Brasil avança na construção do Telescópio Gigante de Magalhães e apresenta tecnologias astronômicas desenvolvidas por pesquisadores nacionais!
O Brasil deu mais um passo importante na astronomia internacional com a divulgação de um novo episódio da série “Mirando as Estrelas”, que apresenta os avanços no desenvolvimento tecnológico do Telescópio Gigante de Magalhães (GMT).
Produzida pelo projeto GMT Brasil, a série conta com a parceria da Universidade de São Paulo (USP), da Fapesp e da TV Univap, com apoio do Laboratório Nacional de Astrofísica.
O episódio mais recente mostra em detalhes os instrumentos da primeira geração que farão parte do GMT, atualmente em construção no Deserto do Atacama, no Chile.
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A previsão é que o telescópio entre em operação no início da década de 2030 e funcione por mais de meio século, com capacidade para revelar detalhes do universo jamais vistos.
Tecnologia brasileira rumo às estrelas
Com tecnologia 200 vezes mais potente que os principais telescópios atuais e imagens até dez vezes mais nítidas do que as do Telescópio Espacial James Webb, o GMT será capaz de explorar temas como formação de estrelas, exoplanetas habitáveis, matéria escura e energia escura.
Boa parte dessa tecnologia está sendo desenvolvida com forte participação de cientistas e engenheiros brasileiros. Segundo o professor Laerte Sodré Jr., um dos coordenadores do projeto, o envolvimento nacional no GMT “é um reflexo da competência e do comprometimento técnico da equipe brasileira”.
No episódio, são apresentados diversos instrumentos de ponta:
- GMACS: espectrógrafo de múltiplos objetos no visível;
- G-CLEF: espectrógrafo echelle de alta resolução;
- Exposure Meter: sistema de medição de exposição;
- Manifest: robô de posicionamento de fibras ópticas;
- AOTC: conjunto de câmeras para correções atmosféricas;
- ComCam: câmera de comissionamento para testes de imagem.
Esses instrumentos, desenvolvidos em parceria com universidades brasileiras e internacionais, prometem revolucionar a maneira como observamos o cosmos.
Protagonismo nacional no GMT
O Brasil é membro-fundador do consórcio GMTO, responsável pelo GMT, desde 2014. O investimento da Fapesp, de US$ 50 milhões, garante que 4% do tempo anual de observação seja destinado a cientistas paulistas. A equipe brasileira conta com mais de 70 profissionais, entre pesquisadores, engenheiros e bolsistas, reunidos no GMT Brazil Office (GMTBrO).
Participam do projeto especialistas da USP, da Unicamp, do Instituto Mauá de Tecnologia, da Univap, entre outras instituições. A professora Claudia Mendes de Oliveira, cocoordenadora do projeto, e o professor Rafael Ribeiro, do Instituto Steiner, também marcam presença no novo episódio.
Um futuro de descobertas astronômicas através do Telescópio Gigante de Magalhães
O telescópio terá um espelho primário com 25,4 metros de diâmetro, formado por sete segmentos de 8,4 metros, em formato de flor. Essa estrutura permitirá captar imagens extremamente nítidas de galáxias distantes e buscar sinais de vida em outros planetas.
Com a participação ativa do Brasil, o GMT reforça o papel do país na ciência de fronteira e na produção de conhecimento tecnológico de ponta. A série “Mirando as Estrelas” cumpre papel essencial na difusão desse trabalho e na valorização dos profissionais brasileiros envolvidos.