Montadora chinesa lança modelos híbridos e elétricos, inaugura centro de pesquisa e adota estratégias de nacionalização para intervenções no setor automotivo brasileiro
A GWM, montadora de origem chinesa, está se preparando para iniciar a produção de veículos no Brasil, trazendo uma nova era para a marca no país. Em maio de 2025, uma fábrica da GWM, localizada em Iracemápolis, São Paulo, trouxe a montagem de modelos de veículos híbridos e elétricos, ampliando a oferta de veículos sustentáveis e tecnológicos para o mercado brasileiro. O primeiro modelo a ser produzido localmente será o Haval H6 híbrido pleno (HEV), mas a marca já conta com planos ambiciosos de desenvolvimento para o futuro próximo, incluindo a construção de um centro de pesquisa e desenvolvimento.
Inovação e desenvolvimento tecnológico: Veículos Flex e Híbridos para o mercado nacional
Com o objetivo de ampliar a oferta de veículos adaptados às necessidades brasileiras, a montadora GWM planeja desenvolver veículos híbridos plug-in com tecnologia flex, capazes de utilizar etanol como combustível. Essa inovação, até agora apresentada apenas em alguns modelos da Toyota no país, representa um avanço significativo para a marca, que alinha sua estratégia à nova política automotiva nacional voltada ao incentivo de tecnologias mais sustentáveis e adaptadas ao mercado local.
Atualmente, a linha Haval H6 da GWM já oferece versões híbridas e plug-in, movidas a gasolina. Com a expansão para a tecnologia híbrida flex, a montadora pretende diversificar ainda mais sua gama de opções e se adaptar ao perfil do consumidor brasileiro, que valoriza o uso do etanol como alternativa de combustível renovável e mais acessível. A parceria da GWM com a Bosch, gigante da tecnologia automotiva, será fundamental nesse desenvolvimento, colaborando na criação de sistemas eletrificados com uso de etanol.
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Estratégia de produção e nacionalização na planta de Iracemápolis
Inicialmente, a produção da GWM no Brasil foi projetada para operar no modelo CKD (Complete Knock Down), no qual os veículos são parcialmente montados na China e finalizados no país de destino. No entanto, com uma recente mudança de estratégia, a montadora passará a montar componentes individuais em solo brasileiro, o que facilitará a nacionalização e garantirá os benefícios fiscais do programa Mover, criado pelo governo brasileiro para estimular a produção local.
A planta de Iracemápolis, que já contava com uma cabine de pintura da época em que era movimentada pela Mercedes-Benz, será fundamental para a estratégia de nacionalização da GWM. No sistema CKD, os veículos chegam ao país já pintados, com a nova estrutura, no entanto, a pintura e a montagem dos veículos serão feitas no Brasil, permitindo o cumprimento da meta de 40% de nacionalização necessária para benefícios fiscais.