Governo anuncia plano para desenvolver o GPBrás, sistema nacional de posicionamento que pretende reduzir a dependência do GPS americano e fortalecer setores como agricultura e defesa
O governo federal anunciou a criação de um grupo de trabalho para desenvolver o GPBrás, o primeiro sistema brasileiro de posicionamento por satélite. A proposta, revelada em julho de 2025, busca garantir soberania tecnológica e reduzir a dependência do GPS dos Estados Unidos, especialmente em áreas críticas como agricultura, mineração, defesa e logística.
Segundo o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), o projeto será desenvolvido ao longo da próxima década, com base na infraestrutura já existente da Rede Brasileira de Monitoramento Contínuo (RBMC), gerenciada pelo IBGE. A iniciativa vem ganhando atenção após sanções comerciais e alertas estratégicos sobre a fragilidade de depender exclusivamente de sistemas estrangeiros.
GPBrás pode transformar setores vitais da economia
O anúncio de que o Brasil quer criar seu próprio GPS reacendeu o debate sobre soberania tecnológica no país. A proposta do GPBrás é similar a sistemas como o Galileo (União Europeia), o BeiDou (China) e o GLONASS (Rússia), que foram desenvolvidos para garantir independência em tempos de crise global.
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O impacto no setor agropecuário é direto: 75% da agricultura brasileira depende de GPS para plantio e colheita de precisão. Em caso de falha ou restrição do sistema americano, o prejuízo pode ultrapassar R$ 100 bilhões por ano, segundo estimativas do setor. O mesmo vale para mineração, aviação e transporte de cargas, que também operam com base em dados de posicionamento.
Custos altos e cronograma longo geram críticas
Apesar dos benefícios, o plano de que o Brasil quer criar seu próprio GPS enfrenta resistência. Especialistas alertam para o alto custo — estimado em até R$ 300 bilhões — e o prazo de desenvolvimento, que pode ultrapassar 10 anos. Críticos temem a criação de uma nova estatal e os riscos de má gestão de recursos públicos.
Nas redes sociais, o projeto foi alvo de sátiras e memes, com usuários ironizando a suposta lentidão e o potencial uso político. Ainda assim, o governo sustenta que a iniciativa é estratégica para o futuro do país, especialmente frente à crescente instabilidade geopolítica e à corrida global por autonomia espacial.
Brasil já possui base técnica para o projeto
O país não parte do zero. Desde 1997, a RBMC monitora o território com mais de 150 estações de rastreamento. A Agência Espacial Brasileira (AEB) e o INPE também acumulam décadas de experiência com satélites, especialmente em parcerias com a China, como o programa CBERS.
O novo sistema poderá integrar satélites geoestacionários como o CBERS-5 (previsto para 2028) e tecnologias de empresas como a Visiona (Embraer + Telebras). Além disso, o uso combinado com redes 5G pode ampliar a precisão e permitir aplicações com inteligência artificial, como agricultura automatizada e monitoramento ambiental em tempo real.
O que esperar do GPBrás nos próximos anos
Nos próximos seis meses, o grupo de trabalho deve apresentar um relatório inicial de viabilidade. Um protótipo de satélite está previsto para os próximos cinco anos. Se bem-sucedido, o projeto poderá criar empregos, atrair investimentos e colocar o Brasil entre os poucos países com sistema de navegação próprio.
Para a população em geral, o impacto será gradual. A maioria dos celulares já utiliza receptores compatíveis com múltiplos sistemas (GPS, Galileo, BeiDou), mas o GPBrás poderá beneficiar regiões remotas, setores industriais e a resposta a desastres naturais, como enchentes e queimadas.
Você acha que o Brasil deve investir em um sistema de GPS próprio ou esse dinheiro deveria ser usado em outras áreas? Comente abaixo e compartilhe sua opinião.
O investimento em tecnologia estratégica pode parecer injustificada a curto prazo, mas devido as crescentes crises globais creio que será de extrema importância ao longo prazo e poderá nos transformar em polo tecnológico no futuro próximo, atraindo ainda mais investimentos.
Apoiado. GPS Brasileiro. Terras raras também, para os Brasileiros.
Nossas riquezas, para o nosso desenvolvimento.
O Governo brasileiro está certo de termos nosso GPS “GPBras” Será um grande avanço a independência, chega de sermos tratados como Zé mané. Temos potencial pra isso e de sobra, o mundo já está enxergando o Brasil, diferente, moderno e criando suas próprias tecnologias. Estamos nos saindo bem… Já temos aeronaves, mísseis, navios e agora é a hora do nosso Próprio GPS… GPBras . Somos Grandes só precisamos Abrir os Olhos e mostrar que Somos soberanos, inovador.