1. Início
  2. / Energia Renovável
  3. / Brasil ganha a primeira fábrica de cimento do mundo que opera usando hidrogênio verde
Tempo de leitura 3 min de leitura Comentários 0 comentários

Brasil ganha a primeira fábrica de cimento do mundo que opera usando hidrogênio verde

Escrito por Valdemar Medeiros
Publicado em 28/08/2024 às 07:26
Brasil ganha a primeira fábrica de cimento do mundo que opera usando hidrogênio verde
O contrato para produção e consumo de hidrogênio verde foi assinado nesta quinta-feira (22) – Foto: Carmem Felix

O Rio Grande do Norte dá um importante passo no setor de energias renováveis ao inaugurar a primeira fábrica de cimento do Brasil que utiliza hidrogênio verde.

O Rio Grande do Norte se destaca como o primeiro estado do Brasil a adotar o hidrogênio verde como combustível na produção de cimento, substituindo os tradicionais derivados de petróleo. Esta iniciativa pioneira é resultado de uma parceria estratégica entre o Governo do Estado, a CPFL Energia (parte do Grupo chinês State Grid) e a Mizu Cimentos. A moderna fábrica de cimento, localizada em Baraúna, a 317 km de Natal, marca um importante avanço na indústria brasileira ao combinar inovação tecnológica com sustentabilidade, reforçando o compromisso do estado com a transição para fontes de energia mais limpas e renováveis.

Com essa ação, o Rio Grande do Norte consolida sua posição como líder na revolução verde no setor industrial do país.

Entenda o contrato na fábrica de cimento com hidrogênio verde

O contrato para produção e consumo de hidrogênio verde foi assinado no dia 22 de agosto de 2024, no auditório da Governadoria, em Natal, pela governadora Fátima Bezerra, pelo CEO da CPFL Energia, Gustavo Estrela, e pelo CEO da Mizu (empresa do grupo Polimix), Roberto de Oliveira. Também assinaram o secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico do RN, Silvio Torquato e o secretário adjunto, Hugo Fonseca.

Segundo a governadora, a empresa está escrevendo um novo capítulo em sua história. Com a nova fábrica de cimento com hidrogênio verde, a empresa está dando um exemplo claro de que a industrialização do Nordeste e reindustrialização do Brasil é possível.

Este contrato é um passo firme rumo ao futuro e fortalece setores estratégicos da economia. Além disso, reforça o RN como uma referência em energias renováveis e nos processos para a descarbonização do mundo.

A chefe do Executivo do RN ainda destacou a sinergia entre o setor público e privado, e afirma que foi consolidada uma parceria que é fruto de um memorando de intenções assinado no último ano, que incentiva o desenvolvimento com sustentabilidade, com diálogo junto às comunidades.

Fábrica de cimento com hidrogênio verde usará 250 toneladas de combustível

Em Baraúna, a Mizu emprega 370 pessoas e gera 1.500 empregos indiretos. A CPFL Energia é o terceiro maior produtor de energia no Estado e instalou um sistema de abastecimento de água com dessalinizador que atende 3 mil pessoas na comunidade do Amarelão, em João Câmara. A unidade de produção de hidrogênio verde para atender a fábrica da Mizu terá capacidade de 1 MW e vai ofertar 250 toneladas do combustível por ano.

Segundo Gustavo Estrella, foi identificado a indústria do cimento como essencial, e, com apoio do Governo do Estado, foi decidido o investimento de R$ 43 milhões em uma usina de hidrogênio.

Já o Diretor de Estratégia e Inovação da CPFL, Bruno Monte, considerou o contrato um grande avanço rumo à transição energética. A CPFL também foi representada pelo presidente do conselho de administração, Daobiao Chen. A planta-piloto deve entrar em operação até 2027.

Mizu conta com uma estrutura gigante no RN

Para Hugo Fonseca, secretário adjunto de Desenvolvimento Econômico do RN, o contrato fortalece laços comerciais e mútua cooperação. E é exemplo de como setores público e privado podem promover o desenvolvimento e o crescimento da economia.

Pelo seu potencial, o RN tem condições de liderar a produção de hidrogênio verde, sendo referência para o Brasil. Há certeza que está sendo trilhado o caminho certo para o desenvolvimento econômico e social sustentável.

Roberto de Oliveira, CEO da Mizu, informou que a estrutura da empresa no RN é composta por cinco unidades de produção de concreto, uma usina eólica de 100 MW e a fábrica de cimento com hidrogênio verde em Baraúna. A Cônsul geral da China, sediada em Recife, Lan Heping, lembrou que este ano são comemorados os 50 anos do estabelecimento de relações diplomáticas entre o Brasil e a China e parabenizou o Governo do RN pela formalização do contrato.

Inscreva-se
Notificar de
guest
0 Comentários
Mais antigos
Mais recente Mais votado
Feedbacks
Visualizar todos comentários
Valdemar Medeiros

Jornalista em formação, especialista na criação de conteúdos com foco em ações de SEO. Escreve sobre Indústria Automotiva, Energias Renováveis e Ciência e Tecnologia

Compartilhar em aplicativos
0
Adoraríamos sua opnião sobre esse assunto, comente!x