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Brasil em sinal de alerta: EUA podem enviar caças F-35 e navios militares ao país, diz Eduardo Bolsonaro; ‘Eu prefiro a guerra’, afirma ao explicar motivo que faria força americana a ‘agir’

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 12/09/2025 às 20:07
Eduardo Bolsonaro fala em caças F-35 e navios dos EUA no Brasil após condenação de Jair Bolsonaro no STF. Tensão cresce.
Eduardo Bolsonaro fala em caças F-35 e navios dos EUA no Brasil após condenação de Jair Bolsonaro no STF. Tensão cresce.
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Deputado Eduardo Bolsonaro fala em possível envio de caças F-35 e navios de guerra ao Brasil pelos Estados Unidos após condenação de Jair Bolsonaro no STF. Declarações incluem ameaças a Moraes e defesa de intervenção militar.

O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou nesta sexta-feira (12) que os Estados Unidos poderiam enviar caças F-35 e navios de guerra ao Brasil em caso de ruptura institucional.

A declaração foi dada ao site Metrópoles logo após o Supremo Tribunal Federal (STF) condenar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a 27 anos e 3 meses de prisão por tentativa de golpe de Estado.

Julgamento e reação imediata

No dia 11 de setembro, a Primeira Turma do STF concluiu o julgamento de Jair Bolsonaro e outros sete réus apontados como integrantes do núcleo central da tentativa de golpe.

O relator do processo, ministro Alexandre de Moraes, destacou em seu voto as provas apresentadas. Eduardo Bolsonaro reagiu afirmando que o Brasil corre risco de “mudança de regime”.

Segundo ele, se o país seguir um caminho semelhante ao da Venezuela, poderá ocorrer intervenção externa. “Pode perfeitamente, no futuro, ser necessária a vinda de caças F-35 e de navios de guerra”, declarou.

Defesa da guerra como opção

Ao ser questionado se apoiaria uma intervenção militar estrangeira no Brasil, o deputado respondeu de forma enfática: “Eu acho que vale a pena pela pauta da liberdade. Você aceitaria ser escravo para evitar uma guerra? Eu quero a guerra”.

Ele também fez referência ao ex-primeiro-ministro britânico Winston Churchill, citando o episódio em que Churchill alertou sobre o acordo de apaziguamento assinado por Neville Chamberlain com Adolf Hitler.

“Churchill disse que poderia escolher entre a desonra e a guerra. Chamberlain escolheu a desonra e, depois, veio a guerra. Eu não quero a desonra”, afirmou Eduardo.

Relações com os Estados Unidos

YouTube Video

O parlamentar mencionou falas da porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, que afirmou que o presidente Donald Trump está disposto a adotar medidas econômicas ou militares para defender a liberdade de expressão globalmente.

Para Eduardo, essa disposição inclui o Brasil. “Você não consegue consertar mais aquilo com remédios diplomáticos como as sanções”, disse, ao comentar que medidas econômicas já vêm sendo aplicadas pelos Estados Unidos.

Ele citou a cassação de vistos de autoridades brasileiras e a imposição de tarifas de 50% a produtos do Brasil, apresentadas como exemplos de pressão política.

Ameaças contra Moraes

No dia 7 de setembro, durante manifestações em Curitiba e Porto Alegre, Eduardo publicou um vídeo em que mencionou diretamente o ministro Alexandre de Moraes e sua família.

“Moraes, você, a sua mulher, e depois dela, os seus filhos, eu vou atrás de cada um de vocês”, disse no registro transmitido em sua conta oficial no X (antigo Twitter).

Na legenda, o deputado escreveu que poderia ter se “excedido”, mas justificou o tom: “Só um homem agressivo pode ser pacífico, do contrário a única opção é ser cordeiro”.

Ausência prolongada do país

Eduardo Bolsonaro está nos Estados Unidos desde fevereiro de 2025.

Ele declarou que só pretende retornar caso o pai seja libertado e ocorra o impeachment do ministro Alexandre de Moraes.

Entretanto, o parlamentar enfrenta questionamentos na Câmara dos Deputados devido ao número de faltas registradas.

O regimento prevê possibilidade de sanção ou até de perda do mandato em situações de ausência não justificada.

Marco Rubio e resposta do Itamaraty

A condenação de Jair Bolsonaro repercutiu nos Estados Unidos. O secretário de Estado, Marco Rubio, disse que as decisões do STF representam “perseguição política” e que os Estados Unidos “responderão de forma adequada a essa caça às bruxas”.

O Itamaraty respondeu em nota oficial divulgada no X.

“Ameaças como a feita hoje pelo secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, em manifestação que ataca autoridade brasileira e ignora os fatos e as provas dos autos, não intimidarão a democracia brasileira”, afirmou o ministério.

Impactos diplomáticos

As declarações de Eduardo e as manifestações de autoridades norte-americanas elevaram a tensão diplomática.

O Brasil e os Estados Unidos mantêm relação histórica de parceria, mas medidas recentes, como a aplicação de tarifas e a adoção de sanções no âmbito da Lei Magnitsky, ampliaram o clima de instabilidade.

Advogados de Jair Bolsonaro consideraram a pena “excessiva” e anunciaram recursos.

Já Eduardo afirmou que continuará articulando novas sanções contra autoridades brasileiras, citando a possibilidade de levar a ofensiva também à Europa.

Projeções para 2026

Eduardo condicionou a hipótese de envio de caças F-35 e navios militares a um cenário em que as eleições de 2026 não sejam vistas como transparentes.

Para ele, a ausência de ampla participação da oposição e a presença de censura poderiam justificar medidas externas.

Não houve, até o momento, anúncio oficial por parte do governo norte-americano sobre envio de forças ao Brasil.

As declarações de Eduardo refletem sua interpretação política das falas recentes da Casa Branca.

Com a condenação de Jair Bolsonaro e a intensificação de discursos em torno de intervenção e sanções, o ambiente político permanece incerto.

Diante dessa conjuntura, para você, qual será o impacto da relação entre Brasil e Estados Unidos sobre a condução do processo eleitoral de 2026?

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Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa, passagens por canais de TV aberta e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Registro profissional: 0087134/SP. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: alisson.hficher@outlook.com. Não aceitamos currículos!

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