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Brasil já é o quinto maior produtor mundial de lixo eletrônico e especialistas alertam: celulares e computadores velhos viram ameaça invisível à saúde

Publicado em 01/10/2025 às 13:36
O Brasil já é destaque no lixo eletrônico: celulares e computadores sem destino correto expõem riscos e mostram a força da economia circular.
O Brasil já é destaque no lixo eletrônico: celulares e computadores sem destino correto expõem riscos e mostram a força da economia circular.
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Especialistas alertam que celulares e computadores obsoletos, quando descartados de forma incorreta, podem liberar substâncias tóxicas e agravar riscos ambientais e sociais.

O Brasil ocupa a posição de quinto maior produtor mundial de lixo eletrônico, acumulando milhões de toneladas de resíduos que raramente recebem tratamento adequado. Celulares, computadores e eletrodomésticos descartados sem controle acabam em lixões, contaminando o solo e a água, e criando uma ameaça invisível à saúde da população.

De acordo com Marcos Vinícius Pereira, para o portal TechTudo, a ausência de políticas públicas eficazes e a baixa conscientização da sociedade tornam esse cenário ainda mais crítico, exigindo soluções estruturais que vão além da simples reciclagem.

O impacto do lixo eletrônico no Brasil

Relatórios internacionais apontam que o Brasil gera mais resíduos eletrônicos do que a maior parte dos países do mundo, mas coleta e reaproveita apenas uma fração.

Grande parte desse material contém chumbo, mercúrio e outros metais pesados que, quando expostos ao meio ambiente, representam sérios riscos à saúde pública.

Segundo especialistas ouvidos pelo TechTudo, a questão não é apenas ambiental, mas também social.

Comunidades vulneráveis próximas a lixões ficam expostas a altos índices de contaminação, enquanto cadeias produtivas sustentáveis deixam de se consolidar por falta de estrutura e incentivo.

Economia circular como alternativa

Uma das principais soluções debatidas é a economia circular, modelo que propõe prolongar a vida útil dos produtos por meio de reparo, reuso e reaproveitamento.

Em vez de descartar rapidamente, os equipamentos devem ser projetados desde a fabricação para serem desmontados, reciclados e reinseridos no ciclo produtivo.

Para Karin Brüning, ambientalista citada pelo TechTudo, não basta apenas reciclar após o descarte: é necessário mudar a lógica de produção e consumo, repensando o design dos aparelhos e fortalecendo a logística reversa.

O papel das circular techs

Startups e empresas conhecidas como circular techs já atuam no Brasil conectando consumidores, fabricantes e recicladores.

Plataformas digitais permitem rastrear eletrônicos, separar componentes e ampliar o reaproveitamento, criando um ecossistema de inovação sustentável.

Marcus Oliveira, fundador da Circular Brain, defende que essas soluções precisam de escala nacional para gerar impacto real.

Segundo ele, o desafio é transformar iniciativas isoladas em um modelo que movimente toda a cadeia de valor, reduzindo custos para empresas e ampliando o acesso a tecnologias mais baratas para o consumidor.

Benefícios e desafios

A economia circular pode gerar empregos, movimentar bilhões de reais e democratizar o acesso a equipamentos de qualidade.

Além disso, reduz riscos à saúde pública, já que diminui a contaminação provocada pelo descarte incorreto.

Apesar disso, os obstáculos ainda são grandes. Falta infraestrutura de coleta em muitas cidades e campanhas de conscientização contínuas para engajar a população.

“Ainda prevalece a ideia de jogar no lixo comum”, alerta Brüning.

Caminhos internacionais e inspiração para o Brasil

A União Europeia é um exemplo de sucesso: fabricantes são obrigados a recolher parte dos produtos que colocam no mercado, criando uma rede sólida de reaproveitamento.

O Brasil pode se inspirar nesses modelos, adaptando-os à sua realidade, com foco em regulação, incentivos e fiscalização.

O papel do consumidor

A transformação não depende apenas de governos e empresas. O consumidor também tem responsabilidade direta nesse processo.

Doar aparelhos, optar por reparos ou entregá-los em pontos de coleta já ajuda a reduzir o impacto ambiental.

Aplicativos e plataformas digitais já permitem localizar pontos de descarte e até solicitar retirada em casa, tornando mais fácil o engajamento da sociedade.

O avanço do Brasil como maior produtor mundial de lixo eletrônico revela um problema que une meio ambiente, economia e saúde pública.

A economia circular surge como caminho viável, mas só ganhará força com engajamento coletivo e políticas eficazes.

E você, já deu destino correto a celulares ou computadores antigos? Acha que o consumidor brasileiro está preparado para assumir esse papel ou o peso deve recair sobre empresas e governo? Compartilhe sua opinião nos comentários.

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Maria Heloisa Barbosa Borges

Falo sobre construção, mineração, minas brasileiras, petróleo e grandes projetos ferroviários e de engenharia civil. Diariamente escrevo sobre curiosidades do mercado brasileiro.

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