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Brasil e China dão as mãos para cruzar a América do Sul com megaferrovia bilionária: o projeto não é simples, mas é grandioso

Escrito por Roberta Souza
Publicado em 11/07/2025 às 18:41
China - ferrovia - bioceânica
Foto: IA
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Uma ferrovia que liga o Atlântico ao Pacífico pode mudar tudo. E começa aqui, no Brasil.

Você já pensou em embarcar uma carga de soja na Bahia e vê-la chegar ao Pacífico sem depender do Canal do Panamá? Pois é isso que está em jogo. Brasil e China acabam de assinar um acordo que pode dar origem à maior ferrovia transcontinental chamada bioceânica da história da América do Sul: um corredor logístico entre Ilhéus (BA) e o porto de Chancay (Peru), conectando os oceanos Atlântico e Pacífico por trilhos.

O projeto não é simples — mas é grandioso. Ele está nas mãos da Infra S.A., empresa do Ministério dos Transportes, em parceria com a China Railway Group Limited, a maior estatal ferroviária do mundo. O que está em curso agora é a realização de estudos técnicos, ambientais e econômicos. Se aprovado, o trajeto cortará cinco estados brasileiros, subirá os Andes e conectará o país ao mercado asiático como nunca antes.

Fonte: Agência Brasil

28 dias em vez de 40: o tempo é dinheiro — e a China sabe disso

Hoje, exportar soja ou minério para a Ásia leva, em média, 40 dias via Canal do Panamá. A nova ferrovia promete reduzir esse prazo para até 28 dias, uma economia de quase duas semanas! E não estamos falando apenas de tempo. Menos tempo significa menos custo logístico, mais competitividade e mais dinheiro no bolso de quem exporta.

A ferrovia atravessará os estados da Bahia, Goiás, Mato Grosso, Rondônia e Acre, conectando-se a trechos já em construção, como a Fiol e a Fico, e seguiria até o litoral peruano, onde o moderno Porto de Chancay, com forte presença chinesa, já está pronto para receber cargas de grande escala. E o Brasil? Ainda não é membro oficial da Nova Rota da Seda, mas na prática, já está embarcando nessa agenda.

Foto: reprodução google imagens

Um desafio de bilhões — com retorno geopolítico e estratégico

Não se iluda: cruzar os Andes com trilhos é coisa de engenharia de ponta. Os desafios são gigantes: clima, altitude, impacto ambiental, infraestrutura e, claro, custo. O orçamento ainda não foi divulgado, mas a estimativa é de que os estudos durem até cinco anos. A execução? Vai depender de quanto interesse, investimento e pressão política houver.

O que está em jogo não é só uma ferrovia. É uma nova forma de o Brasil dialogar com o mundo. Hoje, somos excessivamente dependentes da logística marítima. Com essa ferrovia, poderíamos virar o jogo — criando uma alternativa estratégica e nos posicionando como elo central entre a Ásia e a América do Sul.

Fonte: G1

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Leocampos
Leocampos
12/07/2025 04:34

Se for na gestão peti sta, vai ser igual a transposição do São Francisco só desvio de dinheiro até secar o recursos e vim um com serenidade e terminar a obra

Roberta Souza

Engenheira de Petróleo, pós-graduada em Comissionamento de Unidades Industriais, especialista em Corrosão Industrial. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal. Não recebemos currículos

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