Sedã BYD Qin L é registrado no Brasil com autonomia superior a 2.000 km, preço competitivo e tecnologia híbrida de última geração, despertando atenção do mercado.
A BYD solicitou ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) o registro no Brasil do sedã médio Qin L, que chegou à China em maio de 2024, mantendo o design exclusivo da linha Dynasty, inspirado na filosofia Dragon Face e repleto de elementos estéticos modernos.
Equipado com a quinta geração do sistema híbrido plug‑in DM‑i 5.0, o Qin L se destaca pela autonomia combinada de até 2.100 km pelo ciclo NEDC.
De acordo com informações publicadas pelo site autoesporte neste sábado (21), em condições reais, testes indicam possíveis alcances de 2.300 km a 2.500 km.
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Esse desempenho permite uma viagem de São Paulo a Buenos Aires sem parar, considerando o tanque de 65 litros e bateria LFP (fosfato de ferro de lítio) entre 10 kWh e 15,87 kWh.
O motor 1.5 a gasolina, em conjunto com o propulsor elétrico, resulta em 163 cv e torque de 21,4 kgfm, atingindo eficiência térmica recorde de 46,06%.
Isso contribui para consumo médio de 34,5 km/l segundo dados oficiais, enquanto testes independentes registraram até 55,5 km/l.
Estratégia de mercado e posicionamento no Brasil
Registrar o modelo no Brasil mostra a intenção da BYD em proteger seus direitos e, possivelmente, lançá-lo por aqui futuramente.
No país, o Qin L deve se posicionar acima do King (conhecido também como Quzhujian 05) e com preço abaixo do Seal, oferecendo uma alternativa mais acessível no segmento de sedãs eletrificados.
Com cinco variantes na China, o modelo tem preços entre ¥99.800 (R$ 76 mil) e ¥139.800 (R$ 106 mil).
Na China, a série Qin representa cerca de 17% das vendas de veículos de novas energias da BYD, totalizando 732.252 unidades em 2024.
A aceitação robusta no mercado chinês estimula a BYD a expandir sua oferta globalmente.
Design externo e dimensões do sedã híbrido médio
O sedã de 4,83 m de comprimento, 1,90 m de largura e 1,49 m de altura, com entre-eixos de 2,79 m, oferece um design fastback, maçanetas convencionais e lanternas full‑width com logo BYD iluminado.
A suspensão combina MacPherson na dianteira e sistema independente E‑type four‑link na traseira, garantindo conforto e estabilidade.
Interior tecnológico e equipamentos de série
O interior é inspirado em pinturas de paisagens chinesas, mesclando cultura e tecnologia.
O painel conta com tela de instrumentos de 8,8″ e central rotativa de 15,6″ com sistema DiLink.
Há ainda controle de voz inteligente, chave NFC por smartphone e airbag padrão.
O pacote inclui ainda DiPilot L2, assistência semiautônoma de direção, som com no mínimo seis alto-falantes, ar-condicionado automático e monitoramento de pressão dos pneus.
Versões mais completas trazem teto solar panorâmico, bancos com ajustes elétricos, aquecidos e ventilados, câmbio automático e rodas de 18″.
Sistema DM‑i 5.0: alta eficiência e baixo consumo
O sistema DM‑i 5.0, inaugurado com o Qin L e Seal 06 em maio de 2024, combina motor 1.5L com dois propulsores elétricos.
Versões base contam com motor de 120 kW e 210 N·m, bateria de 10,08 kWh e autonomia elétrica de 80 km.
Versões topo usam motor de 160 kW e 260 N·m, com bateria de 15,87 kWh e 120 km elétricos.
O consumo declarado é de apenas 2,9 L/100 km (34 km/l) em modo híbrido NEDC.
Na prática, testes independentes mostraram consumo de 4,5 L/100 km, perto de 52 mpg, ainda assim eficiente, embora distante do valor de catálogo.
A eficiência energética da BYD atinge recorde com motor a gasolina de 46,06% de rendimento térmico, nível superior a muitos concorrentes.
Presença global e crescimento da BYD
Embora o registro no INPI não confirme lançamento imediato, a chegada do Qin L reforça o plano da BYD de ampliar seu portfólio no Brasil.
A linha atual inclui modelos elétricos como Seal, Tang e o SUV Atto 3.
Com destaque em autonomia e consumo, o modelo pode atrair frotistas e consumidores conscientes de economia a longo prazo.
O registro também sinaliza proteção da marca e do design, evitando cópias semelhantes no país, estratégia utilizada globalmente pela fabricante chinesa.
A BYD segue crescendo exponencialmente.
Em 2024, vendeu 4,27 milhões de veículos de novas energias, mantendo liderança na China e se fortalecendo globalmente.
A empresa implementa tecnologia de ponta, como o sistema “God’s Eye” L2+/L3 de direção autônoma, drones embutidos em alguns modelos e carregadores ultrarrápidos de até 1 MW.
Com o Qin L, a BYD amplia seu alcance no segmento médio e reforça avanços em eficiência, conectividade e inovação.
E agora você pensa: o Qin L poderia ser um marco para os híbridos no Brasil ou seguirá restrito ao mercado chinês? Quais aspectos (economia, design, autonomia) mais pesam na sua decisão?