Brasil e China planejam assinar acordo para estabelecer fundo ambiental. Presidente Lula adia visita ao país devido a pneumonia leve.
A viagem do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à China, que aconteceria nesta semana, poderia contribuir impulsionando as negociações pelo desenvolvimento de um fundo bilateral para investimentos em projetos de tecnologia sustentáveis, com foco em energia limpa, nos dois países.
Brasil e China podem desenvolver fundo ambiental
A discussão sobre o fundo ambiental surgiu há alguns meses e pode ser alavancada com a presença da comitiva brasileira em Pequim. Ainda assim, o anúncio formal da criação do mecanismo não deve ser feito durante a visita do presidente.
Segundo Celso Amorim, assessor especial da Presidência da República, a modalidade do fundo ambiental entre Brasil e China ainda não está determinada. Entretanto, segundo informações que a mídia apurou, o fundo deve ter aportes públicos e privados.
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O novo mecanismo também não deve se sobrepor ao Fundo Amazônia, desenvolvido em 2008 e que conta com o financiamento da Alemanha e da Noruega em iniciativas ambientais, como combate ao desmatamento.
A questão ambiental e climática é um dos principais assuntos que o governo brasileiro planeja tratar nas discussões com as autoridades da China. Para o Brasil, o país asiático pode ser um parceiro estratégico, por exemplo, na negociação de créditos de carbono e no uso de uma tecnologia sustentável. Marina Silva, ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, acompanharia o presidente Lula em sua viagem, devendo participar da agenda oficial do presidente em Pequim, capital da China, nos dias 28 e 29 de março.
Presidente adia viagem à China
Carlos Fávaro, ministro da Agricultura e Pecuária, afirmou no último domingo (26) que a assinatura dos acordos fechados entre Brasil e China será adiada até que o presidente viaje à China. Lula precisou cancelar sua ida ao país para tratar de uma pneumonia. Ainda não foi definida uma nova data para a viagem. Durante uma entrevista, Fávaro afirma que há uma gama de assinaturas que trará uma melhor competitividade e oportunidade ao povo brasileiro. E serão todas realizadas ao lado da presença do presidente Lula.
O ministro da Agricultura decidiu manter as agendas no país e o mesmo acrescentou que o adiantamento das assinaturas entre Brasil e China não prejudicará as negociações ou a implementação de parcerias. Os países contam com aproximadamente 20 acordos prontos para assinatura.
Os mesmos abrangem várias áreas como saúde, educação, agricultura, finanças, indústria, tecnologia e ciência. Além do fundo ambiental, um dos acordos que devem ser assinados é referente ao Cbers-6 – primeiro satélite sino-brasileiro para monitoramento da superfície da Terra, com foco em florestas.
Brasil e China fecharão acordos para 6G, IAs e chips
Futuramente, o Brasil deve assinar um acordo de cooperação com a China que incluirá medidas ligadas à produção de chips, implantação do 6G e até projetos com inteligência artificial, tecnologias essenciais na corrida tecnológica com os EUA. Segundo informações, temas como geração de energia solar, computação em nuvem, proteção de dados, internet das coisas e supercondutores também devem entrar nos assuntos a serem discutidos. Os documentos devem ser fechados durante a visita do presidente à China.
Assim que Lula desembarcar, deve cumprir uma agenda cheia de compromissos na área de tecnologia. Primeiro, deve visitar a gigante de tecnologia Huawei, uma das pioneiras nesta nova tecnologia.
Em seguida, se reunirá com executivos da BYD, montadora concorrente da Tesla na área de carros elétricos, e que está realizando negociações para comprar a fábrica da Ford em Camaçari, na Bahia. Além disso, também conversará com empresários da State Grid, do setor de energia, e da construtora China Communications Construction Company (CCC), uma das principais participantes da Iniciativa Cinturão e Rota da China.