Em apenas 18 dias, o poço GDM-4 também foi perfurado no campo Gato do Mato, reforçando a força do consórcio liderado pela Shell
O Brava Star acaba de quebrar dois marcos históricos no pré-sal brasileiro. A unidade alcançou 7.700 metros de profundidade no poço Monai e, em apenas 18 dias, concluiu a perfuração do poço GDM-4 no campo Gato do Mato, na Bacia de Santos.
O feito do Brava Star no pré-sal brasileiro

A perfuração dos poços Monai e GDM-4 coloca o Brava Star como protagonista de um novo capítulo no desenvolvimento da exploração do pré-sal. Com uma profundidade recorde de 7.700 metros e um tempo de apenas 18 dias para perfurar o segundo poço, os resultados mostram o avanço da tecnologia e eficiência operacional na região.
Esse desempenho contribui diretamente para a evolução do projeto Gato do Mato, uma das promissoras descobertas do pré-sal brasileiro.
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Gato do Mato: um campo estratégico na Bacia de Santos
O campo Gato do Mato está localizado na Bacia de Santos e é uma descoberta de gás-condensado no pré-sal. Ele abrange dois blocos contíguos: o BM-S-54, sob regime de concessão assinado em 2005, e o bloco Sul de Gato do Mato, em regime de partilha de produção desde 2017.
Inicialmente, o plano é reinjetar gás natural para manter a pressão do reservatório. No futuro, existe a possibilidade de exportar o gás para instalações em terra (onshore).
Quem está por trás do projeto no pré-sal
O Consórcio Gato do Mato é formado por grandes players do setor energético. A Shell é a operadora com 50% de participação, seguida pela Ecopetrol (30%) e TotalEnergies (20%). A Pré-Sal Petróleo S.A. (PPSA) atua como gestora do contrato de partilha de produção.
O projeto prevê a instalação de uma unidade flutuante do tipo FPSO (Floating Production, Storage and Offloading), com capacidade para processar até 120 mil barris de petróleo por dia. Estima-se que o volume recuperável de petróleo seja de aproximadamente 370 milhões de barris.
Decisão final de investimento confirma o avanço da produção
A Shell Brasil Petróleo Ltda., subsidiária da Shell plc, tomou a Decisão Final de Investimento (FID) para iniciar oficialmente a implantação do projeto Gato do Mato. O anúncio reforça a aposta da companhia no potencial produtivo do pré-sal e garante mais um passo concreto rumo à expansão energética do país, conforme explicou o especialista Vitor Padua.



Essa história de perfuração rápida pode acabar muito mal. Foi assim no campo de Frade, onde a Chevron fraturou vários pontos da trapa do reservatório que ficou anos vazando. No pré sal pode ser muito pior. Se houver vazamento de líquidos para a camada de sal pode causar um acidente catastrófico, o nível do fluido de perfuração baixar subitamente como ocorreu em Enchova, e causou o maior blow out registrado na indústria de petróleo mundial. Se o vazamento para dentro da camada de sal for de óleo ou gás, poderiam gerar uma catástrofe com o surgimento de H2S em volumes incontroláveis, envenenando a atmosfera.