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Caos nos portos: Greve do Ibama deixa quase 50 MIL CARROS parados em portos brasileiros

Escrito por Roberta Souza
Publicado em 11/05/2024 às 10:27
greve, veículos, portos
Foto: reprodução Autoesporte

Paralisação impacta importação de veículos de diversas marcas. Ibama alega estar dentro dos prazos legais para liberação

A greve dos trabalhadores do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) está causando transtornos para a importação de veículos no Brasil. Segundo a Associação Nacional das Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), cerca de 47 mil carros de várias marcas aguardam a liberação da licença de importação em portos de todo o país, de acordo com o G1.

O Ibama, por sua vez, afirma que está respeitando os prazos para a autorização ambiental. O órgão realiza a análise das licenças em média em 20 dias corridos após o registro dos lotes, um prazo inferior ao legal, que é de 60 dias conforme a Portaria Secex n°249/2023.

O acúmulo de veículos nos portos e os impactos da greve do Ibama

O acúmulo de veículos nos portos também se deve ao embarque antecipado sem a autorização de venda prévia, uma decisão das próprias fabricantes. O Ibama ressalta que as empresas devem trazer os veículos ao país apenas após o deferimento da licença de importação.

O mercado já sente os impactos da greve, com oscilações nas vendas de modelos importados. O Volkswagen Taos, produzido na Argentina, teve uma queda significativa de emplacamentos desde o início de 2024. Em janeiro, foram 1.094 unidades vendidas, enquanto em abril, o número caiu para 795, segundo dados da Fenabrave.

Greve afeta estoque de carros da Volkswagen e Fiat no Brasil e Uruguai

A Volkswagen confirmou que o volume de veículos parados nos portos brasileiros está aumentando e que está sendo fortemente impactada pela greve. O mesmo acontece com a Fiat Titano, produzida no Uruguai, que está com baixo estoque nas concessionárias, tendo emplacado apenas 43 unidades em abril.

Foto: Autoesporte

A Stellantis, que controla marcas como Fiat, Jeep, Peugeot e Citroën, informou que aguarda a liberação dos documentos para vender os carros no Brasil. Já a BMW enfrenta demora no deferimento de algumas licenças, o que considera de extrema relevância para sua operação no país. As chinesas BYD e GWM não relataram problemas inicialmente, e a Toyota está monitorando os impactos da greve.

A paralisação dos trabalhadores do Ibama começou em janeiro e já dura quatro meses. Eles reivindicam novos planos de carreira, aumentos salariais e melhorias nas condições de trabalho. Além do setor automotivo, a greve afeta empresas dos ramos de energia, óleo e gás, uma vez que o Ibama também emite licenças ambientais para a construção de novos empreendimentos.

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Roberta Souza

Engenheira de Petróleo, pós-graduada em Comissionamento de Unidades Industriais, especialista em Corrosão Industrial. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal. Não recebemos currículos

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