Picape híbrida flex brasileira promete unir preço de Toro, porte de Strada e autonomia de até 1.000 km, em projeto que prevê lançamento para 2026 e aposta em motor elétrico com extensor a etanol.
Apontada pela fabricante como a primeira picape compacta híbrida flex do Brasil, a Lecar Campo entrou em pré-venda com preço promocional de R$ 159.300, valor que a empresa diz valer até o fim de 2025.
O modelo é apresentado como concorrente da Fiat Toro, mas tem porte de Strada e aposta em arquitetura elétrica com extensor de autonomia para prometer até 1.000 km com 30 litros de etanol.
Preço e posicionamento no mercado
A Lecar divulga a Campo como alternativa direta à Toro, com etiqueta próxima à das versões de entrada da picape da Fiat.
-
4 carros até R$ 60 mil com manutenção barata comprovada que são intermináveis e ‘fogem’ das oficinas, segundo mecânicos e a Fipe
-
5 carros automáticos usados para comprar em 2025 abaixo de R$ 50 mil com mecânica confiável e câmbio durável — Toyota, Honda e Chevrolet na lista
-
Alerta nas rodovias: 7 multas de trânsito que mais pegam motoristas de surpresa e podem custar até R$ 5 mil no bolso
-
Toyota Frontlander 2026 estreia na China com visual elétrico e mais potência que o Corolla Cross! Motor 2.0 à gasolina de 171 cv, à combustão de 158 cv e elétrico de 112 cv
Embora a rivalidade seja parte do discurso, a proposta combina preço de Toro com dimensões de Strada, estratégia que mira quem busca espaço útil maior que o das compactas tradicionais, mas não quer chegar ao patamar de tamanho das médias.
Medidas de picape compacta
Nas fichas divulgadas, a Campo mede 4,50 m de comprimento, 1,82 m de largura, 1,60 m de altura e tem entre-eixos de 2,70 m.
A carroceria, as colunas e a altura livre do solo aproximam o modelo da Fiat Strada, sobretudo nas versões de cabine dupla, reforçando o enquadramento no segmento compacto.
Para referência, a Fiat Strada cabine dupla tem 4,48 m de comprimento, 1,73 m de largura, 1,60 m de altura e 2,74 m de entre-eixos.
Nessa comparação de fábrica, a Lecar procura se diferenciar pela caçamba.
Caçamba e capacidade de carga
Segundo a fabricante, a caçamba da Campo comporta 900 litros e mede cerca de 1,30 m de comprimento.
A carga útil declarada é de 650 kg, número alinhado ao padrão do segmento.
Na Strada, a capacidade volumétrica divulgada é de 844 litros nas versões de cabine dupla.
Trem de força: elétrico com extensor de autonomia
A picape utiliza tração elétrica traseira com 165 cv e 26,3 kgfm.
A energia pode vir de uma bateria LFP de 18,4 kWh ou ser gerada por um motor 1.0 turbo flex fornecido pela Horse Powertrain (grupo Renault), o mesmo aplicado no Renault Kardian e na nova geração do Nissan Kicks.
Importante: o propulsor a combustão não move as rodas; ele aciona apenas um gerador de 50 kW, o que dispensa câmbio.
Com essa arquitetura, a empresa estima alcançar 1.000 km com 30 litros de etanol, o que equivaleria a 33,3 km/l no cenário ideal descrito.
Trata-se de uma projeção da própria marca, ainda sem aferição oficial por órgão independente.
Itens de segurança e conveniência
No pacote divulgado estão previstos seis airbags, frenagem automática de emergência, piloto automático adaptativo, assistente de permanência em faixa, freios a disco nas quatro rodas e suspensão traseira independente, além de central multimídia.
Esses equipamentos situam a proposta da Campo em patamar de conteúdo semelhante ao de picapes mais caras do mercado.
Prazo de entrega e estágio do projeto
A Lecar afirma que a Campo será lançada em agosto de 2026.
O cronograma é considerado ambicioso porque, até aqui, a picape apareceu em maquetes estáticas, sem protótipo funcional exibido publicamente.
Em paralelo, a empresa segue divulgando o desenvolvimento do SUV 459 e a construção de sua fábrica em Sooretama (ES), ainda em implementação.
Publicações especializadas têm destacado que os prazos são apertados para um veículo que não iniciou testes de rodagem conhecidos.
Rivalidade: Toro no preço, Strada no tamanho
Embora a comunicação da marca aponte para a Toro como “alvo”, a realidade dimensional aproxima a Campo da Strada e da Saveiro.
A leitura, portanto, é de uma picape compacta com valor posicionado para brigar com versões de entrada e intermediárias da Toro, cenário em que o consumidor comparará não só o preço, mas também capacidade de carga, equipamentos de segurança e custo de uso.
O que falta comprovar
Sem testes independentes, permanecem em aberto a autonomia real, o consumo homologado e o desempenho com diferentes níveis de carga.
Também segue sem confirmação pública a existência de unidades prototipadas rodando e o estágio de homologação para venda em 2026.
A própria implantação fabril, anunciada para o Espírito Santo, ainda passa por etapas pré-operacionais.
Ainda que o discurso combine eletrificação, uso de etanol e promessa de baixo custo por quilômetro, a Campo terá de converter projeções em números medidos para se consolidar entre as picapes de trabalho e lazer.
Diante desse quadro, qual será o fator decisivo para o público apostar em uma picape híbrida flex inédita: autonomia declarada, preço, equipamentos ou confiança na entrega?
Gostei muito 👍🏻 nos brazileiros somos muito capazes, basta boa vontade em executar.
A proposta de mostra excelente. Mas o preço é fator decisivo para se sustentar.
A opção de cabines simples, e a de “Baú” faz desse projeto um grande divisor para os empresários e os autônomos. E aqui na Bahia já está na hora de vir esse modelo com essas particularidades. Venham urgente. Boa sorte.
Pena que não fazer cabine simples pensando nos pregadores de serviços que gastam muita gasolina diariamente, segue a dica levar.
(Prestadores de serviços)
Corretor atrapalhando a minha vida kkkkk