Fenômeno astronômico raro poderá ser acompanhado em tempo real pela internet, com a Lua tingida de vermelho durante mais de uma hora, mesmo sem visibilidade direta nos céus brasileiros.
Na noite de 7 para 8 de setembro (domingo para segunda, no horário universal), a Lua passará completamente pela sombra da Terra e ganhará tons avermelhados no fenômeno conhecido como Lua de Sangue.
Segundo o site TNH1, esse será o eclipse lunar total mais longo de 2025, com 82 minutos de fase total. No Brasil, a observação direta não será possível, mas o evento poderá ser acompanhado por transmissões ao vivo no YouTube.
O que acontece durante a Lua de Sangue
Num eclipse lunar total, a Terra se posiciona entre o Sol e a Lua cheia, projetando sua sombra sobre o satélite.
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A luz solar que contorna o planeta é filtrada pela atmosfera terrestre, que espalha o azul e deixa passar o vermelho. É esse filtro natural que confere à Lua o brilho alaranjado ou rubro característico durante a totalidade.
Horário e duração no Brasil
Embora o ápice global ocorra entre a noite de domingo e a madrugada de segunda, no Brasil o espetáculo se desenrola durante a tarde.
A fase em que a Lua ficará vermelha vai de 14h30 às 15h52 (horário de Brasília), com o máximo por volta das 15h12.
Antes disso, a penumbra começa no início da tarde e a parcialidade antecede a totalidade, quando o escurecimento se torna visível em regiões onde o fenômeno aparece no céu.
Visibilidade no mundo e ausência nas Américas
A totalidade será vista a olho nu em amplas áreas da Europa, da África, da Ásia e da Austrália.
Em parte desses locais, o início, o ápice e o fim do eclipse ocorrerão acima do horizonte, permitindo o acompanhamento contínuo de mais de uma hora.
Nas Américas, porém, a Lua já terá se posto quando a totalidade começar, o que impede a observação direta do Brasil, dos demais países da América do Sul e de boa parte da América do Norte.
Como acompanhar ao vivo no YouTube
Quem estiver no Brasil poderá assistir ao eclipse em tempo real por transmissões online.
Projetos de astronomia que realizam observação remota costumam disponibilizar imagens de telescópios apontados para a Lua durante todo o evento, com narração técnica e explicações sobre cada fase.
Entre as opções, plataformas internacionais reconhecidas divulgam sessões públicas com início pouco antes do começo da totalidade, garantindo a cobertura desde os primeiros instantes do avermelhamento até o retorno à luminosidade habitual.
Para não perder, vale buscar com antecedência as transmissões programadas, ativar lembretes e verificar a qualidade do streaming.
Uma conexão estável e a tela em alta resolução ajudam a perceber nuances de cor e a borda da sombra terrestre avançando pelo disco lunar, detalhes que tornam a experiência mais rica.
O passo a passo do fenômeno
O eclipse evolui por etapas. A Lua entra primeiro na penumbra da Terra, quando o escurecimento é sutil.
Em seguida, cruza a umbra, a parte mais densa da sombra, e inicia a parcialidade, com um “mordisco” visível no disco.
A totalidade começa quando o satélite fica inteiramente imerso nessa sombra mais escura e adquire tonalidade avermelhada.
Ao longo dos 82 minutos de totalidade, a cor pode variar conforme as condições atmosféricas do planeta, influenciadas por poeira, aerossóis e umidade.
Por fim, a Lua sai gradualmente da umbra e retorna à penumbra até recuperar o brilho integral.
Por que este eclipse se destaca
Além da duração acima da média, a geometria do alinhamento favorece uma totalidade prolongada.
O disco lunar atravessa uma faixa mais central da sombra terrestre, o que alonga o período em que permanece totalmente imerso na umbra.
Em 2025, houve outro eclipse total no primeiro semestre, com totalidade mais curta.
Por isso, o de setembro é apontado como o mais longo do ano. Essa combinação de fatores explica o interesse de observadores e o volume de iniciativas de transmissão ao vivo.
Dicas para quem estiver viajando
Brasileiros que estejam em regiões de visibilidade podem acompanhar o espetáculo a olho nu, sem necessidade de equipamentos.
Ainda assim, um binóculo amplia o contraste e revela o relevo lunar recortado pela sombra.
Em áreas urbanas, o ideal é buscar locais com horizonte desobstruído e menor poluição luminosa.
Verificar a previsão do tempo e chegar com antecedência aumenta a chance de observar também as fases penumbral e parcial, quando a progressão da sombra é mais evidente.
Próximos eventos no calendário astronômico
Duas semanas após a Lua de Sangue, o ciclo segue com um eclipse solar parcial em setembro, visível em outras partes do globo.
Para o público brasileiro, novos eclipses lunares e solares ocorrerão nos próximos anos, com janelas de observação diretas e outras acessíveis apenas por transmissão.
A consulta a efemérides confiáveis e a canais de observatórios ajuda a planejar a observação e a confirmar horários locais com precisão.
Onde buscar informações de última hora
À medida que a data se aproxima, instituições e projetos de divulgação científica atualizam a grade de lives e detalham os horários por fuso.
Canais especializados de astronomia, incluindo iniciativas internacionais com tradição em coberturas de eclipses, costumam disponibilizar páginas específicas com contagem regressiva e agenda do evento.
Para quem prefere conteúdo em português, canais brasileiros de ciência e observatórios mantêm programação voltada ao público local, com explicações da dinâmica do fenômeno e orientações de observação.