Interesse norte-americano em minerais estratégicos reacende disputa global com a China e pressiona soberania brasileira sobre suas reservas
O recente posicionamento da Casa Branca, que manifestou interesse direto nas terras raras do Brasil, acendeu o alerta em Brasília. A declaração partiu de um representante do governo Donald Trump, que sugeriu a possibilidade de negociar o acesso aos minerais em troca da redução de tarifas contra produtos brasileiros.
A resposta do presidente Lula foi imediata: reafirmou que os recursos pertencem ao Brasil e defendeu respeito à soberania nacional. Mas por que, afinal, os Estados Unidos estão tão interessados nesses elementos químicos estratégicos?
O que são as terras raras do Brasil — e por que elas importam?
Terras raras são um grupo de 17 elementos químicos essenciais para tecnologias modernas como baterias de carros elétricos, turbinas eólicas, mísseis guiados, satélites e até telescópios espaciais. Apesar do nome, esses elementos não são raros em si, mas ocorrem em concentrações dispersas e são difíceis de extrair de forma economicamente viável.
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Segundo o Serviço Geológico dos EUA (USGS), o Brasil possui a segunda maior reserva mundial de terras raras, ficando atrás apenas da China. Estima-se que 21 milhões de toneladas estejam em solo brasileiro, especialmente nos estados do Amazonas, Goiás e Minas Gerais. No entanto, a participação brasileira na produção global ainda é de apenas 1%, o que indica um enorme potencial inexplorado.
Uma guerra tecnológica e geopolítica
A disputa por esses minerais tem impacto direto na tensão econômica entre Estados Unidos e China. Hoje, cerca de 70% das terras raras no mercado global vêm da China, que domina não apenas a extração, mas também o refino — uma etapa complexa e cara que poucos países dominam. Em resposta às sanções dos EUA, Pequim já ameaçou limitar o envio desses materiais ao Ocidente.
Nesse contexto, o interesse norte-americano nas terras raras do Brasil representa uma tentativa de reduzir a dependência chinesa e garantir uma cadeia de suprimentos mais segura. A proposta de Trump, ainda nos bastidores, seria usar o tema como moeda de troca para negociar barreiras comerciais com o Brasil.
O papel do Brasil e os riscos de dependência externa
Apesar de deter grandes reservas, o Brasil ainda depende de parcerias tecnológicas para extrair e processar terras raras em escala comercial. A falta de infraestrutura e domínio tecnológico impede que o país transforme seu potencial mineral em avanço industrial — situação que pode reforçar a dependência de acordos com potências estrangeiras.
Segundo o Ministério de Minas e Energia, o governo brasileiro estuda modelos de cooperação internacional, mas com foco em agregar valor dentro do território nacional. A boa relação com a China, principal interessada na manutenção da hegemonia mineral, pode complicar o jogo diplomático com os EUA.
Você acha que o Brasil deveria explorar suas terras raras com apoio estrangeiro ou investir em tecnologia nacional para manter a soberania? Comente sua opinião abaixo.
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