1. Início
  2. / Ciência e Tecnologia
  3. / Brasil quer seu próprio GPS: governo lança plano bilionário para criar sistema de posicionamento
Tempo de leitura 3 min de leitura Comentários 35 comentários

Brasil quer seu próprio GPS: governo lança plano bilionário para criar sistema de posicionamento

Escrito por Bruno Teles
Publicado em 22/07/2025 às 21:39
Com risco geopolítico crescente, Brasil corre para lançar o GPBrás e evitar apagões de navegação
Com risco geopolítico crescente, Brasil corre para lançar o GPBrás e evitar apagões de navegação
  • Reação
  • Reação
  • Reação
  • Reação
  • Reação
59 pessoas reagiram a isso.
Reagir ao artigo

Governo anuncia plano para desenvolver o GPBrás, sistema nacional de posicionamento que pretende reduzir a dependência do GPS americano e fortalecer setores como agricultura e defesa

O governo federal anunciou a criação de um grupo de trabalho para desenvolver o GPBrás, o primeiro sistema brasileiro de posicionamento por satélite. A proposta, revelada em julho de 2025, busca garantir soberania tecnológica e reduzir a dependência do GPS dos Estados Unidos, especialmente em áreas críticas como agricultura, mineração, defesa e logística.

Segundo o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), o projeto será desenvolvido ao longo da próxima década, com base na infraestrutura já existente da Rede Brasileira de Monitoramento Contínuo (RBMC), gerenciada pelo IBGE. A iniciativa vem ganhando atenção após sanções comerciais e alertas estratégicos sobre a fragilidade de depender exclusivamente de sistemas estrangeiros.

GPBrás pode transformar setores vitais da economia

O anúncio de que o Brasil quer criar seu próprio GPS reacendeu o debate sobre soberania tecnológica no país. A proposta do GPBrás é similar a sistemas como o Galileo (União Europeia), o BeiDou (China) e o GLONASS (Rússia), que foram desenvolvidos para garantir independência em tempos de crise global.

O impacto no setor agropecuário é direto: 75% da agricultura brasileira depende de GPS para plantio e colheita de precisão. Em caso de falha ou restrição do sistema americano, o prejuízo pode ultrapassar R$ 100 bilhões por ano, segundo estimativas do setor. O mesmo vale para mineração, aviação e transporte de cargas, que também operam com base em dados de posicionamento.

Custos altos e cronograma longo geram críticas

Apesar dos benefícios, o plano de que o Brasil quer criar seu próprio GPS enfrenta resistência. Especialistas alertam para o alto custo — estimado em até R$ 300 bilhões — e o prazo de desenvolvimento, que pode ultrapassar 10 anos. Críticos temem a criação de uma nova estatal e os riscos de má gestão de recursos públicos.

Nas redes sociais, o projeto foi alvo de sátiras e memes, com usuários ironizando a suposta lentidão e o potencial uso político. Ainda assim, o governo sustenta que a iniciativa é estratégica para o futuro do país, especialmente frente à crescente instabilidade geopolítica e à corrida global por autonomia espacial.

Brasil já possui base técnica para o projeto

O país não parte do zero. Desde 1997, a RBMC monitora o território com mais de 150 estações de rastreamento. A Agência Espacial Brasileira (AEB) e o INPE também acumulam décadas de experiência com satélites, especialmente em parcerias com a China, como o programa CBERS.

O novo sistema poderá integrar satélites geoestacionários como o CBERS-5 (previsto para 2028) e tecnologias de empresas como a Visiona (Embraer + Telebras). Além disso, o uso combinado com redes 5G pode ampliar a precisão e permitir aplicações com inteligência artificial, como agricultura automatizada e monitoramento ambiental em tempo real.

O que esperar do GPBrás nos próximos anos

Nos próximos seis meses, o grupo de trabalho deve apresentar um relatório inicial de viabilidade. Um protótipo de satélite está previsto para os próximos cinco anos. Se bem-sucedido, o projeto poderá criar empregos, atrair investimentos e colocar o Brasil entre os poucos países com sistema de navegação próprio.

Para a população em geral, o impacto será gradual. A maioria dos celulares já utiliza receptores compatíveis com múltiplos sistemas (GPS, Galileo, BeiDou), mas o GPBrás poderá beneficiar regiões remotas, setores industriais e a resposta a desastres naturais, como enchentes e queimadas.

Você acha que o Brasil deve investir em um sistema de GPS próprio ou esse dinheiro deveria ser usado em outras áreas? Comente abaixo e compartilhe sua opinião.

Aplicativo CPG Click Petroleo e Gas
Menos Anúncios, interação com usuários, Noticias/Vagas Personalizadas, Sorteios e muitos mais!
Inscreva-se
Notificar de
guest
35 Comentários
Mais recente
Mais antigos Mais votado
Feedbacks
Visualizar todos comentários
Anderson
Anderson
27/07/2025 17:41

O investimento em tecnologia estratégica pode parecer injustificada a curto prazo, mas devido as crescentes crises globais creio que será de extrema importância ao longo prazo e poderá nos transformar em polo tecnológico no futuro próximo, atraindo ainda mais investimentos.

Amorim
Amorim
26/07/2025 19:56

Apoiado. GPS Brasileiro. Terras raras também, para os Brasileiros.
Nossas riquezas, para o nosso desenvolvimento.

Davi Lustosa
Davi Lustosa
24/07/2025 20:09

O Governo brasileiro está certo de termos nosso GPS “GPBras” Será um grande avanço a independência, chega de sermos tratados como Zé mané. Temos potencial pra isso e de sobra, o mundo já está enxergando o Brasil, diferente, moderno e criando suas próprias tecnologias. Estamos nos saindo bem… Já temos aeronaves, mísseis, navios e agora é a hora do nosso Próprio GPS… GPBras . Somos Grandes só precisamos Abrir os Olhos e mostrar que Somos soberanos, inovador.

Tags
Bruno Teles

Falo sobre tecnologia, inovação, petróleo e gás. Atualizo diariamente sobre oportunidades no mercado brasileiro. Com mais de 7.000 artigos publicados nos sites CPG, Naval Porto Estaleiro, Mineração Brasil e Obras Construção Civil. Sugestão de pauta? Manda no brunotelesredator@gmail.com

Compartilhar em aplicativos
0
Adoraríamos sua opnião sobre esse assunto, comente!x