Avanço promissor na recuperação de movimentos
Pesquisadores brasileiros anunciaram a criação da polilaminina, uma proteína sintética inspirada em componentes da placenta humana.
A substância está em fase experimental desde 2024 e vem demonstrando resultados animadores em pacientes com lesões na medula espinhal.
A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) observou alguns resultados até mesmo em casos considerados irreversíveis.
Descoberta científica nacional
A equipe da pesquisadora Tatiana Coelho de Sampaio, da UFRJ, desenvolveu a polilaminina.
O composto atua diretamente na regeneração de neurônios ao formar uma malha biológica capaz de reconectar axônios.
Com essa atuação, os axônios restabelecem a transmissão de impulsos nervosos em pacientes com lesões na medula espinhal.
Pacientes que enfrentavam paralisia voltaram a sentir, se mover e, em alguns casos, até andar novamente.
Em 2024, casos emblemáticos como o de Bruno Drummond mostraram recuperação significativa.
Médicos diagnosticaram tetraplegia após o acidente, mas ele voltou a caminhar com auxílio de andador.
Resultados em humanos e animais
Entre 2024 e 2025, os testes clínicos iniciais reuniram oito pacientes brasileiros.
Desses pacientes, seis apresentaram avanços relevantes, como ganho de sensibilidade e controle motor.
A atleta Hawanna Cruz, também tetraplégica, relatou expressiva melhora no controle do tronco após o tratamento com a nova proteína.
Em estudos paralelos com animais, os resultados também foram surpreendentes.
Quatro de seis cães paraplégicos tratados com a substância voltaram a dar passos após semanas de acompanhamento.
Esses dados reforçam o potencial transformador da polilaminina.
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Fase experimental e próximos passos
Apesar dos progressos observados, a polilaminina ainda está em avaliação pela comunidade científica.
Ela depende da aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para uso clínico em larga escala.
Ainda este ano, novos estudos serão conduzidos em instituições renomadas, como o Hospital das Clínicas da USP e a Santa Casa de São Paulo.
O foco será em pacientes que sofreram lesões agudas até quatro dias após o trauma.
Essa etapa será essencial para consolidar a segurança e a eficácia do tratamento.
Perspectivas para o futuro do tratamento
Se a eficácia for confirmada, a polilaminina poderá integrar o Sistema Único de Saúde (SUS). Além disso, ela poderá se tornar uma alternativa acessível e inovadora no tratamento de lesões medulares.
Por consequência, essa descoberta pode transformar a realidade de milhares de brasileiros que enfrentam limitações motoras. Para muitos, ela significa mais do que um simples avanço científico.
Assim, o resultado abre caminho para retomar movimentos, conquistar autonomia e recuperar qualidade de vida. Logo, a expectativa em torno do tratamento cresce em todo o país.
Além disso, a pesquisa reforça que quando ciência e inovação se unem, novas conquistas médicas se tornam possíveis. Portanto, a polilaminina simboliza esperança e mudança real para pacientes brasileiros.