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Capacidade de geração de energia limpa na América Latina é liderada pelo Brasil

Escrito por Ruth Rodrigues
Publicado em 20/07/2022 às 19:26
Atualizado em 26/07/2022 às 03:59
O Brasil lidera a capacidade de geração de energia renovável na América Latina. A busca por novas fontes de energias renováveis nunca foi tão grande como agora e o Brasil é o país que está na liderança da capacidade de geração de energia limpa na América Latina.
Foto: Pixabay

A busca por novas fontes renováveis nunca foi tão grande como agora e o Brasil é o país que está na liderança da capacidade de geração de energia limpa na América Latina.

Nessa quarta-feira, (20/07), dados levantados por um estudo do RECAI apontam que o Brasil é o país que lidera na produção de energia renovável na América Latina e que os desafios à produção mundial de energia após a escala do gás russo, por isso, cada vez mais países têm buscado investir na capacidade de geração de energia limpa no mundo.

Busca pela geração de energia limpa está sendo cada vez mais forte

A procura constante por novas fontes renováveis nunca foi tão forte como está sendo agora. Mesmo antes da atual guerra na Ucrânia, o mercado mundial inconstante de gás natural fez com que muitos países, principalmente na Europa, buscassem reduzir a dependência do gás russo e investissem em outras fontes de energia. Nesse sentido, a América Latina, especialmente o Brasil, ganha destaque pelo potencial em geração de energia limpa. 

“Com os preços do gás em alta, o clima de investimento em energias renováveis está se tornando mais atraente, pois o custo relativo das novas tecnologias está diminuindo em relação ao gás. Uma oportunidade está se apresentando claramente para as tecnologias verdes emergentes”, afirma trecho do estudo produzido pelo Recai. 

Ainda de acordo com o levantamento da EY, a crescente demanda por novas fontes de energia verde impulsionará as pesquisas e estimularão avanços tecnológicos que farão a redução dos custos de produção nos próximos anos.

Por isso, os Governos vêm tomando iniciativas para diminuir cada vez mais a dependência das commodities energéticas russas. Além disso, um investimento enorme em fontes que conseguem substituir os combustíveis vem sendo planejado e analisado no mundo inteiro, principalmente em relação à energia verde.

Dependência de energia hídrica torna o Brasil mais vulnerável às estiagens

O ranking global produzido pelo RECAI é liderado pelos países como Estados Unidos, China e Reino Unido. Já o Brasil ocupa a 13.ª posição no ranking global, porém segue como líder da América Latina em relação à capacidade de geração de energia renovável. Somente as hidrelétricas brasileiras são responsáveis por cerca de 60% de toda a energia gerada no país.

No entanto, por outro lado, o estudo afirma que toda essa dependência de energia hídrica torna o Brasil mais vulnerável às estiagens, um impasse que o país enfrenta com muito mais frequência ao longo dos últimos anos, principalmente nas regiões onde estão localizados os principais reservatórios, como o Sudeste. 

“O Brasil possui grande parte de seu suprimento elétrico de usinas hidrelétricas. Essa característica deixa o país mais vulnerável a secas extremas, como observado nos últimos anos. A solução seria um substituto para a fonte hídrica em caso de escassez, o que foi feito majoritariamente nas últimas décadas pelas térmicas”, explica André Flávio, diretor-executivo do setor de energia da EY. 

Dessa forma, para garantir a  redução da dependência das hidrelétricas, fontes alternativas, como a eólica, por exemplo, vêm ganhando força nos últimos anos e tendem a crescer ainda mais. No Brasil, a eólica já corresponde a cerca de 10% do total de energia produzida no país, tendo em vista as características naturais favoráveis à geração da energia a partir dos ventos.

De acordo com André Flávio, as eólicas onshore, parques eólicos instalados na costa, já constituem um mercado maduro. Mas as eólicas offshore — instaladas no mar — possuem poucos investimentos. 

Ruth Rodrigues

Formada em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), atua como redatora e divulgadora científica.

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