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Castelo medieval esquecido há 700 anos é descoberto em ilha remota: fortaleza com torre de 19 m, salões e capela revela poder dos Lordes das Ilhas e reescreve história da região

Publicado em 20/09/2025 às 10:33
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Ilustração do castelo em Finlaggan, descoberto em ilha remota na Escócia — Foto: David Simon
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Descoberta arqueológica em Finlaggan revela castelo medieval esquecido, reforçando a importância histórica dos Lordes das Ilhas no poder político da Escócia

Uma pequena ilha na remota Islay, na Escócia, acaba de se tornar peça-chave para compreender a política medieval da região. Pesquisadores anunciaram a descoberta de ruínas em Finlaggan, local que teria abrigado um castelo real esquecido por mais de 700 anos.

A revelação chega depois de quase três décadas de escavações contínuas. Sob a liderança de David Caldwell, arqueólogos e voluntários encontraram vestígios de uma fortaleza que teria sido o núcleo do poder dos famosos Lordes das Ilhas.

Centro de um clã poderoso

O castelo descoberto teria servido como sede dos MacDonald, família que governou as Hébridas, Argyll e parte das Terras Altas ocidentais.

Eles agiram quase como reis, comandando ataques inclusive ao continente, com destaque para a invasão do Castelo de Urquhart, próximo ao Lago Ness.

Esse domínio não se restringia apenas à força militar. Ele representava também a afirmação cultural e política de uma elite que moldou o destino da região durante séculos.

Estrutura monumental e singular

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Ruínas do castelo em Finlaggan, na Escócia — Foto: Dr. David Caldwell FSAScot

As ruínas revelaram uma torre retangular de pedra, com cerca de 19 por 19 metros, ampliada para 21 metros quando incluído o pedestal.

Essa dimensão a coloca lado a lado de castelos ingleses como Carlisle, Bamburgh e Lancaster.

A fortaleza contava ainda com pátios, cozinhas, capela com cemitério, alojamentos e um grande salão para banquetes.

Em termos arquitetônicos, tratava-se de uma construção rara na Escócia, mas comum entre reis anglo-franceses da Grã-Bretanha e da Irlanda.

Portanto, a escolha por esse estilo arquitetônico funcionava como símbolo de status, poder e conexões políticas internacionais.

Segundo Caldwell, o castelo pode ter sido desmantelado por fragilidade estrutural ou por ataques de inimigos. Com o tempo, a área acabou substituída por um palácio erguido pelos próprios senhores locais.

Ainda assim, a importância do local não desapareceu. Pelo contrário: Finlaggan manteve-se como centro político dos Lordes das Ilhas até os séculos 14 e 15, quando esse clã atingiu o auge de sua influência.

Livro reúne achados históricos

Os resultados das escavações foram reunidos em uma publicação lançada pela Sociedade de Antiquários da Escócia.

O livro descreve as evidências que confirmam Finlaggan como centro de poder quase independente, fundamental para a história escocesa medieval.

Além disso, a obra sugere que o local pode ter sido um espaço de rituais e reuniões desde tempos pré-históricos. Há hipóteses de uso até no período viking, antes de se tornar castelo real e, mais tarde, palácio senhorial.

Patrimônio com séculos de influência

As evidências arqueológicas mostram que a fortaleza se distribuía por duas ilhas no Lago Finlaggan. Uma abrigava a torre de pedra, onde ficavam o rei ou o lorde. A outra concentrava os pátios, as cozinhas, oficinas, casas e o salão principal.

Esse conjunto confirma a ideia de que a região funcionava como centro de comando político, militar e cultural.

Em resumo, o achado não apenas reforça a grandiosidade dos MacDonald, mas também amplia a compreensão da Escócia medieval.

O peso da descoberta do castelo medieval

O estudo revela que Finlaggan não era apenas um ponto de poder nos séculos 14 e 15. Ele já tinha relevância no período anterior, entre os séculos 12 e 13.

Essa nova perspectiva reposiciona a ilha na narrativa histórica e mostra que o território teve importância contínua por muitos séculos.

Para Caldwell e sua equipe, o castelo esquecido representa um elo perdido que ajuda a reconstruir o passado escocês.

Com informações de Revista Galileu.

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Romário Pereira de Carvalho

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