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Cápsula espacial cai e missão que levava restos mortais e DNA de 166 pessoas ao espaço falha

Publicado em 02/07/2025 às 22:31
DNA, Missão espacial, Restos mortais
O plano para o modelo de cápsula Nyx envolve fazer transporte de cargas para a Estação Espacial Internacional (ISS) e suas sucessoras — Foto: Reprodução/The Exploration Company/ESA
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Missão que levaria cinzas e DNA de 166 pessoas ao espaço termina com queda no mar após falha no sistema de pouso

A tentativa de realizar um funeral no espaço terminou de forma trágica para 166 famílias. A cápsula espacial Nyx, lançada no dia 23 de junho, caiu no Oceano Pacífico após uma falha no sistema de pouso. O equipamento levava as cinzas e o DNA de pessoas falecidas, em uma missão que visava realizar um sepultamento fora da Terra.

O lançamento ocorreu a partir de uma base na Califórnia, nos Estados Unidos. A missão, batizada de “Mission Impossible”, era operada pela startup The Exploration Company, em parceria com a Celestis Memorial Spaceflights.

Esta última é uma empresa que realiza voos espaciais com cargas memoriais, um serviço que tem ganhado popularidade nos últimos anos.

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Falha no pouso causou a perda total da carga

Após o lançamento bem-sucedido com o foguete Falcon-9 da SpaceX, a cápsula completou duas voltas ao redor do planeta.

A reentrada na atmosfera também ocorreu como planejado. No entanto, o sistema de paraquedas não foi acionado. Sem ele, a cápsula despencou no mar, impossibilitando a recuperação da carga.

Segundo informações da própria empresa, a falha ocorreu na última fase da missão. Foi o primeiro voo da Celestis com a intenção de retornar os restos mortais à Terra. Cerca de 300 quilos de cinzas e DNA acabaram se dispersando no oceano.

Empresas falam em “sucesso parcial”

Em comunicado publicado no LinkedIn, a The Exploration Company classificou o voo como um “sucesso parcial (falha parcial)”.

A empresa destacou que o lançamento, a entrada em órbita e a reentrada controlada funcionaram como o esperado. O problema surgiu pouco antes do pouso no mar.

Durante a missão, houve um momento de blackout na comunicação. Quando o contato começou a ser retomado, já era tarde demais.

O sistema de paraquedas, projetado para permitir uma amaragem — pouso em superfície líquida — e a posterior recuperação da cápsula, não funcionou.

Esse mesmo sistema já havia sido utilizado em outras missões, como nas naves Dragon da SpaceX. Em uma dessas ocasiões, ele foi responsável por resgatar dois astronautas após nove meses presos no espaço.

Resposta das empresas e histórico de falhas

Charles M. Chafer, CEO da Celestis, lamentou o ocorrido e tentou consolar as famílias. “Esperamos que encontrem alguma paz em saber que seus entes queridos fizeram parte de uma jornada histórica”, afirmou em nota. Para ele, o destino final dos restos mortais lembra um sepultamento honrado no mar.

A empresa também informou que entrará em contato com todas as famílias envolvidas para prestar apoio e discutir os próximos passos.

Não é a primeira vez que a Celestis enfrenta esse tipo de contratempo. Em 2023, um foguete com as cinzas do astronauta Philip K. Chapman explodiu no Novo México.

Sepultamentos no espaço: Planos para o futuro continuam

Apesar da falha, a The Exploration Company declarou que pretende seguir com os planos de desenvolvimento.

A missão Mission Impossible faz parte do cronograma da empresa para validar sistemas de reentrada controlada e transporte de cargas para clientes.

Em sua nota oficial, a companhia pediu desculpas e destacou que os aprendizados da missão serão usados em futuras melhorias.

O objetivo, segundo a empresa, é reduzir os riscos nos próximos voos e avançar no desenvolvimento de novas tecnologias.

Com informações de Revista Galileu.

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Romário Pereira de Carvalho

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