Com PIB combinado de US$ 4,3 trilhões, novo acordo do Brasil com a EFTA projeta salto nas exportações; Lula quer repetir o feito com a União Europeia ainda em 2025
Quem achava que o Mercosul estava parado no tempo, se enganou feio. Nesta quarta-feira, em plena cúpula realizada em Buenos Aires, os chanceleres do bloco deram um golpe de mestre ao anunciar um acordo de livre comércio com o EFTA, grupo europeu formado por Islândia, Noruega, Suíça e Liechtenstein. E como se não bastasse, todas as atenções agora se voltam para esta quinta-feira, quando o presidente argentino Javier Milei passará a presidência temporária do bloco para Lula, líder do Brasil.
Um pacto que ninguém esperava
O anúncio foi feito no icônico Palácio San Martín, sede da Chancelaria argentina. De acordo com o chanceler argentino Gerardo Werthein, o novo acordo cria uma zona de livre comércio gigantesca, impactando cerca de 300 milhões de pessoas e movimentando um PIB consolidado de mais de US$ 4,3 trilhões.
“Os dois lados saem ganhando: mais de 97% das exportações terão melhor acesso, o que se traduz em mais negócios, mais empregos e mais oportunidades para as pequenas e médias empresas”, explicou Werthein em coletiva. Esse passo estratégico fortalece a presença do Mercosul na Europa, em um momento em que as negociações com a União Europeia seguem travadas.
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Para entender o contexto atual e a composição da EFTA, você pode visitar o site oficial que detalha como funciona este bloco e suas vantagens para parceiros externos.
Lula assume o comando mirando a UE
Nesta quinta-feira, Lula assume oficialmente a presidência pro tempore do Mercosul, e chega cheio de ambição. “Vamos assinar o maior acordo comercial da história com a União Europeia”, declarou recentemente em Brasília.
O acordo Mercosul-UE já se arrasta há 25 anos, marcado por idas e vindas. As preocupações ambientais, sobretudo vindas da França e Alemanha, ainda bloqueiam um desfecho. Para Lula, destravar esse acordo seria um trunfo político e econômico, consolidando o Brasil como liderança regional em meio a um cenário internacional conturbado.
Flexibilidade extra para exportar mais
Outro ponto importante decidido na cúpula foi a ampliação das exceções à Tarifa Externa Comum (TEC). Cada país poderá adicionar até 50 novos produtos à lista de exceções, medida inicialmente proposta pela Argentina para aliviar a pressão que as indústrias nacionais sofrem devido às tarifas dos EUA e outros mercados.
Atualmente, Brasil e Argentina já têm direito a cerca de 100 exceções, enquanto Uruguai e Paraguai contam com cerca de 400. Com o novo acordo, todos os membros poderão ampliar essa lista em 50 itens, dando fôlego extra para competir globalmente.
Para o economista argentino Marcelo Elizondo, especialista em comércio exterior, “essas exceções permitem ao Mercosul ser mais ágil e competitivo. Sem elas, muitas exportações se tornariam inviáveis devido aos altos custos”.
Milei e Lula: rivais ou parceiros?
A transição de Milei para Lula não é apenas um protocolo: os dois tiveram fortes desentendimentos durante a eleição argentina em 2023. Agora, porém, são obrigados a sentar na mesma mesa para defender os interesses regionais.
Milei prega um modelo liberal e mais aberto ao mercado, enquanto Lula defende um Mercosul fortalecido e com maior proteção interna. O equilíbrio entre essas visões vai definir os próximos passos do bloco e a posição da América do Sul no mundo.
E aí, o que você acha?
Você acha que o acordo com o EFTA vai abrir um novo capítulo para o Mercosul? Lula vai conseguir destravar o tratado com a UE? Deixa sua opinião nos comentários.
Mercosul? Com essas medidas o chocolate suiço vai ter imposto zerado no Brasil, de acordo com as manchetes locais. É para isso que serve o inútil Mercosul, ignorado pelos ricos que não tem o chocolate como principal produto de exportação. Será que os relógios suiços também terão tarifa zero? O Brasil deveria aproveitar e seguir a ALCA para importar bananadas do Caribe e rum de Cuba. A banânia é mesmo uma piada e o Mercosul seu maior expoente!