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Câmara dos Deputados debate criminalização de pareceres jurídicos e reacende alerta sobre legislação no Brasil

Escrito por Sara Aquino
Publicado em 18/09/2025 às 08:25
Câmara dos Deputados debate criminalização de pareceres jurídicos e reacende alerta sobre legislação no Brasil
Fonte: IA
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Criminalizar parecer jurídico? Câmara dos Deputados reacende polêmica no Brasil e expõe falhas na legislação que afetam a advocacia.

Criminalização de pareceres jurídicos entra em pauta no Congresso

A Câmara dos Deputados promoveu, nesta quinta-feira (18), uma audiência pública para discutir a possível criminalização de pareceres jurídicos.

O debate, realizado na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ), foi marcado para as 10h, no plenário 1, a pedido do deputado Hildo Rocha (MDB-MA).

O tema, chamado por especialistas de “crime de hermenêutica”, levanta questionamentos sobre como a legislação brasileira deve proteger o livre exercício da advocacia pública e privada.

O caso ganhou força após o afastamento do procurador-geral do Maranhão, Valdênio Nogueira Caminha, acusado em razão de um parecer emitido em processo envolvendo a exoneração do presidente de uma estatal.

Câmara dos Deputados e o impacto no debate jurídico

Segundo o deputado Hildo Rocha, a audiência busca ampliar o diálogo sobre o papel dos procuradores estaduais em disputas judiciais, principalmente em processos que chegam aos tribunais superiores.

Para ele, a legislação atual não oferece garantias suficientes diante da crescente pressão sobre membros da advocacia pública.

A situação, na visão do parlamentar, ameaça a independência de profissionais que atuam interpretando a Constituição e as normas do Brasil.

O que está em jogo com a criminalização de pareceres jurídicos

Hildo Rocha ressaltou que “o parecer jurídico é manifestação técnica, fruto da convicção do procurador público, que interpreta a legislação e a Constituição a partir de fundamentos jurídicos legítimos”.

O deputado destacou ainda que divergências de entendimento entre procuradores e ministros de tribunais superiores são normais.

No entanto, quando tais diferenças se tornam alvo de processos de criminalização, abre-se um risco grave para o Estado Democrático de Direito.

Legislação em xeque e o chamado “crime de hermenêutica”

O termo “crime de hermenêutica” tem sido usado para criticar a tentativa de responsabilizar procuradores e advogados por interpretações jurídicas que não coincidem com decisões superiores.

Essa prática, segundo especialistas convidados para a audiência, pode gerar um efeito de intimidação. Procuradores poderiam evitar emitir pareceres firmes para não sofrer punições, enfraquecendo o papel da advocacia pública e a segurança jurídica no Brasil.

Por que a Câmara dos Deputados reacende esse debate

O caso de Valdênio Caminha funcionou como estopim. Seu afastamento levou parlamentares e juristas a reforçarem a necessidade de discutir mudanças na legislação que assegurem maior clareza sobre os limites e responsabilidades dos pareceres jurídicos.

Para Hildo Rocha, criminalizar a interpretação de normas jurídicas equivale a sufocar o livre exercício da função pública.

É natural que tais entendimentos nem sempre coincidam com a visão de ministros dos tribunais superiores, mas dentro de um Estado Democrático de Direito essas divergências devem ser respeitadas, e não reprimidas

Concluiu o parlamentar.

Criminalização e seus reflexos para o futuro da advocacia

A audiência pública abriu espaço para sociedade civil, juristas e parlamentares. Assim, todos puderam expor suas visões. Além disso, discutiu-se como equilibrar a responsabilidade de procuradores e a autonomia profissional.

Dessa forma, o debate na Câmara mostra que a criminalização de pareceres jurídicos vai além de um caso isolado. Ao mesmo tempo, revela-se como um problema estrutural que envolve todo o sistema de justiça.

Portanto, o tema coloca em jogo o futuro da legislação. Mais que isso, toca a própria democracia no Brasil. Isso porque impacta diretamente o trabalho de quem defende o interesse público.

Fonte: Agência Câmara de Notícias

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Sara Aquino

Farmacêutica Generalista e Redatora. Escrevo sobre Empregos, Cursos, Ciência, Tecnologia e Energia, Geopolítoca, Econômia. Apaixonada por leitura e escrita.

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