Portaria da Secretaria dos Recursos Hídricos atualiza regras de gestão para Castanhão, Orós, Banabuiú e integração da transposição do São Francisco
O Ceará deu mais um passo decisivo na gestão hídrica. Em 9 de setembro de 2025, a Secretaria dos Recursos Hídricos (SRH) publicou portaria que atualiza a lista das 25 fontes estratégicas de água do estado. Esses reservatórios, rios e canais sustentam desde famílias em áreas rurais até grandes polos industriais, como o Complexo do Pecém, e são considerados vitais para a sobrevivência em um estado marcado pela seca.
A medida reforça que o abastecimento humano continua sendo prioridade máxima, mas estabelece diretrizes rígidas para irrigação, indústria e distribuição municipal. A decisão surge em um momento de pressão crescente sobre os recursos hídricos, exigindo equilíbrio entre consumo, produção agrícola e desenvolvimento econômico.
Quem depende das fontes estratégicas
As fontes estratégicas de água atendem milhões de pessoas e setores produtivos essenciais.
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Entre elas, estão os açudes Castanhão, Orós e Banabuiú, além do rio Jaguaribe, principal curso d’água do Ceará. Juntos, esses mananciais asseguram abastecimento urbano, irrigação em larga escala e fornecimento de água para empreendimentos industriais.
De acordo com informações divulgadas pelo Diário do Nordeste, a gestão é realizada por meio dos Comitês de Bacia, que deliberam sobre a destinação da água.
A prioridade legal é garantir o consumo humano e a dessedentação animal, mas a agricultura irrigada e a indústria também recebem parte da alocação.
Quanto e como será controlado o uso
A portaria da SRH reforça o papel da outorga de direito de uso da água, mecanismo que define quanto, quando e para quem a água pode ser liberada.
O processo passa por análises técnicas que consideram balanço hídrico, impacto ambiental e fatores socioeconômicos.
Segundo o coordenador de Gestão de Recursos Hídricos da SRH, Carlos Campelo, “uso sem critérios comprometeria a segurança hídrica das populações e a sobrevivência de setores estratégicos, como agricultura e indústria”.
A regulação, portanto, busca proteger o equilíbrio entre oferta e demanda em um contexto de vulnerabilidade climática.
Onde entra a transposição do São Francisco
A transposição do rio São Francisco é outro pilar fundamental para reforçar a segurança hídrica do Ceará.
A água é integrada por meio do Cinturão das Águas do Ceará, rede de canais que redistribui o recurso para reservatórios estratégicos.
Essa infraestrutura ajuda a reduzir os impactos das estiagens prolongadas, ampliando a resiliência hídrica do estado.
Especialistas destacam que a conexão com o São Francisco permite diversificar as fontes de abastecimento e garantir maior regularidade no fornecimento, mesmo em períodos de chuvas escassas.
Por que a gestão é crítica para o futuro
As 25 fontes estratégicas de água não são importantes apenas para consumo humano.
A agricultura irrigada é um dos motores da economia cearense, especialmente na produção de frutas e hortaliças destinadas ao mercado interno e à exportação.
Atividades como a carcinicultura e o próprio Complexo do Pecém também dependem de fornecimento contínuo e regulado de água.
Com o crescimento da demanda e a intensificação das mudanças climáticas, cada gota passa a ser estratégica para garantir estabilidade social e econômica.
Por isso, a gestão dessas fontes deixou de ser apenas um tema técnico e se tornou questão central de sobrevivência para o estado.
O desafio do Ceará é conciliar crescimento econômico com segurança hídrica, sem comprometer o acesso da população.
A nova portaria deixa claro que o controle rigoroso sobre os 25 mananciais é indispensável para a estabilidade da região.
Você acredita que o Ceará deve priorizar ainda mais o consumo humano, mesmo que isso reduza água para a indústria e a agricultura? Ou é possível equilibrar os três setores? Deixe sua opinião nos comentários — queremos ouvir quem vive isso na prática.