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Descoberta de elementos raros posiciona a empresa Verde Agritech como estratégica no apoio à transição energética global
A Verde Agritech, empresa especializada em tecnologia agrícola e produtora de fertilizantes potássicos, anunciou uma importante descoberta em suas concessões minerais em Minas Gerais. A empresa encontrou argila de adsorção iônica com alto teor de elementos de terras raras (ETR), ao realizar uma reanálise de perfurações destinadas à exploração de fosfato na formação geológica de Monte Nau de Guerra, localizada entre os municípios de São Gotardo e Matutina, no Alto Paranaíba, de acordo com o site Diário do Comércio.
Com essa descoberta de elementos de terras raras, a Verde passa a controlar uma área de 4.708 hectares com potencial de mineralização e extração para ETRs como Praseodímio (Pr), Neodímio (Nd), Disprósio (Dy) e Térbio (Tb). Esses elementos são fundamentais na produção de tecnologias voltadas para a geração de energia renovável, como veículos elétricos e turbinas eólicas, e são considerados essenciais no cenário de transição energética global.
Descoberta estratégica de terras raras no Brasil
Cristiano Veloso, fundador e CEO da Verde Agritech, destacou a importância da descoberta de elementos de terras raras, afirmando que ela posiciona a empresa como um “player estratégico no suporte à mudança global em direção a soluções de energia renovável”. Veloso enfatizou o comprometimento da empresa em entender o potencial completo dos elementos encontrados e avaliar formas de agregar valor aos acionistas, sem desviar o foco de seu principal negócio: a produção de fertilizantes.
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A reanálise realizada pela Verde Agritech envolveu 15 furos de perfuração em uma zona mineralizada em Nau de Guerra, originalmente destinados à exploração de fosfato. Os resultados preliminares dos elementos de terras raras indicaram a presença de argila iônica, o que levou a empresa a enviar amostras para o laboratório SGS, que confirmou a mineralização, embora a recuperação ainda não tenha sido otimizada.
Terras raras: Processos de extração e recuperação
A extração de elementos de terras raras foi avaliada por meio de testes de lixiviação de sulfato de amônio, processo que envolve a lixiviação em baixa temperatura e pressão atmosférica, seguido pela precipitação seletiva dos ETRs. Segundo a Verde Agritech, essa técnica garante uma extração eficiente com mínimas impurezas. Os testes foram realizados com uma solução de sulfato de amônio a 0,5 M e pH 4 por 30 minutos, em condições ambientais, demonstrando a eficácia do método.
A empresa de extração também ressaltou que os resultados das análises de contaminantes de lixiviação foram promissores, com baixa concentração de impurezas, o que pode contribuir para a viabilidade econômica do projeto de exploração de terras raras.
Oportunidade no mercado de energia renovável
Atenta ao crescimento da demanda global por elementos deextração de terras raras, impulsionada pelas políticas de transição energética, a Verde Agritech pretende aprofundar suas investigações sobre a presença desses elementos em suas concessões. A empresa já possui 3.640 metros de área destinada à perfuração de diamantes na mesma formação geológica onde os ETRs foram descobertos e pretende divulgar os resultados dos estudos em breve.
Mesmo com essa descoberta empolgante, Veloso assegura que o foco da Verde Agritech permanece na produção de fertilizantes sustentáveis e de baixo carbono. O trabalho de avaliação dos ETRs, segundo ele, está sendo conduzido de forma econômica e sem desviar a atenção da equipe de seus principais objetivos.
