A obrigatoriedade do cadastro biométrico entra em vigor de forma gradual a partir de novembro de 2025. Governo integra CIN, Caixa e bases oficiais para reduzir fraudes, com exceções e garantia de proteção de dados.
O governo federal regulamentou o uso de biometria obrigatória para acessar, manter e renovar benefícios sociais, inclusive o Bolsa Família. A medida foi assinada em 23 de julho de 2025 e começa a valer 120 dias após a publicação, ou seja, a partir de meados de novembro de 2025, com implementação escalonada. Segundo a administração federal, a biometria trará mais segurança, reduzirá inconsistências cadastrais e ampliará a confiança no repasse dos recursos a quem tem direito.
A base principal para identificação será a Carteira de Identidade Nacional (CIN), que concentra dados biométricos e usa o CPF como número único. O governo também informou que a obrigatoriedade começará com novas concessões e, depois, alcançará beneficiários atuais por meio de um cronograma que será detalhado em atos complementares.
No curto prazo, a orientação é de que não é preciso procurar o CRAS agora. Quem já tem biometria válida registrada em bases governamentais terá prioridade de validação automática, e somente quem ainda não possui registro será orientado, no momento oportuno, a fazer o procedimento.
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Quando começa a biometria do Bolsa Família e como será o cronograma
O decreto que regulamenta a biometria nos benefícios da seguridade social foi assinado em 23 de julho de 2025 e publicado no Diário Oficial. Pela norma, a exigência entra em vigor 120 dias após a publicação, o que coloca o início prático em novembro de 2025.
A implementação será gradual, com foco inicial em novos pedidos de benefícios e, em seguida, a convocação escalonada dos beneficiários que já recebem. O governo ressalta que detalhará a ordem de convocação, os pontos de atendimento e prazos em portarias específicas.
A orientação oficial é evitar deslocamentos neste momento. O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social (MDS) afirma que as instruções serão divulgadas com antecedência e que ninguém deve ser prejudicado enquanto a rede pública não oferecer meios adequados para o cadastramento.
Quem precisa fazer a biometria e quem pode ser dispensado
Todos os beneficiários do Bolsa Família terão a identidade validada por impressão digital e/ou reconhecimento facial. Contudo, exceções estão previstas. Idosos com mais de 80 anos e pessoas com dificuldades de mobilidade ou condições especiais poderão ser dispensadas conforme regras que serão publicadas em ato conjunto dos ministérios responsáveis. A prioridade é garantir acessibilidade, com modelos presenciais e remotos, sem bloquear o benefício por impossibilidade de atendimento.
Enquanto os detalhes são definidos, o governo considera transitoriamente válidas biometrias já existentes em bases como CNH, Polícia Federal e Tribunal Superior Eleitoral, o que deve acelerar a validação para grande parte do público.
Como será o cadastro biométrico: CIN, Caixa e pontos de atendimento
A CIN é o alicerce biométrico do governo e já soma mais de 30 milhões de emissões em todo o país, o que reduz fraudes e facilita a verificação de identidade. Além disso, uma parceria com a Caixa Econômica Federal prevê integrar a biometria aos pagamentos de benefícios e ampliar a coleta em agências e estruturas presenciais, começando por projetos-piloto. A Caixa já detém biometria de mais de 90% dos beneficiários do Bolsa Família, o que tende a agilizar a fase de conferência.
Na prática, quem já tem biometria registrada em bases oficiais deverá ter a identidade confirmada automaticamente. Apenas quem ainda não possui será orientado a se dirigir a pontos de atendimento que serão ampliados com o apoio do Balcão GOV.BR e das agências da Caixa, especialmente em regiões remotas e vulneráveis.
Vai bloquear o benefício de quem não fizer a biometria?
Segundo o MDS, não haverá corrida imediata aos postos nem bloqueio automático durante a fase de adaptação. A população deve aguardar o cronograma oficial. O decreto prevê dispensa temporária da exigência onde ainda não houver condições para a coleta biométrica, garantindo continuidade do pagamento até que a estrutura esteja disponível.
Para evitar transtornos, acompanhe os canais oficiais do MDS e do MGI. Quando for sua vez, você será orientado com data, local e documentos necessários. Enquanto isso, mantenha seus dados atualizados no Cadastro Único e no Gov.br para facilitar a conferência.
A biometria no Bolsa Família é um passo decisivo para reduzir fraudes e garantir justiça no pagamento ou pode dificultar o acesso de famílias sem internet e com baixa alfabetização digital? Deixe sua opinião nos comentários.