Startup americana surpreende com sistema de lançamento centrífugo que envia mini satélites empilhados ao espaço a baixo custo e sem foguetes, desafiando modelos tradicionais e acendendo sinal de alerta em potências concorrentes
Em junho de 2025, a startup norte-americana SpinLaunch realizou novos testes com seu canhão giratório de alta velocidade, capaz de lançar centenas de satélites em órbita terrestre baixa. O sistema, que substitui foguetes por propulsão centrífuga, chamou a atenção de países como a China, que emitiu um alerta em escala real sobre os impactos dessa inovação no equilíbrio estratégico global.
O canhão giratório desenvolvido pela empresa californiana SpinLaunch utiliza uma câmara selada a vácuo e braços de rotação para acelerar objetos a velocidades superiores a 8 mil km/h. Em vez de combustível fóssil ou boosters, o sistema gira satélites até que atinjam força suficiente para serem disparados em direção à alta atmosfera.
Com isso, os chamados “satélites de panqueca” — discos achatados de aproximadamente 2,3 metros de diâmetro e 70 kg — são empilhados como em um “bus de lançamento” e ejetados em série. Esse formato compacto reduz o volume total e permite lançamentos múltiplos, com promessas de até 20 vezes mais eficiência em comparação aos foguetes convencionais.
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A SpinLaunch estima que o custo de lançamento por quilo possa variar entre US$ 1.250 e US$ 2.500 — uma fração do valor cobrado por grandes operadoras como a SpaceX. Além disso, como o sistema não depende de queima de combustível, a operação é considerada carbono zero, o que reduz o impacto ambiental das missões.
Revolução no lançamento de satélites
Outra vantagem do projeto é a escalabilidade. A empresa pretende construir uma versão maior do canhão orbital, capaz de realizar até cinco lançamentos comerciais por dia. Se viabilizado, esse sistema pode permitir a formação de megaconstelações de comunicação em tempo recorde.
Esse modelo também promete gerar menos detritos espaciais, já que não há estágios descartáveis ou motores orbitais adicionais. No entanto, a rapidez com que a tecnologia pode colocar dezenas ou centenas de objetos em órbita gera preocupação entre agências espaciais e observatórios astronômicos.
Com o aumento da densidade de satélites em órbita baixa, surgem riscos de colisões e interferência em comunicações e observações científicas. O alerta emitido por autoridades chinesas menciona, inclusive, a possibilidade de saturação orbital e impactos militares e comerciais de longo prazo.
Reação internacional e próximos passos
A China classificou a inovação como “salto tecnológico disruptivo” e alertou para a necessidade de normas internacionais sobre lançamentos em massa. Fontes militares chinesas demonstraram preocupação com o uso dual da tecnologia, que também pode servir como plataforma para cargas de defesa ou vigilância.
Nos Estados Unidos, o Departamento de Defesa já realizou testes com a tecnologia em parceria com a SpinLaunch. Embora o projeto tenha foco civil e comercial, o potencial estratégico da inovação ainda está sob avaliação de entidades de segurança nacional.
A primeira constelação planejada pela empresa, chamada Meridian Space, terá aplicações em telecomunicação de baixa latência. Os primeiros lançamentos em escala orbital estão previstos para 2026, com metas ambiciosas de cobertura global em menos de três anos.
O projeto da SpinLaunch foi destaque em publicações especializadas como TechCrunch e Space.com, além de relatórios técnicos divulgados pela própria empresa em 2024 e 2025. Os alertas chineses foram noticiados por agências como South China Morning Post e Global Times, com cobertura adicional em canais institucionais de defesa e ciência.