O Brasil possui quase todas as reservas de nióbio do planeta, metal raro e essencial para setores estratégicos. Entenda a importância econômica, as aplicações industriais e os desafios da exploração.
O nióbio tem ganhado destaque no cenário internacional, e o Brasil é o grande protagonista dessa história, conforme apontado pelo Correio do Estado nesta sexta-feira, 19/09. Com aproximadamente 98% das reservas globais, o país se tornou peça-chave na distribuição mundial do metal, que já é considerado mais valioso que o próprio pré-sal em termos estratégicos.
Reservas brasileiras e sua dimensão mundial
Minas Gerais e a Amazônia abrigam as maiores jazidas de nióbio do país. Araxá (MG) desponta como uma das maiores minas em operação do mundo, garantindo suprimento de longo prazo.
Estimativas indicam que o Brasil possui mais de 800 bilhões de toneladas de minério, quantidade suficiente para abastecer o mercado por séculos. Já Goiás responde por cerca de 3% das reservas nacionais, reforçando o protagonismo brasileiro.
-
Mineradora é liberada para retirar 3,6 milhões de litros de água por dia em rio brasileiro sem fiscalização e é acusada de apartheid hídrico e uso de água com resíduos tóxicos
-
Histórico: Mineradora australiana anuncia descoberta de enorme depósito de terras raras e nióbio no Brasil
-
Cientistas desvendam mistério milenar do ouro e revelam descoberta que pode mudar a mineração global
-
Brasil esconde tesouro mineral bilionário pronto para transformar o cenário da economia atual
A resistência à corrosão e às altas temperaturas faz do nióbio um recurso indispensável para setores industriais. Utilizado principalmente em ligas de aço, ele confere leveza, durabilidade e maleabilidade a diferentes produtos.
A versatilidade do metal também se estende a áreas como a aeronáutica, eletrônica, medicina e tecnologia de supercondutores, tornando-o insubstituível em projetos de alta performance.
Comparação com o pré-sal e outros produtores
Enquanto o pré-sal é considerado uma das maiores riquezas energéticas do Brasil, o nióbio desponta como recurso ainda mais estratégico para o futuro.
Além do Brasil, países como Canadá, Austrália, Ruanda, Nigéria, Moçambique e Etiópia possuem reservas, mas em volumes muito inferiores. Essa disparidade reforça a posição brasileira como centro de referência global.
Apesar do potencial econômico, a mineração do nióbio enfrenta obstáculos. Muitas jazidas estão localizadas em áreas sensíveis, como territórios indígenas e regiões de preservação ambiental.
Por isso, empresas precisam atender a exigências legais, como relatórios de impacto, licenças específicas e cumprimento de normas tributárias. Assim, a exploração do recurso exige equilíbrio entre desenvolvimento econômico e responsabilidade socioambiental.