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Brasil avança com Link-BR2, o sistema militar que promete revolucionar a segurança aérea com comunicação criptografada e alta tecnologia – saiba mais sobre o projeto que coloca o país na vanguarda

Escrito por Ana Alice
Publicado em 30/10/2024 às 15:42
Brasil avança no Link-BR2, sistema criptografado que garante comunicação sigilosa entre aeronaves e bases militares com cibersegurança. (Imagem: Reprodução/Canva)
Brasil avança no Link-BR2, sistema criptografado que garante comunicação sigilosa entre aeronaves e bases militares com cibersegurança. (Imagem: Reprodução/Canva)

Enquanto a tecnologia de segurança cibernética cresce em todo o mundo, o Brasil tem intensificado sua atuação no setor de defesa, especialmente com o desenvolvimento do Link-BR2.

Esse projeto ambicioso da Força Aérea Brasileira (FAB) é coordenado pela AEL Sistemas em colaboração com a Kryptus e promete transformar a segurança das comunicações entre aeronaves e bases de solo militares no país.

Além de reforçar a defesa nacional, o sistema utiliza criptografia e cibersegurança de ponta, um passo que coloca o Brasil na rota de excelência em tecnologia militar.

Com testes concluídos e integração em fase final, o Link-BR2 já está em operação com as aeronaves F-5M, mas será expandido em breve para novas plataformas militares, elevando o nível de segurança das operações táticas brasileiras. Veja como o Brasil está investindo em sua soberania tecnológica e garantindo a proteção da informação.

Desenvolvido pela AEL Sistemas e em operação desde 2020, o Link-BR2 é um sistema de enlace de dados táticos projetado para realizar comunicação criptografada em tempo real entre aeronaves e estações de solo da FAB.

Em 2024, o sistema avançou para uma nova fase de testes, que incluiu a integração de soluções aeroembarcadas de cibersegurança e criptografia desenvolvidas pela Kryptus, especialista em segurança digital.

De acordo com a FAB, o Link-BR2 permite que informações táticas sigilosas sejam trocadas em tempo real, com segurança e autenticidade garantidas, sendo fundamental para a coordenação em operações militares.

Fernando Farias, gerente de projeto da Kryptus, afirma que a criptografia ativa nos rádios das aeronaves é um dos marcos mais importantes para assegurar a certificação final do sistema.

“A Kryptus desenvolveu protocolos de comunicação e segurança que vão desde a proteção dos terminais em solo até a criptografia embutida nos rádios, garantindo a transmissão segura das informações”, explica Farias.

Kryptus e AEL Sistemas: parceria estratégica pela defesa cibernética

Com mais de 40 anos de experiência, a AEL Sistemas é uma empresa brasileira que atua no desenvolvimento e fabricação de sistemas eletrônicos para uso militar, incluindo o Link-BR2.

Já a Kryptus é reconhecida por seu papel na proteção cibernética de dados sigilosos e por suas tecnologias inovadoras, sendo a desenvolvedora do Typhon, o primeiro sistema de defesa cibernética autônomo do país.

Segundo Ismail Rodrigo Müller, gerente de programas da AEL Sistemas, a parceria entre AEL e Kryptus é um pilar de suporte ao desenvolvimento tecnológico do Brasil: “A Kryptus nos fornece tecnologia de ponta em cibersegurança, desde o design até a validação das placas criptográficas e implementação nos rádios e sistemas de solo”, ressalta.

Principais funcionalidades do sistema de segurança

O sistema de segurança cibernética do Link-BR2 é composto por diversos elementos que garantem a confidencialidade, integridade e autenticidade das informações. Algumas das tecnologias implementadas pela Kryptus são:

1. Criptocomputador: componente essencial do Projeto IFF Modo 4 Nacional (IFFM4BR), garante interoperabilidade entre diferentes plataformas de combate (aéreas, terrestres e marítimas), com segurança.

2. Sistema de credenciamento, autenticação e autorização: apenas usuários e terminais autorizados podem acessar a rede Link-BR2, uma camada de segurança que protege as comunicações táticas.

3. Segurança do sistema operacional e redes: barreiras robustas de proteção contra ciberataques asseguram a segurança das operações militares.

4. Distribuição segura de chaves e arquivos: chaves criptográficas e arquivos são distribuídos com alta segurança para manter a integridade e a confidencialidade dos dados.

5. kNET HSM e KeyGuardian: essas ferramentas protegem as autoridades certificadoras e criam chaves criptográficas impossíveis de decifrar, elevando a proteção das comunicações.

Conforme explica Farias, esses elementos asseguram uma camada de proteção extra para o sistema e garantem a execução eficaz das operações militares da FAB.

Fase final de testes e novos desenvolvimentos

Com a integração final próxima de ser concluída, o projeto Link-BR2 passará a contemplar novas plataformas de combate e defesa.

De acordo com o portal Poder Aéreo, uma das metas é expandir o uso do Link-BR2 para os novos caças F-39 Gripen e para as demais forças de defesa do Brasil, como o Exército e a Marinha.

Conversas com a Marinha já estão avançadas, enquanto o Exército também tem interesse em adotar o sistema como padrão de datalink tático brasileiro.

Para Fernando Farias, o Link-BR2 representa um marco para o Brasil: “Quando atingir sua maturidade, será um dos sistemas de enlace de dados mais seguros e avançados do mundo, colocando o Brasil na vanguarda tecnológica de defesa”.

Segundo ele, a tecnologia totalmente nacional é uma demonstração de compromisso com a soberania do país.

A Kryptus e sua trajetória de inovação

Fundada em Campinas (SP) em 2003, a Kryptus é reconhecida como Empresa Estratégica de Defesa (EED) pelo Ministério da Defesa e fornece soluções de segurança cibernética para o setor público e privado.

A empresa é conhecida por sua atuação global e por projetos de defesa cibernética como o Typhon, voltado para proteção de redes militares e infraestrutura crítica. Em 2024, a Kryptus foi mais uma vez recomendada como fornecedora estratégica de segurança digital e criptografia.

O papel da AEL Sistemas no setor de defesa brasileiro

Também conhecida pela atuação em defesa e espaço, a AEL Sistemas desenvolve sistemas de comando e controle para as Forças Armadas do Brasil, como o Link-BR2, o STERNA e o SIC2MB.

Com sua sede no Rio Grande do Sul, a AEL é vista hoje como uma referência em tecnologia de defesa no Brasil e segue em parceria com a FAB em projetos de alta complexidade e relevância estratégica.

A empresa contribui para o desenvolvimento de tecnologias essenciais para o sistema de segurança nacional e apoia a FAB na implementação de soluções robustas para comunicações militares.

O projeto Link-BR2 traz benefícios que vão além da segurança digital, pois marca o avanço da soberania tecnológica e fortalece a capacidade militar brasileira.

Você acredita que o Brasil está pronto para liderar no campo da cibersegurança militar? Deixe sua opinião!

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