Brasil bate recorde de exportações ao Canadá em 2025. Alta de 25% nas vendas externas leva comércio bilateral ao maior patamar da história
Segundo dados da Câmara de Comércio Brasil-Canadá (CCBC), o Brasil bate recorde de exportações ao Canadá no primeiro semestre de 2025, alcançando US$ 3,4 bilhões — um salto de 25% em relação aos US$ 2,7 bilhões do mesmo período de 2024. Trata-se do maior valor já registrado na relação comercial entre os dois países.
Mesmo com a valorização do real frente ao dólar norte-americano, os produtos brasileiros mantiveram competitividade e seguiram mais acessíveis ao mercado canadense. Para especialistas, o cenário foi impulsionado também pela busca de mercados alternativos diante da ameaça de tarifas nos Estados Unidos.
Comércio bilateral em expansão
O crescimento das exportações foi acompanhado por uma queda de 2% nas importações brasileiras de produtos canadenses, que passaram de US$ 1,4 bilhão para US$ 1,37 bilhão. Com isso, o saldo comercial do Brasil ficou positivo em mais de US$ 2 bilhões.
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A corrente de comércio — soma de exportações e importações — aumentou 16%, consolidando o Canadá como um parceiro estratégico. A participação canadense nas exportações brasileiras subiu de 1,6% para 2,1% em um ano, sinalizando maior interesse e demanda por produtos brasileiros.
Principais produtos exportados
O destaque nas vendas foi o bulhão dourado (ouro bruto), que sozinho rendeu US$ 1,35 bilhão no semestre, quase o dobro do registrado em 2024. Além do ouro, outros setores puxaram o resultado:
- Mineração: ferro, minério de cobre e níquel
- Agronegócio: açúcar, café verde e carnes
- Indústria de transformação: óxido de alumínio, aeronaves e maquinário
Em especial, as vendas de açúcar, café e carne suína tiveram aumento expressivo e contribuíram para que o Brasil batesse recorde de exportações ao Canadá.
O que o Brasil importa do Canadá
Apesar da queda no volume total, o Canadá segue como fornecedor de itens estratégicos para a indústria e infraestrutura brasileira. Entre os principais produtos importados estão:
- Cloretos de potássio: US$ 633,3 milhões (-0,4%)
- Betume de petróleo: US$ 7,5 milhões (+165%)
- Turborreatores: US$ 77,6 milhões (+47%)
- Medicamentos: US$ 34,2 milhões (+45%)
- Ferro-nióbio: US$ 10,8 milhões (+128%)
Esses itens abastecem setores como mineração, óleo e gás, e produção de bens de alto valor agregado.
Perspectivas para o segundo semestre
De acordo com a CCBC, a tendência é de continuidade no crescimento das exportações brasileiras ao Canadá. A diversificação de produtos e a estabilidade nas relações comerciais reforçam a possibilidade de novos recordes até o fim do ano.
Especialistas apontam que a consolidação dessa parceria pode reduzir a dependência de mercados voláteis e abrir espaço para novos acordos bilaterais em setores de tecnologia e energia limpa.
E você? Acredita que esse recorde nas exportações ao Canadá será mantido nos próximos anos? Quais setores brasileiros podem se beneficiar mais dessa parceria? Deixe sua opinião nos comentários.