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Modelos históricos voltam a despertar interesse no mercado e atraem colecionadores com preços iniciais acessíveis a partir de R$ 15 mil.
O mercado de carros clássicos usados ganhou força no Brasil nos últimos anos, impulsionado pela valorização de modelos que marcaram época e pela paixão de colecionadores. Segundo anúncios verificados no Mercado Livre em setembro de 2025, sete veículos icônicos seguem entre os mais procurados, com preços que partem de R$ 15 mil.
A busca por esses modelos vai além do colecionismo. Muitos compradores enxergam neles um investimento de médio e longo prazo, já que a valorização pode multiplicar o valor pago na aquisição inicial. Além disso, fatores como design, memória afetiva, legado cultural e relevância histórica explicam por que essas máquinas continuam no imaginário de gerações.
Fusca ensina o Brasil a dirigir
Produzido por quase quatro décadas, o Volkswagen Fusca é considerado o carro que colocou milhões de brasileiros ao volante. Simples, robusto e carismático, o modelo se tornou ícone da cultura automotiva.
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De acordo com dados de mercado, exemplares em bom estado são anunciados a partir de R$ 15 mil, enquanto unidades que exigem restauração custam menos da metade disso. Já versões de janela oval, produzidas entre as décadas de 1950 e 1960, ultrapassam R$ 100 mil.
Esse amplo leque faz do Fusca uma das portas de entrada mais democráticas para o mundo dos clássicos.
Chevette vira peça de coleção
Lançado em 1973 e produzido até 1993, o Chevrolet Chevette chegou para rivalizar com o Fusca. Com motor dianteiro e tração traseira, passou por transformações estéticas dos anos 70 aos 80, mas nunca perdeu a característica de carro acessível.
Hoje, anúncios mostram preços a partir de R$ 15,7 mil em versões hatch, sedã, perua Marajó e picape Chevy 500. Durante anos visto como usado barato, o modelo começa a ganhar prestígio entre colecionadores, sobretudo em unidades bem preservadas das primeiras gerações.
Corcel mantém legado da Ford
O Ford Corcel, lançado em 1968, nasceu de um projeto da Renault e rapidamente se consolidou como sucesso no Brasil. A segunda geração, o Corcel II, chegou em 1977 com linhas mais retas e modernas.
Atualmente, preços começam em R$ 19,9 mil. A versão Ghia, equipada com acabamento refinado e até câmbio automático em algumas unidades, se destaca entre os colecionadores. O modelo combina o DNA europeu com a adaptação ao mercado brasileiro, o que explica sua permanência entre os clássicos valorizados.
Opala: símbolo de status
O Chevrolet Opala chegou em 1968 inspirado no Opel Rekord alemão e foi produzido até 1992. Ao longo desse período, tornou-se símbolo de status, com versões que variavam do básico 4 cilindros às luxuosas Diplomata e Comodoro, além do lendário esportivo SS.
Exemplares mais simples são encontrados a partir de R$ 30 mil, enquanto unidades SS 6 cilindros bem preservadas podem ultrapassar R$ 200 mil. Por sua diversidade de versões e longa história, o Opala figura entre os modelos mais valorizados do país.
Gol GTS disputa juventude dos anos 80
Nos anos 1980, a Volkswagen lançou o Gol GTS, resposta direta à febre dos esportivos nacionais. Inspirado pelo sucesso do Golf GTI europeu, trouxe motor 1.8, suspensão recalibrada e visual agressivo.
Na época, foi rival direto do Ford Escort XR3, disputa que marcou a juventude. Atualmente, o preço médio gira em torno de R$ 49,9 mil, mas exemplares originais e conservados podem ultrapassar R$ 80 mil.
Puma GTS mostra ousadia brasileira
Entre 1970 e 1980, o Puma GTS destacou-se como esportivo nacional de identidade própria. Embora utilizasse mecânica Volkswagen, tinha carroceria em fibra de vidro e design exclusivo.
Símbolo de ousadia, o conversível é lembrado como um ícone cultural. No mercado atual, os preços médios ficam em torno de R$ 69,9 mil, transformando o modelo em peça de desejo entre colecionadores.
Maverick traz o espírito dos pony cars
Lançado em 1973, o Ford Maverick trouxe para o Brasil a inspiração dos pony cars norte-americanos. Disponível em versões cupê e sedã, atendia diferentes perfis de consumidores.
Suas opções iam desde o simples Super ao intermediário Luxo, além do icônico GT, equipado com o motor V8 302. Hoje, exemplares básicos partem de R$ 80 mil, enquanto versões GT V8 bem preservadas superam R$ 250 mil, consolidando o Maverick como um dos clássicos mais valorizados do país.
O que explica a valorização desses modelos?
A análise dos sete modelos mostra que o mercado de carros clássicos usados combina acessibilidade inicial com alto potencial de valorização. Fatores como memória afetiva, relevância histórica e exclusividade justificam os preços crescentes.
Com base em dados do Mercado Livre verificados em setembro de 2025, os valores variam de R$ 15 mil a R$ 250 mil, dependendo do estado de conservação e da versão.
O que o futuro reserva para o mercado de clássicos?
Especialistas avaliam que o segmento tende a crescer nos próximos anos, especialmente entre os jovens colecionadores. Além disso, a digitalização dos anúncios facilita o acesso a informações e aumenta a visibilidade desses veículos.
No entanto, o mercado exige atenção: a valorização depende de fatores como originalidade, manutenção e demanda. O comprador que investir com critério poderá encontrar nesses carros não apenas um pedaço da história, mas também um patrimônio em constante evolução.
Você acredita que o melhor caminho é investir em modelos mais baratos, com chance de valorização, ou focar diretamente em clássicos já consolidados e caros?
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