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Carolina Bunting diz que consumidores querem opções flexíveis.

Escrito por Paulo S. Nogueira
Publicado em 07/12/2023 às 22:09
Mercado de gás, Shell Energy Brasil
Todos os direitos: EPBR

De acordo com a gerente de Vendas e Originação de Gás da Shell Energy Brasil, a função da comercializadora de gás é simplificar o mercado, tornando-o menos complexo. Ela destaca a importância desse papel para a eficiência e transparência do setor.

Estiveram presentes na reunião a gerente de Vendas e Originação de Gás da Shell Energy Brasil, Carolina Bunting, e o gerente de Suprimento de Gás e Mercado da Bahiagás, Makyo Félix.

A revista epbr, em colaboração com a Shell Energy Brasil, organizou em novembro o pioneiro Fórum de Gás da Shell Energy, que teve como objetivo compartilhar conhecimento sobre o mercado de gás natural e energia com a sociedade.

O evento abordou a liberalização do mercado de gás natural, a transição para o mercado livre e como os consumidores podem tirar proveito do mercado spot de gás natural para desenvolver estratégias que promovam a sustentabilidade de suas operações. Este foi um momento importante para que novos consumidores compreendessem o funcionamento desse mercado, os novos tipos de contratos disponíveis e os benefícios que podem agregar aos seus negócios. **Uma oportunidade para novos consumidores entenderem como funciona este mercado, os novos tipos de contrato disponíveis e os benefícios que podem trazer aos seus negócios.**

Desafios para o Desenvolvimento do Mercado de Biometano no Brasil

A executiva identifica duas dificuldades principais para o avanço do mercado de biometano no Brasil. O primeiro desafio está relacionado à logística – como conectar, de maneira economicamente viável, as diversas fontes de biometano aos centros de consumo e à rede de gasodutos.

“Um segundo ponto é determinar o valor do biometano no mercado brasileiro. Atualmente, o mercado busca diferenciar entre o gás natural e o biometano. Portanto, é necessário promover o desenvolvimento de um padrão para o biometano, bem como o reconhecimento do produto. E, para isso, é crucial lidar com as questões regulatórias”, comentou a executiva.

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O reconhecimento do valor do biometano e o desenvolvimento de padrões são aspectos-chave para impulsionar o mercado no Brasil.

“O gás natural renovável é um campo no qual já houve considerável investimento em outras regiões do mundo, particularmente na Europa. Nós observamos um potencial enorme também no Brasil”, disse Carolina Bunting.

Carolina Bunting ressaltou que a Shell tem sido criteriosa ao avaliar as possibilidades de negócios nesse setor.

“Existem desafios a serem superados, e é por isso que estamos sendo muito criteriosos em relação ao tipo de produto que buscamos adquirir e ao tipo de projeto que pretendemos viabilizar. Estamos dispostos a estabelecer parcerias vantajosas com os produtores, a fim de criar um produto mais competitivo e alternativo para o cliente final. **No fim das contas, eles estão buscando soluções que ajudem a reduzir as emissões de forma econômica**”, destacou.

“A Shell demonstrou interesse em biometano, estamos em negociação com produtores e também estamos em contato com potenciais clientes interessados em adquirir e utilizar este gás para reduzir suas emissões de carbono”, disse Carolina Bunting.

Ela ressalta que a empresa já tem atividades nesse setor em outros países. Neste ano, completou a aquisição da Nature Energy Biogas, o maior produtor de biometano da Europa.

“Precisamos encontrar um mecanismo para estabilizar o mercado e evitar custos desnecessários, além de manter a competitividade necessária”, afirmou Makyo.

A Shell expressou seu interesse em expandir suas operações para incluir a comercialização de biometano no mercado brasileiro. Seu objetivo é incorporar o gás renovável ao seu portfólio de produtos da Shell Energy Brasil, em resposta à demanda crescente por descarbonização entre os clientes.

Novas estratégias para o mercado de gás, diz Makyo Félix, da Bahiagás

Makyo Félix, responsável pelo setor de Suprimento de Gás e Mercado na Bahiagás, destacou a importância de oferecer mais opções e flexibilidade nos contratos para os consumidores.

Segundo o gerente, a tendência é que os contratos se tornem mais maleáveis, permitindo que as partes envolvidas tenham a possibilidade de adquirir gás de forma mais eficiente. Além disso, ele enfatizou a possibilidade de, no futuro, acontecer o inverso: vender o excedente de gás para a comercializadora ou carregador, visando equilibrar o mercado. **O objetivo é buscar um equilíbrio, já que um saldo positivo para um pode representar um saldo negativo para outro**.

“A responsabilidade da Shell é também auxiliar nesse procedimento para o consumidor, esclarecer o funcionamento do mercado e auxiliar na inserção no mercado em todo o Brasil. Não é necessário limitar-se a um estado devido a certas restrições. Estamos atuando em diversos estados brasileiros, possuímos esse conhecimento, podemos guiar o consumidor e realmente explicar como será esse procedimento”, concluiu.

Segundo ela, a empresa tem utilizado um modelo de contrato mais adaptável, o Master Sales Agreement (MSA), para atender às mudanças no consumo ao longo do ano sem impor penalidades.

“Por vezes, o cliente que atua no mercado em Minas Gerais deseja operar da mesma maneira no Espírito Santo e não consegue. Isso gera muita dificuldade e desapontamento para o cliente, que procura uma solução que se adapte a diferentes situações e não encontra essa opção”, explicou a executiva.

Carolina Bunting afirmou que a principal função de uma comercializadora é criar mercado e aumentar a liquidez. Portanto, o objetivo seria solucionar os desafios, riscos e demandas tanto dos clientes quanto dos produtores.

Alguns produtores têm receio de ingressar no mercado brasileiro devido à complexidade, aos altos custos fixos e à dificuldade de gestão. Da mesma forma, os clientes compreendem que sempre haverá imprevistos e que poderão surgir necessidades que um contrato mais convencional, como o GSA [Gas Supply Agreement], talvez não consiga atender.

Reduzindo a complexidade do mercado de gás no Brasil

De acordo com Carolina Bunting, gerente de Vendas e Originação de Gás da Shell Energy Brasil, o papel primário das comercializadoras de gás no Brasil é simplificar o mercado. Este foi um dos pontos destacados durante o primeiro Shell Energy Gas Forum, uma parceria entre a agência epbr e a Shell Energy Brasil (veja a íntegra acima).

Carolina explicou que os consumidores podem enfrentar dificuldades ao lidar com as diversas regras presentes em cada estado, e encontrar opções que atendam às suas demandas com flexibilidade, sem correr o risco de enfrentar futuras multas ou sanções. A Shell Energy está apta a auxiliar os clientes a navegar por essas regras e buscar uma combinação de contratos que atenda às necessidades de cada um.

Organizado por

Logotipo Shell – Fórum de Gás da Shell Energy

Fonte: EPBR

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Paulo S. Nogueira

Criador e divulgador de conteúdo na área do petróleo, gás, offshore, renováveis, mineração, economia tecnologia, construção e outros setores da energia.

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