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Brasil se torna o maior mercado do mundo para carros elétricos chineses: A nova política de incentivo e o investimento rápido das montadoras impulsionam o crescimento do mercado automotivo local

Escrito por Noel Budeguer
Publicado em 02/10/2024 às 13:52
Carros elétricos - Brasil - importação- BYD - investimentos
Brasil se torna o maior mercado do mundo para carros elétricos chineses: A nova política de incentivo e o investimento rápido das montadoras impulsionam o crescimento do mercado automotivo local

Exportações de carros elétricos chineses para o Brasil crescem 13 vezes. O investimento estratégico no país lidera o mercado global, destacando-se como destino chave para montadoras como BYD e GWM

O Brasil agora lidera as exportações de carros elétricos e híbridos plug-in chineses, ultrapassando a Bélgica. Conforme dados recentes do setor, o Brasil superou a Bélgica como o principal destino de exportação de veículos elétricos e híbridos plug-in fabricados na China. Esse avanço significativo ocorre em um momento crucial, impulsionado pelo investimento das montadoras chinesas que buscam diversificar suas vendas para mercados fora da Europa.

Essa estratégia é uma resposta direta à investigação de subsídios pela União Europeia sobre carros elétricos chineses, que tem afetado suas exportações para o continente europeu.

Investimentos das montadoras de carros elétricos chineses no Brasil

Segundo a Associação Chinesa de Carros de Passageiros (CPCA), as exportações de carros elétricos e híbridos plug-in para o Brasil aumentaram 13 vezes em comparação ao ano anterior, atingindo 40.163 unidades em abril. Este crescimento impressionante posicionou o Brasil como o principal mercado de exportação pelo segundo mês consecutivo. Em janeiro, o país ocupava apenas a décima posição nesse ranking.

Essa mudança no mercado foi rápida. Montadoras chinesas, como a BYD, estão investindo pesado no Brasil. A BYD está construindo um complexo de fabricação de carros elétricos no país, com planos de iniciar a produção local até o final do ano ou início de 2025. Da mesma forma, a GWM anunciou que sua planta no Brasil começará a operar no segundo semestre de 2024. Além dessas, outros fabricantes chineses devem anunciar novos empreendimentos no mercado brasileiro em breve.

Comparação com outros mercados

Em abril, o Brasil também se destacou como o segundo maior destino de exportação de automóveis chineses de todos os tipos, ficando atrás apenas da Rússia. Apesar das sanções ocidentais, a Rússia continua a ser o principal mercado de exportação para veículos chineses, conforme destacou Cui Dongshu, secretário-geral da CPCA. investimentos

Os dados da CPCA revelam uma queda significativa nas importações de carros elétricos chineses por países europeus como Espanha, França, Países Baixos e Noruega entre janeiro e abril. A investigação de subsídios pela União Europeia tem impactado as exportações para o bloco, forçando as montadoras chinesas a buscar ativamente mercados alternativos na América do Sul, Austrália e Sudeste Asiático.

Futuro promissor para o Brasil

Nos primeiros quatro meses deste ano, as exportações de carros elétricos chineses para a Rússia aumentaram 23%, totalizando 268.779 veículos. No mesmo período, as exportações para o México e o Brasil aumentaram 27% e 536%, respectivamente, atingindo 148.705 e 106.448 unidades.

A demanda crescente por veículos de nova energia no Brasil, aliada à expansão estratégica das montadoras chinesas, destaca o país como um mercado chave para carros elétricos e híbridos, especialmente neste momento de resistência na Europa e nos EUA. Além disso, a nova política brasileira de incentivo à produção local de automóveis deve abrir oportunidades significativas para a indústria automotiva nos próximos anos.

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Deodoro Moreira dos Santos
Deodoro Moreira dos Santos
03/10/2024 21:29

Com meus 69 anos de idades já vi muitas coisas acontecerem nesse nosso Brasil varonil. E uma destas que carrega sempre um péssimo estigma: introdução de “carroças automotivas” que só trouxeram “prejuízos” e atrasos tecnológicos. Detonaram a malha ferroviaria em detretimento a industria de caminhões norte americanos, alemães e sueco. Depois vieram os automoveis “sobra” da industria “norte-americana”. Depois vieram os “russos” Niva e cia. Qdo parece que estamos “estabilizados”, com a industria automotiva “embalada”, nosso combustível “etanol” ñ poluente, com alto rendimento, vem invasão de carros elétricos “chineses” c/ sua tecnologia de “uso descartavel” e alguns prontos pra “se incendiarem”. E caros prá os padrões tupiniquins. E sem uma infrastrutura instalada pra “reabastecimento” e com problemas com descarte de baterias elétricas. Mas enfim, tendo quem goste, tendo quem idolatre, tendo quem compre, que mal tem?

Atilio Szabo
Atilio Szabo
Em resposta a  Deodoro Moreira dos Santos
04/10/2024 07:45

Histórico dos acontecimentos, até meias verdades, porém avaliação dos fatos, meias mentiras! O carro elétrico, não é mais o futuro, pois sim o presente , Tchau oficina e posto de combustível , Valeu Obrigado !!!!

Marcello
Marcello
Em resposta a  Deodoro Moreira dos Santos
04/10/2024 09:33

Quanta bobagem. Quantos carros elétricos incendiaram no Brasil? Respondo: não há relato! É mais fácil acertar na loteria que um elétrico pegar fogo!

Noel Budeguer

De nacionalidade argentina, sou redator de notícias e especialista na área. Abordo temas como ciência, petróleo, gás, tecnologia, indústria automotiva, energias renováveis e todas as tendências no mercado de trabalho.

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