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Carro da Volkswagen extremamente amado e muito popular entre os brasileiros, da adeus aos consumidores

Escrito por Valdemar Medeiros
Publicado em 31/10/2023 às 18:26
Carro da Volkswagen extremamente amado e muito popular entre os brasileiros da adeus aos consumidores
Foto: Imagem meramente ilustrativa de interior d carro da VW

A descontinuação da produção de um carro popular da Volkswagen, muito querido pelo público brasileiro, simbolizou o término de uma era para muitos no país. Com três décadas de história, esse automóvel se consagrou como um ícone nas estradas brasileiras. A Parati, referida como a perua mais jovem do Brasil segundo o site oficial da Volkswagen, não tem mais sua produção realizada em território nacional.

Após trinta anos de produção, a Volkswagen decidiu descontinuar o modelo Parati em junho de 2012. De acordo com informações disponibilizadas no site do fabricante, o veículo popular era ofertado em uma faixa de preço que variava entre R$ 39.815 e R$ 47.480, contando sempre com um motor de 1.6 litros.

A introdução da Parati no mercado brasileiro ocorreu em 1982, momento em que a Volkswagen buscava preencher o espaço deixado pela Variant II. Durante a década de 1980, a concorrência entre a GM e a Volkswagen era intensa, destacando-se o Chevette e o Gol como os principais rivais.

As peruas, categoria na qual a Parati se encaixava, começaram a se destacar devido à sua capacidade de oferecer mais espaço interno, proporcionando maior conforto tanto para o condutor quanto para os passageiros, além de uma ampla capacidade de carga.

Após o término da produção da Parati, a SpaceFox passou a ser, naquele momento, o único modelo da Volkswagen no segmento de minivans e peruas. Mesmo com a presença do Passat Variant e do Jetta Variant no mercado, esses dois modelos possuíam preços mais elevados, tornando-os menos acessíveis para a maioria dos consumidores.

No fim da década de 70, a Volkswagen começou um projeto de engenharia exclusivo para o mercado nacional. Seriam modelos com motor dianteiro dentro do conceito de “família”, algo bem moderno para a época.

Uma única plataforma básica, com adaptações, deu origem a um pequeno hatch (Gol), um sedan (Voyage), uma station wagon (Parati) e por fim, uma picape (Saveiro). A princípio, a nova station wagon da Volkswagen seria chamada de Angra, entretanto, a montadora entendeu que o público poderia criar associações maldosas com a usina atômica de Angra dos Reis.

O desenho era um primor, capaz de agradar tanto a chefes de família quanto os “playboys”. Como ditava o mercado nacional na época, o carro da Volkswagen saía apenas em versão de duas portas. Apesar das linhas retas e vincos na carroceria, o carro popular transmitia leveza e jovialidade.

A Parati trouxe desde o início o motor de quatro cilindros em linha e refrigerado a água do Passat e do Voyage. Com 1.471 cm², rendia 78 cavalos.

Esse motor 1.500, entretanto, durou pouco. Apenas dois meses após o lançamento, foi substituído pelo “1.600” a álcool, também do Passat. Tinha potência de 98 cavalos brutos, o suficiente para a nova perua atingir os 155 km/h e ir de 0 a 100 km/h em 14 segundos, marcas muito boas para o Brasil em 1982.

O câmbio de quatro velocidades era outro componente que vinha do Passat e do Voyage. Assim, o consumo era visto apenas como regular. Com álcool, combustível que estava em franca ascensão em 1982, a Parati fazia uns 7,5 km/l na cidade e uns 11 km/l na estrada.

No geral, o carro popular da Volkswagen era tão estável quanto o Voyage. Muito mais justa, confortável, silenciosa e divertida que a Variant II, os novos tempos haviam chegado para o VW do Brasil.

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Valdemar Medeiros

Jornalista em formação, especialista na criação de conteúdos com foco em ações de SEO. Escreve sobre Indústria Automotiva, Energias Renováveis e Ciência e Tecnologia

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