Centro em Poços de Caldas impulsiona autonomia ocidental na cadeia de minerais críticos e promete início das operações até o segundo trimestre de 2026
A mineradora Viridis Mining & Minerals, sediada na Austrália, anunciou em 20 de outubro de 2025 a criação de um centro de pesquisa e processamento de terras raras em Poços de Caldas (MG). Essa iniciativa representa um passo decisivo rumo à independência tecnológica da China, que ainda domina mais de 80% do refino global desses minerais estratégicos. Além disso, o projeto reforça a posição do Brasil como um novo polo de produção de materiais essenciais à transição energética.
Estratégia independente e foco ocidental
O novo centro ficará no parque industrial de Poços de Caldas, a 7 quilômetros das concessões minerais da Viridis. A estrutura funcionará como base para a produção experimental de carbonato misto de terras raras, um composto essencial na cadeia de refino desses minerais. Dessa forma, a iniciativa busca fortalecer a autonomia do Ocidente em setores estratégicos, como turbinas eólicas, veículos elétricos e equipamentos de defesa, que dependem fortemente de insumos chineses.
A planta piloto terá capacidade para processar 100 quilos de minério bruto por hora. Além disso, ela servirá para testar parâmetros técnicos, melhorar a eficiência operacional e preparar a expansão comercial do projeto. O início das operações está previsto para o segundo trimestre de 2026, segundo informações da mineradora. Ainda conforme o comunicado, o centro produzirá amostras qualificadas para possíveis parceiros de offtake, empresas que poderão fechar contratos antecipados de compra da produção futura, o que garante previsibilidade e atrai investidores.
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Contexto global e controle chinês
O anúncio ocorre em um momento de endurecimento dos controles de exportação da China sobre os minerais conhecidos como terras raras. Desde 9 de outubro de 2025, o governo chinês exige autorização prévia para exportar produtos que contenham até traços desses elementos, de acordo com a Agência de Notícias Xinhua. Como consequência, países ocidentais intensificaram a busca por novos fornecedores confiáveis, entre eles o Brasil.
Essa medida reforça a necessidade de diversificar cadeias de suprimento e reduzir a dependência global da China. Assim, o movimento da Viridis Mining & Minerals se destaca como parte de um reposicionamento estratégico internacional. Com ele, o Ocidente passa a enxergar o Brasil como um parceiro chave na produção de minerais críticos, essenciais para tecnologias limpas e sustentáveis.
Projeto Colossus e foco em sustentabilidade
O novo centro integra o Projeto Colossus, desenvolvido pela Viridis em Minas Gerais, cujo objetivo é explorar reservas de argilas iônicas ricas em terras raras. Essas reservas possuem potencial para gerar neodímio, praseodímio, térbio e disprósio, elementos usados na fabricação de ímãs de alta potência empregados em motores elétricos e turbinas eólicas.
A Viridis Mining & Minerals informou que o licenciamento ambiental é prioridade absoluta neste momento. O Estudo e Relatório de Impacto Ambiental (EIA-RIMA) foi entregue em janeiro de 2025, e a companhia aguarda a liberação da licença prévia, conforme informações enviadas à Bolsa de Valores da Austrália (ASX). Além disso, a empresa reforçou que todas as operações seguirão padrões internacionais de sustentabilidade, o que demonstra o compromisso com responsabilidade ambiental e social.
Independência tecnológica e visão estratégica
A decisão de eliminar completamente insumos, equipamentos e tecnologia chinesa faz parte de uma estratégia firme de longo prazo. De acordo com a Viridis Mining & Minerals, o objetivo é garantir independência total da cadeia de suprimentos chinesa, reduzir vulnerabilidades e assegurar estabilidade no fornecimento global.
“Essa abordagem proativa mantém a Viridis protegida de possíveis atrasos, restrições ou interrupções, especialmente após o aumento das exigências chinesas”, afirmou a mineradora. Assim, o Projeto Colossus se estabelece como um dos poucos empreendimentos ocidentais capazes de avançar de forma independente, reforçando a autonomia tecnológica do Ocidente.
A Viridis Mining & Minerals também informou que o estudo de viabilidade definitiva está em fase final e será concluído até junho de 2026. Com esse avanço, Minas Gerais se consolida como um novo polo global de fornecimento sustentável de terras raras, fortalecendo a posição do Brasil na transição energética mundial.
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