Alta demanda por peças e comércio ilegal impulsionam o crescimento de carros roubados no Brasil. Veículos estacionados próximos a locais movimentados são mais vulneráveis
O roubo de caminhonetes no Brasil aumentou alarmantemente em 2024, com um crescimento de 85,9% no terceiro trimestre em comparação ao mesmo período de 2023. Esse dado, fornecido pelo Grupo Tracker, líder nacional em rastreamento de veículos, revela um panorama preocupante. Além disso, os furtos desses veículos também cresceram 63,4% nesse mesmo intervalo.
Esse aumento significativo de carros roubados, principalmente caminhonetes, resulta, em grande parte, da valorização dos componentes desses veículos no mercado paralelo e do interesse crescente por motores a diesel, cada vez mais utilizados em maquinários e em outros países, de acordo com o site Estadão.
SUVs e caminhonetes mais roubados no Brasil
- Toyota Hilux
- Ranger
- Fiat Toro
- Jeep Compass
- Jeep Renegade
- Mitsubishi L200
- Chevrolet S10
- Volkswagen Amarok
- Hyundai Creta
- Fiat Strada
Caminhonetes a diesel: os carros mais roubados e os principais alvos de criminosos
As fraudes mostram clara preferência por picapes movidos a diesel, especialmente devido ao uso desses motores em máquinas agrícolas e geradores de energia. Segundo Vitor Corrêa, gerente de Comando e Monitoramento do Grupo Tracker, esses veículos se destacam pelas características dos motores. “Os motores a diesel são altamente valorizados pelo seu uso em máquinas agrícolas, durabilidade e capacidade para atividades pesadas”, enfatiza Corrêa.
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Essas características fazem com que as caminhonetes a diesel sejam vistas como bens de alto valor no mercado paralelo. Assim, os criminosos concentram esforços nesse tipo de veículo. Além disso, a possibilidade de desmanche para venda ilegal de peças, que possuem alta demanda e valor, também impulsiona essa prática criminosa.
Comércio ilegal e tráfego para países vizinhos
Além do desmanche, muitos veículos roubados no Brasil acabam sendo levados para outros países, onde se transformam em moeda de troca. Esse tráfico ilegal se torna especialmente comum em estados fronteiriços, como Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Paraná, além de grandes centros urbanos como São Paulo e Minas Gerais. De acordo com Corrêa, “picapes roubadas nesses estados vão para o Paraguai, formando um comércio paralelo que torna os roubos mais lucrativos”.
Essa prática de carros roubados, extremamente lucrativa para os criminosos, se expande com a ajuda de redes de contrabandistas e receptadores. Por exemplo, no Paraguai, as picapes roubadas frequentemente são trocadas por mercadorias ilegais ou se vendem a preços inferiores aos do Brasil. Portanto, esse ciclo gera um incentivo significativo para o roubo e a exportação ilegal desses veículos, especialmente os movidos a diesel.
Carros roubados: Padrões de Roubos e Locais de Maior Risco
Os carros estacionados em locais públicos e de grande movimentação, como estações de metrô, shoppings e estádios, representam alvos preferenciais para os infratores. O alto fluxo de pessoas facilita a ação dos criminosos, que age rapidamente e de forma discreta. Mesmo com a presença de tecnologias de segurança, como alarmes e bloqueios de sinal, muitos infratores têm acesso a inibidores que bloqueiam rastreadores comuns. Por isso, as empresas de segurança veicular investem em tecnologias mais avançadas para melhorar a proteção.