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Saiba como veículos eletrificados reagem ao calor e ao frio e descubra estratégias práticas para manter o desempenho em alta
Em 2025, especialistas da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE) reforçam que as temperaturas extremas influenciam diretamente a autonomia dos carros elétricos e híbridos.
Ainda assim, os sistemas modernos de gerenciamento térmico mantêm as baterias operando com eficiência e segurança, mesmo sob condições climáticas adversas.
Autonomia e clima: o que muda primeiro?!
Antes de tudo, é importante destacar que temperaturas muito baixas ou elevadas alteram o consumo e o desempenho dos veículos.
Motores a combustão, quando operam a frio, gastam mais combustível e sofrem maior desgaste.
Além disso, o uso constante do ar-condicionado ou aquecedor eleva o consumo e reduz a autonomia.
Por outro lado, carros elétricos lidam melhor com essas condições, pois sistemas inteligentes de gerenciamento térmico mantêm as baterias na faixa ideal de temperatura.
Isso garante maior eficiência energética e estabilidade operacional.
Calor acima de 40°C: o impacto nas baterias
Em regiões muito quentes, como o Nordeste e o Centro-Oeste, as baterias de íons de lítio podem sofrer reações químicas aceleradas acima de 40 °C.
Esse processo provoca degradação do eletrólito e reduz a durabilidade do sistema.
Entretanto, graças ao gerenciamento térmico ativo, os veículos atuais conseguem controlar a temperatura interna e reduzir o desgaste.
Segundo Carlos Roma, diretor de tecnologia da ABVE, “mesmo consumindo energia para resfriamento, os elétricos são mais eficientes e oferecem desempenho estável”.
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Frio intenso: como o clima reduz a eficiência
Em locais frios, como a Região Sul, temperaturas próximas de 0 °C diminuem a mobilidade dos íons de lítio, o que reduz temporariamente a eficiência das baterias.
Ainda assim, o sistema de aquecimento integrado mantém a bateria na faixa ideal e compensa o efeito negativo do frio.
O especialista explica que, embora haja perda de autonomia, não ocorre dano permanente à bateria.
O que acontece é apenas um aumento temporário no consumo energético.
Perdas médias de autonomia
Conforme dados da ABVE (2025), as perdas estimadas de autonomia variam conforme o clima e o uso do veículo.
Em dias quentes, a redução fica entre 10% e 20%, principalmente quando o ar-condicionado é usado com frequência.
Em dias frios, especialmente em cidades do Sul, a perda pode chegar a 20–30%, sobretudo com o uso de aquecedores.
Mesmo assim, Roma reforça que essas variações são normais e não comprometem a vida útil das baterias.
Tudo isso ocorre desde que o sistema térmico funcione adequadamente.
Faixa ideal de temperatura
A faixa ideal de operação para as baterias de íons de lítio situa-se entre 20 °C e 30 °C.
Dentro dessa margem, os carros elétricos atingem máxima eficiência e durabilidade.
Regiões como Sudeste e Sul permanecem, por boa parte do ano, dentro desse intervalo.
Isso favorece o desempenho estável e a autonomia prolongada, além de reduzir o risco de degradação prematura.
Dicas práticas para preservar autonomia
Para minimizar os efeitos do clima e evitar quedas acentuadas de autonomia, siga algumas orientações simples e eficazes.
Ative o sistema de climatização da bateria enquanto o carro estiver plugado na tomada.
Isso mantém a temperatura ideal sem consumir carga adicional.
Estacione em locais sombreados ou cobertos, reduzindo o esforço do sistema de refrigeração e, consequentemente, o consumo de energia.
Evite deixar o veículo exposto ao sol por longos períodos em dias muito quentes.
Planeje trajetos com pontos de recarga próximos, especialmente em regiões de clima extremo.
Dessa forma, é possível preservar a eficiência e manter a autonomia em níveis ideais.
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