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Cemitério com 147 naufrágios vira incrível santuário ecológico — mas o que mais impressiona é como os navios foram parar lá

Publicado em 26/09/2025 às 17:07
Cemitério, santuário ecológico, navios
Novos habitats, influenciados pelo homem, se formam onde os destroços da ‘Frota Fantasma’ se encontram – Crédio: Divulgação/Laboratório de Robótica Marinha e Sensoriamento Remoto da Duke
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Navios incendiados e abandonados em Mallows Bay, no rio Potomac, viraram refúgio ecológico único que hoje abriga árvores, aves e vida marinha

Em 1929, a empresa norte-americana Western Marine & Salvage realizou uma operação que mudaria para sempre a paisagem de Mallows Bay, uma enseada no rio Potomac. A companhia transportou 169 navios construídos às pressas durante a Primeira Guerra Mundial, com a missão de desmontar a chamada “Frota de Emergência”.

Uma operação drástica

Para aproveitar metais e outros materiais, os navios foram incendiados até a linha d’água. O fogo facilitava a remoção de partes valiosas, mas deixou para trás uma cena de destruição.

Muitas embarcações afundaram em pedaços, outras foram engolidas pelos sedimentos. Na época, parecia um desastre ambiental sem volta.

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Com o tempo, no entanto, os restos se transformaram em algo inesperado.

A Frota Fantasma toma forma

Hoje, 147 cascos ainda podem ser identificados, formando a chamada “Frota Fantasma de Mallows Bay”. O local abriga um ecossistema peculiar, que cresceu exatamente sobre os destroços.

Espécies marinhas encontraram refúgio nas estruturas, aproveitando superfícies duras e estáveis que funcionam como abrigo.

O biólogo David Johnston, da Universidade Duke, resumiu bem: “Em muitos sentidos, esse evento foi catastrófico. Mas a vida é tão forte que pega algo assim e transforma em seu próprio habitat”.

Como a vida se estabeleceu no cemitério de navios

As marés tiveram papel decisivo. Elas carregaram silte e partículas, que se acumularam nos cascos ao longo das décadas.

Esse processo permitiu que sementes transportadas por animais germinassem em plena carcaça de ferro.

O resultado é curioso. Árvores surgiram sobre navios enferrujados, algas se espalharam pelas vigas submersas e aves como águias-pesqueiras transformaram mastros em ninhos.

Johnston define o fenômeno como uma “espiral positiva”: estruturas atraem animais, que levam sementes, gerando ainda mais vida.

A descoberta por acaso

O valor ecológico da enseada só ganhou reconhecimento em tempos recentes. Em 2016, a equipe de Johnston procurava áreas para testar drones.

Ao observar imagens do Google Earth, notaram formas semelhantes a cascos espalhadas pelo Potomac. A curiosidade os levou a investigar.

Três modelos de drones foram usados: um mapeando a frota inteira, outro focando em destroços específicos e um terceiro captando vídeos em alta definição.

O material resultou em ortomosaicos detalhados, que registraram tanto a extensão dos destroços quanto a evolução do ecossistema.

De cemitério a santuário

As evidências coletadas chamaram a atenção da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA) e do Departamento de Recursos Naturais de Maryland. Em 2019, o local foi oficialmente declarado Santuário Marinho Nacional.

A decisão reconheceu não apenas o valor histórico dos naufrágios, mas também a importância ambiental da região, hoje considerada um verdadeiro laboratório vivo.

Um futuro de descobertas

Johnston afirma que o mapeamento é um ponto de partida para estudos futuros. Os pesquisadores acreditam que o que se vê na superfície representa apenas parte da biodiversidade existente.

Novas imagens subaquáticas devem revelar uma variedade ainda maior de organismos vivendo nos restos da frota.

Mallows Bay mostra como destruição e vida podem se misturar. O ferro queimado do passado virou suporte para um ecossistema vibrante, lembrando que a natureza encontra caminhos mesmo nos lugares mais improváveis.

Com informações de Aventuras na História.

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Romário Pereira de Carvalho

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