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Brasil: palco das grandes montadoras chinesas. Dessa vez, a GWM investe pesado e começará a produção de carros em São Paulo

Escrito por Roberta Souza
Publicado em 12/11/2024 às 11:22
GWM, montadora, veículos
Foto: reprodução Olhar Digital

Montadora chinesa lança modelos híbridos e elétricos, inaugura centro de pesquisa e adota estratégias de nacionalização para intervenções no setor automotivo brasileiro

A GWM, montadora de origem chinesa, está se preparando para iniciar a produção de veículos no Brasil, trazendo uma nova era para a marca no país. Em maio de 2025, uma fábrica da GWM, localizada em Iracemápolis, São Paulo, trouxe a montagem de modelos de veículos híbridos e elétricos, ampliando a oferta de veículos sustentáveis ​​e tecnológicos para o mercado brasileiro. O primeiro modelo a ser produzido localmente será o Haval H6 híbrido pleno (HEV), mas a marca já conta com planos ambiciosos de desenvolvimento para o futuro próximo, incluindo a construção de um centro de pesquisa e desenvolvimento.

Inovação e desenvolvimento tecnológico: Veículos Flex e Híbridos para o mercado nacional

Com o objetivo de ampliar a oferta de veículos adaptados às necessidades brasileiras, a montadora GWM planeja desenvolver veículos híbridos plug-in com tecnologia flex, capazes de utilizar etanol como combustível. Essa inovação, até agora apresentada apenas em alguns modelos da Toyota no país, representa um avanço significativo para a marca, que alinha sua estratégia à nova política automotiva nacional voltada ao incentivo de tecnologias mais sustentáveis ​​e adaptadas ao mercado local.

Atualmente, a linha Haval H6 da GWM já oferece versões híbridas e plug-in, movidas a gasolina. Com a expansão para a tecnologia híbrida flex, a montadora pretende diversificar ainda mais sua gama de opções e se adaptar ao perfil do consumidor brasileiro, que valoriza o uso do etanol como alternativa de combustível renovável e mais acessível. A parceria da GWM com a Bosch, gigante da tecnologia automotiva, será fundamental nesse desenvolvimento, colaborando na criação de sistemas eletrificados com uso de etanol.

Estratégia de produção e nacionalização na planta de Iracemápolis

Inicialmente, a produção da GWM no Brasil foi projetada para operar no modelo CKD (Complete Knock Down), no qual os veículos são parcialmente montados na China e finalizados no país de destino. No entanto, com uma recente mudança de estratégia, a montadora passará a montar componentes individuais em solo brasileiro, o que facilitará a nacionalização e garantirá os benefícios fiscais do programa Mover, criado pelo governo brasileiro para estimular a produção local.

Foto: reprodução GWM Brasil

A planta de Iracemápolis, que já contava com uma cabine de pintura da época em que era movimentada pela Mercedes-Benz, será fundamental para a estratégia de nacionalização da GWM. No sistema CKD, os veículos chegam ao país já pintados, com a nova estrutura, no entanto, a pintura e a montagem dos veículos serão feitas no Brasil, permitindo o cumprimento da meta de 40% de nacionalização necessária para benefícios fiscais.

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Roberta Souza

Engenheira de Petróleo, pós-graduada em Comissionamento de Unidades Industriais, especialista em Corrosão Industrial. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal. Não recebemos currículos

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