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CANAL DE CORINTO: A Passagem marítima que cortou a Grécia, país com a maior marinha mercante do mundo! 

Escrito por Roberta Souza
Publicado em 22/06/2024 às 11:11
- pcs: Grécia, marinha, canal de corinto
Foto: reprodução google imagens / Canal do Corinto

A maravilha da engenharia grega: história, desafios e importância do Canal de Corinto, a maior marinha mercante que temos no mundo

A Grécia, um país com uma rica tradição marítima, é banhada pelos mares Egeu e Jônico e repleta de ilhas. Esta localização estratégica permitiu ao país desenvolver a maior marinha mercante do mundo. No entanto, a geografia do Peloponeso, uma península ao sul da Grécia, apresentava um obstáculo significativo para a navegação, obrigando os navios a contornarem a península, acrescentando cerca de 700 km às suas viagens, de acordo com o vídeo do canal Construction Time.

Um sonho antigo na Grécia: do século VII a.C. ao século XIX

Desde o século VII a.C., houve várias tentativas de criar uma passagem através da península. A primeira tentativa documentada foi de Periandro de Corinto, que, devido a limitações técnicas e práticas, abandonou a ideia e optou pela construção de uma estrada pavimentada, chamada de “diolkos”. Esta solução temporária permitia o transporte de embarcações por terra.

Os romanos, durante o século I a.C., também enfrentaram o desafio de atravessar a península. O imperador Nero, em 67 d.C., chegou a iniciar a construção de um canal, mobilizando 6 mil escravos para cavar a terra com espadas. O projeto avançou 800 metros antes de ser abandonado após sua morte.

A realização do canal de Corinto e o nascimento da maior marinha mercante do mundo na Grécia

Somente em 1830, após a independência da Grécia do Império Otomano, a ideia de um canal voltou a ganhar força. Em 1870, o primeiro-ministro grego aprovou a construção do que viria a ser a maior marinha mercante do mundo, mas dificuldades financeiras paralisaram o projeto várias vezes. Finalmente, em 1882, a Sociedade Internacional do Canal Marítimo de Corinto retomou a obra, e o canal foi concluído em julho de 1893.

Foto: O mundo no meu caminho

O Canal de Corinto possui 6,3 km de extensão, 79 metros de altura e uma largura que varia entre 21 e 25 metros, tornando sua navegação desafiadora para embarcações maiores. Com 8 metros de profundidade, o canal permite uma passagem tranquila na maior parte do ano, embora seja restrito a navios menores devido à sua largura limitada. Aproximadamente 8 mil embarcações atravessam o canal anualmente, principalmente durante o verão europeu.

No entanto, o canal da maior marinha mercante do mundo enfrenta um problema persistente: deslizamentos de terra causados por atividades sísmicas. Entre 1893 e 1940, o canal foi fechado diversas vezes para reparos. O deslizamento mais significativo ocorreu em janeiro de 2021, interrompendo a navegação por vários meses.

Restauração e futuro do canal

Apesar dos desafios, o canal de Corinto é vital para o turismo e a economia local. Durante o verão europeu de 2022, foi reaberto temporariamente, permitindo a passagem de 6 mil embarcações. Atualmente, o canal está novamente fechado para reparos, com um investimento de 32 milhões de euros destinado à restauração e prevenção de novos deslizamentos.

O futuro do canal depende do sucesso desses esforços de restauração. Especialistas questionam se o investimento será suficiente para garantir a segurança e a funcionalidade do canal a longo prazo. A importância histórica e econômica do Canal de Corinto torna imperativo que ele continue operando, contribuindo para a prosperidade da região.

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Roberta Souza

Engenheira de Petróleo, pós-graduada em Comissionamento de Unidades Industriais, especialista em Corrosão Industrial. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal. Não recebemos currículos

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