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BYD processa influenciadores por difamação e oferece recompensas de até R$ 4 milhões por denúncias de fake news!

Escrito por Roberta Souza
Publicado em 13/06/2025 às 18:39
BYD - influenciadores - montadora chinesa -
foto/reprodução: BYD
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A montadora chinesa busca proteger sua reputação e combate informações falsas com uma abordagem agressiva nas redes sociais!

Recentemente, a BYD, uma das maiores montadoras de veículos elétricos do mundo, tomou uma postura ousada ao processar 37 influenciadores digitais na China por difamação, de acordo com o site otempo.

Além disso, a empresa colocou outras 126 contas de redes sociais sob investigação, em uma tentativa de combater o que classifica como “fake news” que prejudicam sua imagem e reputação.

Essa ação levanta questões sobre a relação entre marcas e influenciadores e a responsabilidade de ambos na era digital.

A decisão da BYD de entrar com ações judiciais é um reflexo da crescente preocupação da montadora com as informações que circulam nas redes sociais.

As alegações que motivaram a ação incluem postagens que sugerem que a empresa enfrenta problemas financeiros, como risco de falência, e questionam a qualidade e segurança de seus veículos.

Diferente de outras montadoras que costumam responder a críticas com comunicados ou ajustes nos produtos, a BYD decidiu adotar uma abordagem mais agressiva, levando a questão para os tribunais.

Essa mudança de estratégia é significativa, especialmente em um mercado onde as marcas estão cada vez mais expostas a críticas e rumores.

Você acha que essa é uma abordagem eficaz para lidar com a desinformação, ou poderia acabar gerando mais controvérsia para a marca?

Programa de recompensas por denúncias

Para reforçar sua estratégia de combate às fake news, a BYD lançou um programa de denúncias que oferece recompensas que variam entre US$ 7.000 e US$ 700 mil (aproximadamente R$ 40 mil a R$ 4 milhões), dependendo da gravidade e do impacto da informação fornecida.

As denúncias devem ser feitas através do “Escritório Antifraude de Notícias”, uma iniciativa criada pela montadora para misturar táticas jurídicas com apelos à colaboração pública.

Esse programa é um indicativo de como as empresas estão se adaptando para enfrentar as novas dinâmicas das redes sociais e a velocidade com que informações podem se espalhar.

A recompensa financeira pode incentivar pessoas a reportarem informações falsas, mas será que isso não pode também levar a abusos ou a denúncias infundadas?

Reação a boatos e críticas

As postagens que motivaram a ofensiva legal incluem alegações feitas por influenciadores em plataformas populares na China, como WeChat e Weibo.

Algumas dessas postagens sugerem que a BYD está enfrentando dificuldades financeiras e que seus veículos não são seguros.

Isso é especialmente preocupante em um setor onde a confiança do consumidor é fundamental para o sucesso das vendas e a construção de uma marca sólida.

A montadora também enfrentou uma acusação de que estaria pagando influenciadores para falarem mal de modelos de marcas rivais.

A BYD nega veementemente essa alegação, afirmando que está apenas defendendo sua reputação contra ataques maliciosos.

Essa situação nos leva a refletir sobre a ética nos negócios e nas redes sociais. Até que ponto é aceitável que marcas se defendam de críticas, e como isso se relaciona com a liberdade de expressão?

Decisões judiciais a favor da BYD

De acordo com um comunicado oficial da montadora, algumas das ações judiciais já resultaram em decisões favoráveis. Influenciadores condenados foram obrigados a pagar indenizações que variam entre 60 mil yuans (R$ 45 mil) e 100 mil yuans (R$ 77 mil), além de se retratarem publicamente.

Outros casos ainda estão em andamento, o que demonstra que a empresa está disposta a ir até as últimas consequências para proteger sua imagem.

No comunicado publicado no Weibo, o departamento jurídico da BYD descreveu os ataques recebidos como “organizados, repetidos e maliciosos”.

Além disso, a empresa acusou veículos de imprensa e agências de relações públicas não identificados de estarem por trás dessas ações, o que complica ainda mais a situação e levanta questões sobre quem realmente está tentando minar a reputação da marca.

A visão de Li Yunfei sobre as críticas

Li Yunfei, gerente geral de branding e relações públicas da BYD, afirmou que a montadora aceita críticas construtivas, mas não tolera acusações infundadas ou difamatórias.

Essa declaração é importante, pois evidencia a linha tênue que as empresas precisam percorrer entre aceitar feedback e se defender de ataques injustos.

A BYD está arquivando todo o material publicado como prova judicial, o que mostra que a empresa está se preparando para uma longa batalha legal.

Tendências entre montadoras chinesas

BYD - influenciadores - montadora chinesa -
foto/reprodução: BYD

A postura da BYD reflete uma tendência crescente entre as montadoras chinesas, que estão se posicionando de maneira mais enérgica para proteger suas marcas nas redes sociais.

Recentemente, a Avatr, outra fabricante do setor, também processou um influenciador por alegações exageradas sobre a aerodinâmica de seus veículos, exigindo US$ 1,4 milhão (R$ 7,7 milhões) em indenização.

Essa movimentação indica que as montadoras estão cada vez mais cientes do impacto que as redes sociais podem ter em suas operações e reputações.

As marcas precisam não apenas se preocupar com a qualidade de seus produtos, mas também com a maneira como são percebidas online.

Em um mundo onde a informação é compartilhada rapidamente, a reputação pode ser construída ou destruída em questão de horas.

Você acredita que as empresas devem investir mais em monitoramento de redes sociais e em estratégias de comunicação para evitar crises de reputação?

A ética nas redes sociais

A situação da BYD levanta questões importantes sobre a ética das redes sociais e o papel dos influenciadores.

Muitas vezes, as opiniões expressas online podem ser baseadas em experiências pessoais ou informações incompletas, e isso pode influenciar a percepção pública de uma marca de maneira significativa.

As empresas têm o direito de se defender contra informações falsas, mas como garantir que essa defesa não se transforme em censura ou em uma tentativa de silenciar vozes críticas?

A discussão sobre liberdade de expressão e responsabilidade nas redes sociais é mais relevante do que nunca, e a situação da BYD exemplifica essa complexidade.

O futuro da BYD e o papel das redes sociais

À medida que a BYD continua sua luta contra a difamação online, será interessante observar como essa situação se desenrola e se outras montadoras seguirão o mesmo caminho.

O uso de táticas jurídicas para lidar com críticas pode estabelecer um precedente que influenciará a forma como as marcas se comunicam com o público e como lidam com a desinformação.

Além disso, a maneira como as redes sociais evoluem e como os influenciadores se posicionam em relação a marcas pode mudar.

O que você acha que o futuro reserva para a relação entre marcas e influenciadores?

Será que as empresas se tornarão mais agressivas na defesa de suas reputações, ou haverá um retorno a um modelo mais colaborativo e aberto?

Esse é um momento crucial para discutir como a comunicação digital pode afetar a imagem das marcas e, consequentemente, sua sobrevivência no mercado.

Se você tem pensamentos ou opiniões sobre esse assunto, não hesite em deixar um comentário.

Sua perspectiva é valiosa e pode contribuir para uma discussão mais rica sobre as complexidades do cenário atual das redes sociais e das marcas.

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Roberta Souza

Autora no portal Click Petróleo e Gás desde 2019, responsável pela publicação de mais de 8.000 matérias que somam milhões de acessos, unindo técnica, clareza e engajamento para informar e conectar leitores. Engenheira de Petróleo e pós-graduada em Comissionamento de Unidades Industriais, também trago experiência prática e vivência no setor do agronegócio, o que amplia minha visão e versatilidade na produção de conteúdo especializado. Desenvolvo pautas, divulgo oportunidades de emprego e crio materiais publicitários direcionados para o público do setor. Para sugestões de pauta, divulgação de vagas ou propostas de publicidade, entre em contato pelo e-mail: santizatagpc@gmail.com. Não recebemos currículos

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