Descubra como a BRF moderniza sua produção agropecuária com energia solar, reduzindo custos e promovendo sustentabilidade no setor.
Nos últimos anos, a produção agropecuária com energia solar vem ganhando destaque no Brasil, transformando a forma como as empresas lidam com custos, sustentabilidade e eficiência.
Além disso, a BRF, uma das maiores companhias de alimentos do país, tornou-se referência ao incorporar sistemas solares em sua cadeia produtiva.
A empresa promove uma significativa redução de gastos com energia elétrica e contribui para a descarbonização do setor.
-
Energia solar impulsiona a caatinga, mas alerta para a perda de vegetação
-
Painéis solares adesivos reduzem a conta de luz em até 90%, são mais leves, flexíveis e vida útil dos módulos pode ultrapassar 25 anos
-
Metal negro pode turbinar lucros e revolucionar a energia solar sustentável
-
MP 1300 energia solar: ajustes nas tarifas podem reduzir em mais de 80% a economia de quem produz energias solar em casa
Historicamente, a produção agropecuária brasileira sempre enfrentou desafios relacionados ao consumo de energia.
Por exemplo, desde os tempos da modernização rural, quando a eletrificação de áreas agrícolas começou a se expandir, os produtores arcaram com altos custos de eletricidade para manter granjas, incubatórios, frigoríficos e centros de distribuição.
Nesse contexto, a adoção de fontes de energia renovável representa um passo importante não apenas para a redução de despesas, mas também para a sustentabilidade ambiental, um tema central nas últimas décadas.
Além disso, o crescimento do setor agropecuário brasileiro aumentou a demanda por soluções energéticas mais eficientes.
Consequentemente, a expansão da produção de aves, suínos e outros produtos de origem animal exigiu investimentos em infraestrutura, armazenamento e refrigeração.
Isso tornou a energia elétrica um dos custos mais relevantes para os produtores.
Por isso, a energia solar surge como alternativa estratégica, capaz de reduzir gastos e garantir maior previsibilidade financeira.
Crescimento da energia solar na cadeia produtiva da BRF
De fato, a BRF avançou de forma expressiva nesse sentido.
Atualmente, 66% das aves e suínos da companhia recebem energia solar, um salto considerável em relação aos 49% registrados em 2023.
Portanto, esse crescimento demonstra não apenas o potencial da tecnologia, mas também o compromisso da empresa em modernizar sua produção de maneira sustentável.
Além disso, cerca de quatro mil produtores integrados, localizados em sete estados brasileiros e na Turquia, já instalaram sistemas solares.
Eles geram uma economia média de 95% nos custos de energia elétrica.
Consequentemente, esses números comprovam o impacto econômico e ambiental positivo da energia solar na cadeia agropecuária.
O avanço é ainda mais evidente quando se observa a produção específica de diferentes segmentos.
Por exemplo, na produção de frangos, a participação da energia solar aumentou de 58% para 68%, enquanto na produção de perus passou de 64% para 73%.
Da mesma forma, na suinocultura, setor tradicionalmente mais intensivo em energia, o crescimento foi notável, subindo de 28% em 2023 para 51% em 2024.
Dessa forma, esses dados mostram como a adoção de energia solar na produção agropecuária gera ganhos consistentes em eficiência operacional e competitividade no mercado.
Além do impacto financeiro, a adoção de sistemas solares trouxe ganhos em gestão operacional.
Com energia mais estável e acessível, os produtores conseguem otimizar processos, reduzir desperdícios e melhorar a logística de distribuição.
Assim, esse efeito multiplicador reforça o papel da energia solar como elemento central na modernização da agropecuária brasileira.
Incentivos financeiros e capacidade instalada
Um dos fatores que impulsionaram essa transição foi, sem dúvida, a parceria com o Banco do Brasil.
O banco liberou R$ 200 milhões em crédito com taxas reduzidas para financiar a instalação de sistemas solares pelos produtores.
Por conseguinte, esse tipo de iniciativa financeira demonstra a importância de políticas de incentivo e linhas de crédito específicas para viabilizar projetos de energia renovável no setor agropecuário.
Além disso, a capacidade instalada pela BRF atende a uma cidade de 230 mil habitantes.
Isso mostra que a energia gerada não apenas sustenta as operações produtivas, mas também impacta positivamente as comunidades locais.
Dessa forma, esse cenário evidencia como empresas privadas, ao adotar práticas sustentáveis, fortalecem o desenvolvimento regional, geram empregos e estimulam a economia local.
Redução das emissões e compromisso ambiental
Além dos benefícios econômicos, a adoção de energia solar reduz diretamente as emissões de gases de efeito estufa, um desafio global que afeta todos os setores produtivos.
Em 2025, a BRF obteve validação de suas metas de descarbonização pela Science Based Targets initiative (SBTi), consolidando seu compromisso com práticas mais sustentáveis.
A companhia planeja cortar, até 2032, 51% das emissões diretas (escopos 1 e 2), que incluem fábricas, centros de distribuição e consumo de energia nas operações próprias.
Além disso, pretende reduzir 35,7% das emissões indiretas (escopo 3), que representam cerca de 98% do total e abrangem toda a cadeia de valor.
Portanto, esse esforço mostra como a energia solar aplicada à produção agropecuária atua como ferramenta estratégica para mitigar impactos ambientais.
De fato, essas ações reforçam o papel do setor privado na luta contra as mudanças climáticas.
Assim, ao reduzir emissões e investir em fontes renováveis, empresas como a BRF demonstram que é possível aliar competitividade econômica e responsabilidade ambiental.
Dessa maneira, criam um modelo replicável por outros atores do agronegócio.
Contexto histórico e inovação tecnológica
O movimento em direção à energia solar na agropecuária também se conecta a um contexto histórico mais amplo.
Desde o início do século XXI, o Brasil ampliou seu compromisso com fontes de energia limpa, impulsionado por políticas públicas, incentivos fiscais e avanços tecnológicos.
Além disso, a queda dos preços de painéis solares e a melhoria da eficiência dos sistemas fotovoltaicos tornaram viável a adoção em larga escala, especialmente em atividades com alto consumo de energia, como avicultura e suinocultura.
Outro ponto relevante é a transformação cultural entre os produtores integrados, que passaram a enxergar a energia solar não apenas como alternativa para economizar, mas como diferencial competitivo e estratégia de responsabilidade ambiental.
Dessa maneira, esse comportamento reflete uma mudança histórica, na qual produtores brasileiros se tornam cada vez mais conscientes sobre sustentabilidade, inovação e eficiência energética.
Além disso, a integração de tecnologias digitais, como softwares de monitoramento e gestão de energia, potencializa os benefícios da energia solar.
Ela permite que os produtores acompanhem o consumo em tempo real e ajustem processos para maximizar economia e eficiência.
Dessa forma, esse avanço tecnológico evidencia como a produção agropecuária com energia solar se torna cada vez mais estratégica.
Segurança energética e sustentabilidade
A energia solar contribui também para a segurança energética das operações.
Com sistemas próprios, os produtores dependem menos da rede elétrica convencional, reduzindo riscos associados a interrupções no fornecimento e variações de preços.
Esse aspecto se torna essencial em regiões onde o abastecimento de energia pode ser instável ou custoso, garantindo maior previsibilidade e estabilidade para o planejamento produtivo.
Portanto, a experiência da BRF demonstra que a produção agropecuária com energia solar vai além de iniciativa pontual; trata-se de uma estratégia de longo prazo que combina eficiência econômica, responsabilidade ambiental e inovação tecnológica.
Além disso, a adoção de fontes renováveis fortalece a resiliência das operações e prepara o setor para os desafios futuros, incluindo regulamentações ambientais mais rigorosas e a demanda crescente por alimentos sustentáveis.
O futuro da produção agropecuária com energia solar
Em síntese, a trajetória da BRF evidencia que a integração de energia solar na produção agropecuária representa uma mudança estruturante no setor.
Historicamente marcado pelo alto consumo de energia e dependência de fontes tradicionais, o agronegócio brasileiro experimenta uma transformação significativa, impulsionada pela tecnologia, incentivos financeiros e uma consciência crescente sobre sustentabilidade.
O futuro da produção agropecuária com energia solar parece promissor, especialmente em um país como o Brasil, que possui alto potencial solar e um setor agropecuário robusto.
Portanto, o exemplo da BRF mostra que, com planejamento, investimentos estratégicos e apoio de políticas públicas, é possível transformar a cadeia produtiva, tornando-a mais sustentável, econômica e resiliente.
Assim, essa trajetória beneficia a empresa, seus produtores integrados e contribui para o desenvolvimento de uma agropecuária mais consciente e alinhada com os desafios globais do século XXI.