Iniciativa anunciada pelo presidente Lula busca alavancar US$ 125 bilhões para pagar pela preservação, posicionando o Brasil como protagonista na agenda climática global.
O governo do Brasil oficializou um movimento estratégico para a conservação ambiental global ao anunciar um investimento inicial de US$ 1 bilhão no Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF). Conforme divulgado pela Agência Brasil, o anúncio foi feito pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em Nova York, durante um evento da Organização das Nações Unidas (ONU), e estabelece o país como o primeiro a aportar capital na ambiciosa ferramenta financeira, que visa reestruturar a forma como o mundo paga pela preservação.
Este aporte inicial é a pedra fundamental de um plano muito maior: atrair US$ 25 bilhões de países investidores para, então, alavancar um total de US$ 125 bilhões com capital privado. O objetivo é criar um mecanismo financeiro sustentável que remunere anualmente as nações que mantiverem suas florestas tropicais em pé. A iniciativa será lançada oficialmente na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que ocorrerá em Belém, no Pará.
O que é o fundo TFFF e como ele funciona?
O Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF) foi idealizado pelo governo brasileiro como uma solução de mercado para um problema crônico: a falta de incentivos econômicos diretos para a conservação. Em vez de depender exclusivamente de doações e ajuda internacional, o fundo funcionará como um instrumento de investimento misto. Os aportes iniciais de países, como o do Brasil, são classificados como “capital júnior”, servindo de garantia e atrativo para o “capital sênior”, proveniente da iniciativa privada.
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A lógica é que os dividendos gerados pelos US$ 125 bilhões investidos serão repartidos anualmente entre os investidores e os países com florestas tropicais que cumprirem suas metas de preservação. “O TFFF vai mudar o papel dos países de florestas tropicais no enfrentamento da mudança do clima por meio de incentivos econômicos reais”, destacou o presidente Lula, em declaração repercutida pela Agência Brasil. Esse modelo transforma a floresta em pé em um ativo financeiro rentável, competindo diretamente com atividades econômicas predatórias.
Impacto financeiro: um novo modelo para a preservação
A escala do TFFF tem o potencial de revolucionar o financiamento climático. Segundo Gustavo Souza, diretor de políticas públicas da Conservação Internacional (CI-Brasil), existe hoje uma lacuna de financiamento de aproximadamente US$ 7 bilhões por ano apenas para a Amazônia. Nos últimos dez anos, os investimentos somados (ajuda internacional, filantropia e setor privado) alcançaram cerca de US$ 600 milhões anuais, um valor considerado muito baixo para os desafios existentes.
Com o novo fundo, a expectativa é que os investimentos na conservação florestal possam triplicar. A ferramenta pode injetar cerca de US$ 2 bilhões anualmente na Amazônia, por exemplo, fornecendo aos países detentores de florestas a capacidade financeira para preservar e manejar seus recursos no longo prazo. Conforme detalhado pela Agência Brasil, essa injeção de capital é fundamental para que a conservação não seja vencida por modelos de desenvolvimento insustentáveis, como o desmatamento para agricultura ou mineração.
Liderança do Brasil e o cenário internacional
Ao ser o primeiro país a se comprometer financeiramente, o Brasil não apenas lidera “pelo exemplo”, como afirmou o presidente Lula, mas também pressiona outras nações a agirem. A iniciativa, anunciada pela primeira vez na COP28 em Dubai, já conta com o apoio estratégico de países com florestas tropicais, como Colômbia, Gana, República Democrática do Congo, Indonésia e Malásia, além do interesse de potenciais investidores, incluindo Alemanha, Emirados Árabes Unidos, França, Noruega e Reino Unido.
O aporte brasileiro funciona como um catalisador para que novos compromissos sejam firmados até a COP30 em Belém. Karen Oliveira, da Coalizão Brasil e The Nature Conservancy Brazil, afirmou à Agência Brasil que a expectativa é crescente. “É notícia de que a China, a Noruega, o Reino Unido, os Emirados Árabes, entre outros países, também estão comprometidos em fazer aportes iniciais“, disse ela. O protagonismo do Brasil, portanto, é visto como essencial para que o fundo atinja sua massa crítica e possa iniciar suas operações com força total.
A criação do TFFF representa uma mudança de paradigma, saindo de um modelo de dependência para um de investimento e retorno. Ao colocar um valor econômico claro na floresta em pé, o Brasil lidera um esforço para alinhar os interesses do mercado financeiro com a sobrevivência do planeta.
Você concorda com essa mudança? Acha que isso impacta o mercado de créditos de carbono ou outras iniciativas? Deixe sua opinião nos comentários, queremos ouvir quem vive isso na prática.
Governo Lula só cria narrativas para arrecadar, só vivem disso, arrecadar, essa é a palavra de ordem. Esperem e verão para onde vai a maior parte desse dinheiro.
Partindo do Brasil, isso vai virar um paraíso para os gatunos(principalmente daqui)meterem a mão numa bolada. Conversa fiada, igual às ONGs financiadas por países da Europa que não fazem nada pela Amazônia. A ideia é boa, mas conhecendo a fama desse governo, vai ser uma farra.
Além desse propósito todos os países do mundo tem que plantar florestas no entorno de todas as cidades pra tirar o dióxido de carbono CO2 da atmosfera limpando o ar e ir mudando rápido pra energia limpa,o planeta pedindo socorro.