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Ceará assina novos protocolos para produção de hidrogênio verde na região; entre os principais parceiros se destacam empresas americanas, europeias e asiáticas

Escrito por Valdemar Medeiros
Publicado em 16/03/2022 às 10:11
Ceará - Hidrogênio verde - hub de hidrogênio
O hidrogênio verde (H2V) é produzido através de fontes renováveis — Foto: shutterStock

Hub de hidrogênio verde do Ceará promete ser um dos maiores empreendimentos do mundo e já conta com 16 assinaturas de empresas interessadas

Ceará já acumula mais de 15 assinaturas de empresas americanas, asiáticas e europeias na intenção de fazer parte do novo Hub de hidrogênio verde do estado, a estimativa é que até a próxima semana esse número aumente pra 20 empresas interessadas e impulsione ainda mais a futura produção de hidrogênio verde no Brasil.

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Após assinatura das novas empresas Ceará passará a ter 20 companhias envolvidas no Hub de hidrogênio verde

Segundo secretário do Desenvolvimento Econômico e Trabalho, Maia Júnior,  em entrevista exclusiva para o portal O POVO há quatro novas empresas querendo fazer parte do projeto de hidrogênio verde do Ceará e a assinatura das empresas deve ser registrada ainda nesta semana.

Após a assinatura das novas empresas, o estado totalizará 20 companhias interessadas no Hub de hidrogênio verde. O empreendimento de hidrogênio verde do Ceará promete gerar milhares de empregos e renda ao estado. A ideia central do projeto que foi apresentado em meados de fevereiro do ano passado será instalada no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Cipp), em São Gonçalo do Amarante.  

O projeto promete ser um dos maiores do mundo e tem como objetivo reduzir as emissões de poluentes e verde novas oportunidades de emprego para moradores do Ceará, impulsionando a economia e fazendo o estado ser destaque no setor.    

O que é hidrogênio verde e por que precisamos dele?

O que é hidrogênio verde e como funciona? | Eletrólise da água | QuiAtivo – Reprodução/Youtube

O hidrogênio verde está surgindo como uma das principais opções para armazenar energia de fontes renováveis ​​com combustíveis à base de hidrogênio, potencialmente transportando energia de fontes renováveis ​​por longas distâncias – de regiões com recursos energéticos abundantes a áreas com fome de energia a milhares de quilômetros de distância.

O hidrogênio verde foi destaque em várias promessas de redução de emissões na Conferência do Clima da ONU, COP26, como um meio de descarbonizar a indústria em geral, fretes de longas distâncias, transportes e aviação. Os governos e a indústria reconheceram o hidrogênio como um importante pilar de uma economia líquida zero.

Como o hidrogênio verde se difere do hidrogênio ‘cinza’ e do hidrogênio azul com emissões intensivas tradicionais?  

Hidrogênio e suas particularidades – imagem: Ecpa/Divulgação

O hidrogênio é o elemento mais simples e menor da tabela periódica. Não importa como é produzido, acaba com a mesma molécula livre de carbono. No entanto, os caminhos para produzi-lo são muito diversos, assim como as emissões de gases de efeito estufa, como dióxido de carbono (CO2) e metano (CH4).   O hidrogênio verde é definido como o hidrogênio produzido pela divisão da água em hidrogênio e oxigênio usando eletricidade renovável. Este é um caminho muito diferente em comparação com o cinza e o azul.  

O hidrogênio cinza é tradicionalmente produzido a partir de metano (CH4), dividido com vapor em CO2 – o principal culpado pelas mudanças climáticas – e H2, hidrogênio. O hidrogênio cinza tem sido cada vez mais produzido também a partir do carvão, com emissões de CO2 significativamente mais altas por unidade de hidrogênio produzida, tanto que muitas vezes é chamado de hidrogênio marrom ou preto em vez de cinza. Hoje é produzido em escala industrial, com emissões associadas comparáveis ​​às emissões combinadas do Reino Unido e da Indonésia. Não tem valor de transição de energia, muito pelo contrário.  

O hidrogênio azul segue o mesmo processo do cinza, com as tecnologias adicionais necessárias para capturar o CO2 produzido quando o hidrogênio é separado do metano (ou do carvão) e armazená-lo por longo prazo. Não é uma cor, mas sim uma gradação muito ampla, pois nem 100% do CO2 produzido pode ser capturado e nem todos os meios de armazenamento são igualmente eficazes a longo prazo. O ponto principal é que capturando grande parte do CO2, o impacto climático da produção de hidrogênio pode ser reduzido significativamente.

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Valdemar Medeiros

Jornalista em formação, especialista na criação de conteúdos com foco em ações de SEO. Escreve sobre Indústria Automotiva, Energias Renováveis e Ciência e Tecnologia

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