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Brasil pode transformar a Cúpula da Carne em evento anual na China e turbinar exportações bilionárias de bovinos

Escrito por Caio Aviz
Publicado em 03/11/2025 às 15:37
Cortes de carne bovina brasileira sobre tábua de madeira, com bandeiras do Brasil e da China ao fundo representando a parceria da Cúpula da Carne.
Cortes premium de carne bovina simbolizam a expansão das exportações brasileiras durante a Cúpula da Carne em Zhengzhou, evento apoiado por Henan e pela ABIEC.
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Proposta da província de Henan prevê realização fixa do evento em Zhengzhou, fortalecendo o selo Brazilian Beef e ampliando o protagonismo do agronegócio nacional

Antes de tudo, uma iniciativa estratégica pode redefinir as exportações brasileiras de carne bovina. Em outubro de 2025, o governo da província de Henan, na China, convidou o Brasil para realizar a Cúpula da Carne Brasileira anualmente, por cinco anos. Assim, Zhengzhou se consolidaria como polo logístico e, portanto, porta de entrada para produtos importados.

Além disso, Roberto Perosa, presidente da ABIEC, anunciou à CNN Brasil que o convite “representa avanço decisivo para diversificar mercados e fortalecer relações comerciais”. Desse modo, segundo ele, autoridades locais propuseram acordo de cooperação para institucionalizar o evento, o que, por sua vez, ampliaria previsibilidade e presença contínua.

Beef and Road reforça a imagem de qualidade e sustentabilidade da carne brasileira

Sobretudo, a proposta se alinha ao Beef and Road, em parceria com ApexBrasil e governo federal. Consequentemente, a iniciativa busca consolidar o selo Brazilian Beef como referência de qualidade, tecnologia e sustentabilidade. Ademais, em 2025, 30 empresas brasileiras participaram de rodadas com mais de 50 importadores chineses. Paralelamente, um jantar combinou cortes premium com pratos típicos, fortalecendo, portanto, o intercâmbio comercial.

Conforme Perosa, o saldo foi “extremamente positivo”. Assim, empresas ampliaram compradores e, inclusive, capilaridade no mercado asiático, envolvendo grandes distribuidores e, igualmente, pequenos importadores.

Exportações em alta confirmam liderança brasileira no mercado chinês

Entre janeiro e setembro de 2025, o Brasil exportou 1,15 milhão de toneladas à China, gerando US$ 6,06 bilhões. Portanto, segundo a ABIEC, houve alta de 38,7% em volume e 75,8% em valor ante 2024. Dessa forma, os números demonstram força crescente das exportações e, ainda, interesse contínuo do mercado chinês.

Além do mais, a Henan Dingshenghe International Trade Co. apoia a institucionalização. Desse modo, Zhengzhou pode tornar-se centro fixo de promoção e negócios da carne brasileira. Enquanto isso, Perosa afirmou que o conselho da ABIEC avaliará a viabilidade comercial; contudo, ele se mostrou otimista quanto ao impacto.

Importadores chineses reforçam confiança na carne bovina brasileira

Por sua vez, Kelvin Hu, CEO da MJ Group, destacou “rápida transformação” do mercado local e, consequentemente, espaço para valor agregado. “Desde 2018, mantemos cerca de 300 contêineres por mês, totalizando 4 mil por ano”, afirmou à CNN Internacional em outubro de 2025. Além disso, ele citou compra de cortes dianteiros, traseiros e músculo bovino, ressaltando grandes expectativas quanto ao Brasil.

Ao mesmo tempo, os hábitos alimentares evoluem rapidamente. Portanto, cresce a demanda por cortes premium e carne grain-fed. Assim, segundo Hu, a proteína brasileira é indispensável e, inclusive, deve alcançar novos segmentos e mais mesas chinesas.

Cooperação bilateral impulsiona o agronegócio e a inovação

Entretanto, a produção doméstica chinesa permanece limitada. Por isso, a cooperação com o Brasil é essencial para equilibrar oferta e demanda. Conforme Hu, o rebanho ainda é insuficiente e, portanto, a indústria local carece de escala e tecnologia comparáveis às brasileiras.

Finalmente, a continuidade da Cúpula da Carne Brasileira em Zhengzhou pode aproximar produtores e consumidores, ampliando confiança e acesso. Consequentemente, para a ABIEC, a parceria com Henan simboliza marco histórico da diplomacia econômica, abrindo acordos, investimentos e expansão comercial em um mercado altamente competitivo.

Em síntese, com resultados expressivos e metas ambiciosas, o evento tende a consolidar-se como plataforma global de negócios e inovação do agronegócio nacional.

E, então, o Brasil transformará sua carne bovina em símbolo consistente de poder econômico e protagonismo agroexportador?

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Caio Aviz

Escrevo sobre o mercado offshore, petróleo e gás, vagas de emprego, energias renováveis, mineração, economia, inovação e curiosidades, tecnologia, geopolítica, governo, entre outros temas. Buscando sempre atualizações diárias e assuntos relevantes, exponho um conteúdo rico, considerável e significativo. Para sugestões de pauta e feedbacks, faça contato no e-mail: avizzcaio12@gmail.com.

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