos em um momento crítico.

Se as negociações prosperarem, a iniciativa pode marcar um divisor de águas no comércio bilateral, reduzindo barreiras, ampliando oportunidades e colocando o Brasil em posição mais competitiva no cenário global.

Enquanto isso, o país acompanha atento os próximos capítulos dessa história — que pode redefinir não apenas a relação com os EUA, mas também o futuro econômico de setores-chave da economia brasileira.

Com informações do site NeoFeed.

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Débora Araújo

Débora Araújo é redatora no Click Petróleo e Gás, com mais de dois anos de experiência em produção de conteúdo e mais de mil matérias publicadas sobre tecnologia, mercado de trabalho, geopolítica, indústria, construção, curiosidades e outros temas. Seu foco é produzir conteúdos acessíveis, bem apurados e de interesse coletivo. Para sugestões de pauta, correções ou contato direto: deborasthefanecruz@gmail.com

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