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Brasil pode liderar mundo em aumento de carga tributária até 2050, com 9,8 pontos, alerta estudo do Instituto Esfera

Publicado em 23/09/2025 às 21:29
“Gastos tributários não são vilões, mas precisam de regras”: Esfera defende avaliação contínua para focar desonerações com resultados sociais
“Gastos tributários não são vilões, mas precisam de regras”: Esfera defende avaliação contínua para focar desonerações com resultados sociais
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Levantamento do Instituto Esfera mostra que o Brasil já ultrapassa 34% do PIB em impostos e pode ser o país com maior elevação global de carga tributária até 2050

Um estudo do Instituto Esfera, citado pela IstoÉ Dinheiro, projeta que o Brasil será o país com o maior aumento de carga tributária até 2050, atingindo um salto de 9,8 pontos percentuais. Esse avanço coloca o país em posição crítica diante de economias emergentes, em um cenário no qual a tributação já consome mais de um terço do PIB nacional.

Segundo o levantamento, o Brasil ultrapassou em 2024 a marca de 34% do PIB em impostos, enquanto os chamados gastos tributários benefícios fiscais e renúncias superam 4% do PIB.

Para os especialistas, a ausência de governança clara na concessão dessas vantagens ameaça ampliar ainda mais a pressão fiscal nas próximas décadas.

Brasil entre os líderes de tributação

O estudo lembra que o Brasil já figura entre as economias emergentes mais pesadamente tributadas, em contraste com outros países em desenvolvimento que buscam manter sistemas fiscais mais enxutos para atrair investimentos.

A tendência de alta até 2050 reforça o alerta para empresários e trabalhadores, que podem sentir o peso no consumo, na renda e na competitividade do país.

Para Camila Funaro Camargo Dantas, CEO do Instituto Esfera, os gastos tributários não são “vilões” por natureza, mas precisam ser instrumentos claros de política pública, com início e fim definidos.

Caso contrário, o país corre o risco de sustentar um sistema que gera custos sem entregar contrapartidas sociais efetivas.

O peso das renúncias fiscais

O relatório destaca que o Simples Nacional responde por cerca de 22% das renúncias do governo federal, seguido por incentivos ao setor agropecuário, benefícios no IRPF e programas de desenvolvimento regional.

Em alguns casos, como na pasta da Agricultura, os gastos tributários chegam a ser cinco vezes maiores que o orçamento direto do ministério.

Esse desequilíbrio reforça a crítica do estudo: o Brasil carece de mecanismos robustos de transparência, revisão periódica e critérios de eficiência para avaliar se essas políticas realmente entregam retorno à sociedade.

Reformas como saída

Uma possível solução apontada pelo levantamento está na regulamentação da reforma tributária, em andamento até 2028.

Entre as propostas, está a criação da Lei Geral dos Gastos Tributários (LGGT), que limitaria os incentivos a 2% do PIB a partir de 2027 e criaria regras para concessão, avaliação e redução gradual desses benefícios.

O economista Pedro Fernando Nery, autor da pesquisa “Gastos tributários em cenário de carga tributária crescente: o desafio de reformar”, lembra que esse ajuste seria essencial para evitar que a elevação da carga tributária comprometa ainda mais a eficiência econômica e a justiça fiscal no país.

A perspectiva de que o Brasil lidere o aumento da carga tributária até 2050 acende um sinal de alerta para sociedade, governo e setor produtivo.

O desafio está em equilibrar arrecadação, incentivos e competitividade sem sufocar empresas e consumidores.

Brasil pode liderar mundo em aumento de carga tributária até 2050, com 9,8 pontos, alerta estudo do Instituto Esfera
Falta de governança nos gastos tributários aumenta custo e reduz efetividade; Esfera propõe transparência, prazo e contrapartidas claras.

E você, acredita que o Brasil conseguirá limitar os gastos tributários ou o peso dos impostos seguirá crescendo sem controle? Como essa tendência pode impactar o seu dia a dia? Compartilhe sua opinião nos comentários.

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Maria Heloisa Barbosa Borges

Falo sobre construção, mineração, minas brasileiras, petróleo e grandes projetos ferroviários e de engenharia civil. Diariamente escrevo sobre curiosidades do mercado brasileiro.

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