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Sucesso de vendas dos smartphones acessíveis da Samsung impulsiona a liderança da empresa no mercado mundial em meio à disputa acirrada com Apple e Xiaomi. Modelos intermediários ganham espaço entre consumidores e mudam cenário global de tecnologia.
A Samsung consolidou sua posição de liderança no mercado global de smartphones no segundo trimestre de 2025, impulsionada principalmente pelo crescimento expressivo na preferência dos brasileiros por modelos acessíveis.
Dados preliminares da International Data Corporation (IDC) apontam que, entre abril e junho de 2025, a fabricante sul-coreana comercializou 58 milhões de celulares em todo o mundo, o que representa uma alta de 7,9% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Com esse desempenho, a empresa alcançou uma fatia de 19,7% de participação no mercado mundial, superando concorrentes diretas como Apple e Xiaomi.
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Samsung amplia liderança com celulares baratos
O resultado reflete, sobretudo, o sucesso dos modelos Galaxy A36 e Galaxy A56, lançados em 2025 e rapidamente adotados pelos consumidores brasileiros.
Esses aparelhos de categoria intermediária foram responsáveis por elevar a competitividade da marca na faixa de preços mais acessíveis.
De acordo com especialistas, a inclusão de recursos de inteligência artificial, antes restritos a smartphones premium, foi fundamental para a estratégia da Samsung.
O vice-presidente da IDC, Francisco Jeronimo, ressalta que as funcionalidades de IA presentes nesses dispositivos despertaram o interesse do público, especialmente em grandes redes varejistas do Brasil, um dos mercados mais disputados do mundo.
Apple e Xiaomi mantêm disputa acirrada
Enquanto a Samsung avançou, a Apple manteve-se na segunda colocação, com 46,4 milhões de unidades vendidas globalmente e crescimento de 1,5% em relação ao ano anterior.
O desempenho da gigante americana foi impulsionado por vendas em mercados emergentes, o que compensou a leve retração registrada na China, onde as vendas caíram 1%.
Já a chinesa Xiaomi assegurou o terceiro lugar no ranking, com 42,5 milhões de aparelhos vendidos, apresentando um aumento discreto de 0,6% no trimestre.
Mercado global e participação das marcas
O ranking das cinco maiores fabricantes de smartphones do mundo inclui ainda a empresa vivo — conhecida no Brasil pelo nome Jovi —, que alcançou o quarto lugar ao registrar a venda de 27,1 milhões de unidades, o que representa uma alta de 4,8%.
Em seguida aparece a Transsion, que, apesar de uma leve queda de 1,7% em suas vendas, manteve presença significativa ao comercializar 25,1 milhões de celulares no mesmo período.
No contexto geral, o mercado global de smartphones somou 295,2 milhões de unidades vendidas no segundo trimestre de 2025, indicando crescimento de 1% em relação ao mesmo trimestre do ano passado.
A participação das demais marcas, agrupadas na categoria “Outros”, foi de 32,6%, uma redução de 3,1% comparado ao ano anterior, refletindo a maior concentração das vendas entre as líderes de mercado.
Desafios econômicos e recuperação do setor
O cenário positivo do setor chama atenção ao considerar os desafios econômicos enfrentados no período, como inflação elevada, aumento do desemprego em alguns mercados e forte oscilação cambial.
Segundo a IDC, o setor de telefonia móvel conseguiu manter uma trajetória de recuperação mesmo diante desses obstáculos, beneficiando-se principalmente da oferta de modelos com design atualizado e, sobretudo, da integração de inteligência artificial, que tem sido o diferencial competitivo para conquistar novos consumidores.
Preferência do brasileiro por celulares acessíveis
No Brasil, o sucesso da Samsung é ainda mais notável.
Os aparelhos intermediários da linha Galaxy, tradicionalmente conhecidos pelo bom custo-benefício, atraíram uma ampla faixa de consumidores.
O público brasileiro, cada vez mais atento à relação entre preço e funcionalidades, viu nesses lançamentos uma oportunidade de adquirir smartphones com tecnologia de ponta sem comprometer o orçamento.
Essa mudança no perfil de consumo acompanha a tendência global, mas ganha contornos particulares no Brasil, onde promoções e parcelamentos facilitam o acesso a aparelhos mais modernos.
Estratégias de expansão e diferenciação
Analistas do setor apontam que a expansão da Samsung no segmento de celulares de baixo custo foi determinante para ampliar sua vantagem competitiva sobre Apple e Xiaomi.
Enquanto as concorrentes concentram esforços em aparelhos de valor mais elevado ou apostam em nichos específicos, a Samsung investiu em atualizar toda sua linha intermediária, aproximando recursos premium do grande público.
O Galaxy A36 e o Galaxy A56, por exemplo, incorporam assistentes virtuais com inteligência artificial, otimização de bateria por IA e câmeras com processamento de imagem aprimorado, características valorizadas por consumidores brasileiros.
Perspectivas para o mercado de smartphones
A disputa entre Samsung, Apple e Xiaomi se intensificou nos últimos meses, com cada empresa adotando estratégias distintas para manter ou expandir sua fatia de mercado.
A Apple, apesar de continuar líder entre os aparelhos premium, enfrenta desafios para crescer em segmentos mais populares, enquanto a Xiaomi mantém relevância ao oferecer aparelhos com boa relação custo-benefício, mas sem o mesmo ritmo de inovação observado na Samsung em 2025.
Em relação às perspectivas para o restante do ano, especialistas do setor acreditam que a tendência de crescimento deve se manter, especialmente se as principais fabricantes continuarem a apostar em inteligência artificial e em lançamentos voltados ao público jovem, principal impulsionador das vendas no Brasil e em outros países emergentes.
Além disso, fatores como maior acesso ao crédito e programas de incentivo ao consumo de tecnologia também devem influenciar o comportamento do mercado nacional.
Inovação e competitividade no cenário brasileiro
A trajetória de recuperação do mercado de smartphones, mesmo diante das adversidades econômicas, mostra que inovação e adaptação às demandas locais seguem sendo fatores decisivos para o sucesso das fabricantes.
No contexto brasileiro, a busca por celulares baratos, mas equipados com tecnologia avançada, parece longe de perder força.
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