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Ceará se destaca no ramo da energia eólica offshore com 20% dos projetos de usinas em alto-mar

Escrito por Ruth Rodrigues
Publicado em 30/07/2022 às 23:30
Atualizado em 31/07/2022 às 08:41
O estado do Ceará concentra cerca de 20% dos projetos de usinas eólicas offshore de todo o Brasil. Elas estão próximas de se tornarem uma das principais fontes de energia limpa e renovável no processo de descarbonização da economia.
Foto: Pixabay

O estado do Ceará concentra cerca de 20% dos projetos de usinas eólicas offshore de todo o Brasil. Elas estão próximas de se tornarem uma das principais fontes de energia limpa e renovável no processo de descarbonização da economia.

Na última quinta-feira, (28/07), foi divulgado que o estado do Ceará se destaca no ramo da energia eólica offshore, concentrando cerca de 20% dos projetos de usinas em alto-mar. Atualmente, as instalações offshore estão em processo de licenciamento ambiental no Ibama, porém, as usinas em alto-mar já são uma realidade.

O estado do Ceará possui cerca de 20% dos 58 projetos eólicos offshore de todo o Brasil

Dessa forma, o Brasil possui mais de 58 projetos de energia eólica offshore, totalizando 133 GW de capacidade. E destes, cerca de 20% estão no estado do Ceará e a expectativa de produção é de quase 60% acima da média mundial, isso porque as características geográficas, como as baixas profundidades, estar próximo à costa e possuir ventos potentes, constantes e bem direcionados, potencializam os resultados das usinas.

É importante ressaltar que cada GW instalado representa cerca de US$ 2 bilhões em investimentos e mais de 10 mil empregos criados.

“Deveremos ter novos empregos ligados à área de administração e direito para a elaboração de contratos e modelos de negócios, em engenharia no desenvolvimento dos projetos, nas escolas e universidades para a capacitação de profissionais, em obras de construção, na operação e manutenção de equipamentos, no setor de transporte, e em várias outras atividades em toda a cadeia produtiva da produção de energia eólica no mar”, destacou o coordenador do Núcleo de Energia da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC).

O desenvolvimento de implementação de usinas offshore está sendo pautado pelo detalhamento dos regulamentos necessários e também da realização de leilão federal para a compra dessa nova fonte de energia limpa e renovável. Com isso, será possível estimular a evolução desse tipo de produção, proporcionando condições para o aproveitamento do gigante potencial existente em todo o Brasil.

A BI Energia é uma das empresas que está com projeto em fase avançada

Uma das empresas que está com projetos em fases avançadas é a BI Energia. A companhia começou a realizar os estudos ainda no ano de 2016 quando quase não se falava sobre esse tipo de produção e atualmente a empresa já conta com mais de 50 projetos só aguardando liberação. Enquanto a liberação não acontece, a empresa dá continuidade a outras pesquisas e projetos, uma atividade que elevará consideravelmente o PIB do Ceará. O estado é um dos pioneiros nesse mercado de geração de energia verde.

 “O Brasil hoje já tem 82% de fonte renovável e tem um potencial enorme para a produção do Hidrogênio Verde que será o combustível a substituir a gasolina e o diesel. Essa produção não deve ficar apenas para consumo interno é preciso distribuir para os maiores consumidores de energia que são os setores da indústria, siderúrgica, transporte. Com o H2V, não haverá mais emissão de CO2, o grande vilão do meio ambiente que tem feito elevar as temperaturas dos países da Europa como Espanha, França e Portugal”, afirma Lauro Fiuza Junior, presidente do conselho do Grupo Servtec Energia.

Além disso, a produção de energia eólica por projetos offshore será um dos principais temas discutidos durante o FIEC Summit durante o painel “Desafios da Eólica Offshore no Brasil”, com a participação do presidente do conselho da Servtec; de Adão Linhares, secretário executivo de energia e telecomunicações da Seinfra e de Carlos Alberto Mendes, superintendente da Semace.

Ruth Rodrigues

Formada em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), atua como redatora e divulgadora científica.

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