A maravilha da engenharia grega: história, desafios e importância do Canal de Corinto, a maior marinha mercante que temos no mundo
A Grécia, um país com uma rica tradição marítima, é banhada pelos mares Egeu e Jônico e repleta de ilhas. Esta localização estratégica permitiu ao país desenvolver a maior marinha mercante do mundo. No entanto, a geografia do Peloponeso, uma península ao sul da Grécia, apresentava um obstáculo significativo para a navegação, obrigando os navios a contornarem a península, acrescentando cerca de 700 km às suas viagens, de acordo com o vídeo do canal Construction Time.
Um sonho antigo na Grécia: do século VII a.C. ao século XIX
Desde o século VII a.C., houve várias tentativas de criar uma passagem através da península. A primeira tentativa documentada foi de Periandro de Corinto, que, devido a limitações técnicas e práticas, abandonou a ideia e optou pela construção de uma estrada pavimentada, chamada de “diolkos”. Esta solução temporária permitia o transporte de embarcações por terra.
Os romanos, durante o século I a.C., também enfrentaram o desafio de atravessar a península. O imperador Nero, em 67 d.C., chegou a iniciar a construção de um canal, mobilizando 6 mil escravos para cavar a terra com espadas. O projeto avançou 800 metros antes de ser abandonado após sua morte.
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A realização do canal de Corinto e o nascimento da maior marinha mercante do mundo na Grécia
Somente em 1830, após a independência da Grécia do Império Otomano, a ideia de um canal voltou a ganhar força. Em 1870, o primeiro-ministro grego aprovou a construção do que viria a ser a maior marinha mercante do mundo, mas dificuldades financeiras paralisaram o projeto várias vezes. Finalmente, em 1882, a Sociedade Internacional do Canal Marítimo de Corinto retomou a obra, e o canal foi concluído em julho de 1893.
O Canal de Corinto possui 6,3 km de extensão, 79 metros de altura e uma largura que varia entre 21 e 25 metros, tornando sua navegação desafiadora para embarcações maiores. Com 8 metros de profundidade, o canal permite uma passagem tranquila na maior parte do ano, embora seja restrito a navios menores devido à sua largura limitada. Aproximadamente 8 mil embarcações atravessam o canal anualmente, principalmente durante o verão europeu.
No entanto, o canal da maior marinha mercante do mundo enfrenta um problema persistente: deslizamentos de terra causados por atividades sísmicas. Entre 1893 e 1940, o canal foi fechado diversas vezes para reparos. O deslizamento mais significativo ocorreu em janeiro de 2021, interrompendo a navegação por vários meses.
Restauração e futuro do canal
Apesar dos desafios, o canal de Corinto é vital para o turismo e a economia local. Durante o verão europeu de 2022, foi reaberto temporariamente, permitindo a passagem de 6 mil embarcações. Atualmente, o canal está novamente fechado para reparos, com um investimento de 32 milhões de euros destinado à restauração e prevenção de novos deslizamentos.
O futuro do canal depende do sucesso desses esforços de restauração. Especialistas questionam se o investimento será suficiente para garantir a segurança e a funcionalidade do canal a longo prazo. A importância histórica e econômica do Canal de Corinto torna imperativo que ele continue operando, contribuindo para a prosperidade da região.