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Brasil nos trilhos: R$ 138,6 bilhões para revolucionar o transporte e transformar a logística com Shortlines sustentáveis

Escrito por Flavia Marinho
Publicado em 05/07/2025 às 14:43
Brasil nos trilhos: R$ 138,6 bilhões para revolucionar o transporte e transformar a logística com Shortlines sustentáveis
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O Plano Nacional de Ferrovias investe R$ 138,6 bi para modernizar o Brasil, cortando emissões, reduzindo acidentes e trazendo um transporte mais eficiente!

O governo federal está apostando alto no Plano Nacional de Ferrovias, lançado em junho de 2025, para transformar esse cenário. Com investimentos bilionários e uma visão moderna, o plano quer revolucionar as ferrovias do país, reduzindo a dependência de rodovias e trazendo soluções como as shortlines, trilhos de curta distância que já fazem sucesso lá fora.

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Governo investe R$ 138 bilhões na expansão ferroviária com foco em projetos bem estruturados

São R$ 138,6 bilhões destinados a 15 projetos que somam 19 mil quilômetros de ferrovias pelo Brasil. A ideia é atacar em várias frentes: construção de novas linhas, modernização de trechos existentes e soluções para entraves regulatórios. Isso inclui facilitar o direito de passagem, agilizar licenciamentos ambientais e repactuar concessões. Até 2027, o governo planeja leiloar 4.700 km de trilhos para a iniciativa privada, com seis grandes certames já no radar.

Segundo Leonardo Ribeiro, secretário nacional de Transporte Ferroviário, o foco é claro: “Queremos projetos bem estruturados para garantir que os investimentos se tornem realidade”. Em evento da Associação Brasileira de Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib), ele destacou a criação de um banco de projetos ferroviários, que organiza iniciativas em diferentes estágios para assegurar viabilidade técnica e econômica. Nada de leilões mal planejados que emperram na execução!

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Ferrovias travadas e investimentos bilionários enfrentam entraves históricos no Brasil

No Brasil, projetos de ferrovias têm fama de “eternos”. “Nunca vimos uma construção ferroviária cumprir o cronograma”, dispara Marcus Quintella, diretor executivo da FGV Transportes, em entrevista ao portal Neofeed. Entre os gargalos, estão a falta de diversidade nas cargas transportadas, trilhos com bitolas diferentes que dificultam a integração e a chamada interoperabilidade, quando um trem não consegue cruzar uma linha concedida para chegar ao destino, como um porto.

System: mapeou 39 empreendimentos ferroviários com R$ 91,3 bilhões em investimentos, mas o plano de 2025 vai além, buscando soluções para esses problemas. A modernização do marco legal, inspirada em modelos internacionais, é um dos pilares para destravar o setor.

Shortlines a nova aposta ferroviária do Brasil trilhos curtos sustentabilidade e impactos logísticos

Uma das grandes apostas do plano é a adoção das shortlines, ferrovias de curta distância que conectam linhas principais a portos, indústrias ou centros logísticos. Nos EUA, existem 720 dessas linhas, e o Brasil quer seguir o exemplo. Um caso concreto é o Ramal Ferroviário Serra Azul, projeto de R$ 1,5 bilhão da Cedro Participações, que vai ligar Mateus Leme a São Joaquim de Bicas, em Minas Gerais, com 26,47 km de trilhos.

O ramal, conectado à Malha Regional Sudeste, terá acesso ao Porto de Itaguaí (RJ), transportando 24 milhões de toneladas de minério de ferro por ano. “Esse projeto vai tirar 5 mil caminhões por dia das estradas, reduzindo 40 mil toneladas de CO2 anualmente”, afirma Lucas Kallas, presidente do conselho da Cedro. A construção começa em 2027, com operações previstas para 2030, prometendo aliviar a BR-381, conhecida como “Rodovia da Morte”, e gerar 4 mil empregos diretos e indiretos.

Ferrovias ganham força como solução sustentável e ferramenta de descarbonização da logística nacional

O transporte ferroviário é peça-chave na descarbonização da economia. Comparado às rodovias, ele emite muito menos carbono, sendo estratégico para setores como mineração e agronegócio. Recentemente, Leonardo Ribeiro apresentou o plano a uma delegação da União Europeia, destacando oportunidades de parcerias técnicas e investimentos. “As shortlines aumentam a eficiência operacional e conectam o Brasil ao mundo de forma mais sustentável”, disse ele.

Outro exemplo é o ramal de celulose no Mato Grosso do Sul, que promete reduzir custos logísticos e emissões. Segundo a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), a participação das ferrovias na matriz de transporte do Brasil é de apenas 15%, contra 60% das rodovias. O plano quer dobrar essa fatia até 2035, alinhando o país a metas globais de sustentabilidade.

Desafios verdes e soluções para a expansão ferroviária entre licenciamento ambiental e financiamento

Além da unificação de bitolas e da interoperabilidade, o plano enfrenta desafios como o licenciamento ambiental. O governo está simplificando processos, mas com cuidado para minimizar impactos. O Ramal Serra Azul, por exemplo, foi projetado para interferir pouco em áreas povoadas, usando caminhos geográficos existentes e evitando grandes obras como túneis e viadutos.

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) apoia o plano, mas alerta: “A execução depende de financiamento e governança”. O banco de projetos ferroviários, segundo Ribeiro, é a resposta, garantindo estudos técnicos robustos antes dos leilões. “Não queremos repetir erros do passado, com projetos que não saem do papel”, reforça.

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Flavia Marinho

Flavia Marinho é Engenheira pós-graduada, com vasta experiência na indústria de construção naval onshore e offshore. Nos últimos anos, tem se dedicado a escrever artigos para sites de notícias nas áreas militar, segurança, indústria, petróleo e gás, energia, construção naval, geopolítica, empregos e cursos. Entre em contato com flaviacamil@gmail.com para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal. Não enviar currículo.

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