O Brasil avança na transição energética com investimento milionário da Embrapii para impulsionar a produção de hidrogênio limpo, fortalecendo a inovação tecnológica e a competitividade da indústria brasileira
No dia 22 de outubro de 2025, o Governo Federal, por meio da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) e do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), lançou uma chamada pública para credenciar o novo Centro de Competência em Hidrogênio de Baixa Emissão de Carbono.
Objetivos estratégicos do centro de competência da Embrapii e MCTI
O projeto prevê um investimento milionário de R$ 60 milhões, oriundos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), com o objetivo de acelerar o desenvolvimento de tecnologias sustentáveis e fortalecer a indústria brasileira.
Este investimento representa um marco na transformação ecológica do país, alinhando-se ao Plano Novo Brasil e consolidando o Brasil como um dos líderes globais na economia do hidrogênio limpo.
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O novo centro terá como missão:
- Fomentar pesquisas aplicadas em hidrogênio limpo
- Aproximar a ciência da indústria brasileira
- Desenvolver soluções tecnológicas para descarbonização
- Impulsionar a inovação na transição energética
Segundo a Embrapii, a estrutura será voltada à criação de tecnologias nacionais que atendam às demandas industriais e ambientais, promovendo a competitividade do Brasil no cenário internacional.
Hidrogênio limpo como vetor da transição energética
O hidrogênio limpo, também conhecido como hidrogênio verde, é produzido a partir de fontes renováveis, como energia solar e eólica, sem emissão de gases de efeito estufa.
Ele é considerado um dos pilares da transição energética, especialmente em setores de difícil eletrificação, como siderurgia, transporte pesado e química industrial.
Estudos da Agência Internacional de Energia (IEA) indicam que o hidrogênio pode representar até 18% da demanda energética global até 2050, com potencial de reduzir em 6 gigatoneladas as emissões de CO₂ por ano.
O Brasil, com sua matriz energética majoritariamente renovável, possui vantagens competitivas para liderar esse mercado emergente.
Iniciativa da Embrapii e MCTI: impacto direto na indústria brasileira
A criação do centro de competência visa transformar a indústria brasileira, promovendo a adoção de tecnologias limpas e sustentáveis. O projeto também busca:
- Reduzir a dependência de combustíveis fósseis
- Estimular a capacitação técnica e científica
- Atrair investimentos privados e internacionais
- Gerar empregos qualificados em áreas estratégicas
Além disso, a iniciativa fortalece o ecossistema de inovação, conectando universidades, centros de pesquisa e empresas em projetos colaborativos.
Embrapii como articuladora da inovação tecnológica
A Embrapii tem se destacado como uma ponte entre a academia e o setor produtivo. Desde sua criação, já apoiou mais de 1.000 projetos de inovação, com investimentos superiores a R$ 1 bilhão.
Neste novo projeto, a Embrapii será responsável por:
- Selecionar instituições de pesquisa qualificadas
- Gerenciar os recursos do investimento milionário
- Monitorar os resultados e impactos tecnológicos
A credibilidade da Embrapii é um dos pilares do sucesso esperado para o centro de competência.
Governança e transparência no uso dos recursos
O aporte de R$ 60 milhões será distribuído ao longo de três anos, com metas claras de desempenho e impacto. O modelo de governança inclui:
- Comitê técnico com especialistas em energia e inovação
- Avaliação periódica dos projetos desenvolvidos
- Prestação de contas públicas e transparentes
Esse modelo garante que o investimento seja aplicado com responsabilidade e foco em resultados concretos.
Oportunidades para a indústria brasileira na economia do hidrogênio
Com o avanço do centro de competência, espera-se:
- Aumento da produção nacional de hidrogênio limpo
- Exportação de tecnologias e soluções sustentáveis
- Participação ativa do Brasil em acordos internacionais de energia
Segundo o relatório do Hydrogen Council, o mercado global de hidrogênio pode movimentar até US$ 2,5 trilhões até 2050, com geração de 30 milhões de empregos. O Brasil, ao investir estrategicamente, posiciona-se como um player relevante nesse cenário.
Transição energética e competitividade internacional
A transição energética é um dos maiores desafios globais do século XXI. Países que investem em fontes limpas e tecnologias inovadoras tendem a ganhar destaque econômico e geopolítico. O Brasil, ao apostar no hidrogênio limpo, fortalece sua posição como fornecedor confiável de energia sustentável.
Além disso, a iniciativa contribui para o cumprimento das metas climáticas assumidas pelo país no Acordo de Paris, reforçando o compromisso com a redução de emissões e a preservação ambiental.
Formação de talentos e capacitação técnica
Outro ponto relevante do projeto é o estímulo à formação de profissionais especializados. O centro de competência deverá atuar em parceria com universidades e institutos técnicos para:
- Oferecer cursos e treinamentos em tecnologias de hidrogênio
- Promover intercâmbio científico internacional
- Criar programas de pós-graduação voltados à inovação energética
Essa estratégia garante que o Brasil não apenas consuma tecnologia, mas também a desenvolva e exporte. O investimento anunciado também dialoga com outras políticas públicas, como:
- O Plano Nacional de Hidrogênio
- A Estratégia Nacional de Inovação
- O Programa de Desenvolvimento Industrial Sustentável
Essa integração fortalece a coerência das ações governamentais e amplia os impactos positivos sobre a economia e o meio ambiente.
Caminhos para um futuro energético sustentável
O investimento milionário anunciado em 22 de outubro de 2025 marca um divisor de águas na política energética brasileira. Ao apostar no hidrogênio limpo como vetor da transição energética, o país fortalece sua indústria, promove inovação tecnológica e contribui para a sustentabilidade global.
A atuação da Embrapii, aliada ao compromisso do governo, cria um ambiente propício para o desenvolvimento de soluções que transformarão a matriz energética nacional. Este é um momento histórico para a indústria brasileira e para todos que acreditam em um futuro mais limpo, eficiente e inovador.